Todo Governo tem seu japonês favorito. No Governo Lula foi Luiz Gushiken, responsável pelas nomeações de altos cargos petistas. No Governo Dilma foi o Japonês da Federal. No atual Governo, ao visto, esse posto simbólico está sendo ocupado por Renato Vieira, Presidente do INSS, que não é japonês, mas está cumprindo o papel de nomeador oficial de petistas do Governo Bolsonaro.
Luiz Gushiken (☆1950 - 2013†) foi um dos mais importantes quadros e dirigentes da história do PT. No Governo Lula, ele nomeava os principais cargos da administração federal, só entravam petistas ou simpatizantes de alta estirpe.
Renato Vieira, o Pavão, assumiu com a missão de moralizar o INSS e despetizar a casa. Porém ele entendeu o contrário, pois está trazendo de volta toda a escumalha vermelha que havia sido retirada da autarquia pelo Governo Temer e, pior, escolhendo pessoas sem nenhuma qualificação técnica aos cargos em que foram nomeados, todos unidos por um só sentimento: o ódio aos peritos.
Com a devida proporção, Renato Pavão é o Gushiken do Governo Bolsonaro: está com total liberdade para nomear petistas de confiança para sua gestão. Apesar de restrito ao INSS, o estrago será grande em especial por ser a Previdência o principal alvo de atenção do País nesse ano.
Vejamos a mais recente lista de petistas ou simpatizantes que ele colocou para dentro do INSS:
1) Clóvis de Castro Júnior (Nomeado DIRAT) - Servidor de Carreira do Banco do Brasil, galgou de gerente de agência a Superintendente Estadual do BB no Ceará (estado governado por petistas há anos) durante os Governos Lula e Dilma. Subiu 7 níveis gerenciais no BB durante os governos petistas.
2) Helder Calado de Araujo (Nomeado DIROFL) - Servidor Público, atualmente Auditor Federal de Finanças e Controle da Fazenda. Foi DAS 3 entre 2010 e 2014 na AGU (Governos Lula e Dilma), DAS 2 na Fazenda em 2015 e DAS 4 na AGU entre 2015 e 2016, saiu na época do impeachment de Dilma Rousseff.
3) Flávio Ferreira dos Santos (Nomeado DGP) - Talvez o caso mais grave. Não é servidor público, mas foi Coordenador Geral de Tecnologia e Informação (CGTI) do Ministério da Integração Nacional durante todo o Governo Dilma. Saiu na época do impeachment. O Ministério da Integração foi o que admitiu, por pregão, a ata de preços da empresa RSX Informática, que viria a ser usada pelo ex-Presidente do INSS, Francisco Lopes, num escândalo de corrupção que causou-lhe sua demissão (Compra de software em adega por 8 milhões de reais - veja matérias da época aqui e aqui). Ou seja, além de ter sido CGTI de um importante ministério durante todo o governo PT, o referido Ministério possui sucessivos escândalos de corrupção na área de TI, inclusive a famigerada RSX, cujo contrato está ativo e o Presidente Renato Pavão não quer cancelar....
4) Márcia Eliza de Souza (Nomeada DIRBEN) - Servidora Pública, Procuradora Federal, desde o Governo Dilma ocupa cargos de confiança na PFE, agora será DIRBEN. O que diabos uma procuradora federal entende de benefícios? Claramente será uma marionete de Benedito Brunca, o Grão-Barão do Petismo no INSS tendo sido diretor de benefícios do PT/INSS por 13 anos e depois Secretário de Políticas Previdenciárias do extinto MPS. Suas opiniões sempre são publicamente contrárias às dos peritos médicos, possui visão "socialista" da previdência social.
5) Alexandre Maia de Carvalho (Nomeado Chefe da ADJ Rio) - Ex-Gerente Executivo da Rio Norte durante todo o Governo Dilma, notório perseguidor de peritos, foi o último Gerente-Executivo a aceitar a redução de agendas de 18 para 15, antes da DIRSAT ter o controle sobre a gestão. Petista assumido e notório, fez campanha contra Bolsonaro e havia sido limado do cargo pela Gestão Temer. Graças ao Pavão Japonês, está de volta para travar tudo o que puder relativo a revisão de benefícios do INSS, ao qual sempre se posicionou publicamente contra.
Além deles, juntem-se os já conhecidos Mário Sória (Mário Sorry - Ex-DIRAT do Governo Dilma e notório perseguidor de peritos médicos, virou assessor pessoal do Pavão) e a manutenção de todo o "estafe/escrete" petista na DIRAT, DIRBEN e DGP que o ex-Deputado André Moura apadrinhou na gestão Temer (Saulo Milhomem, Moisés Moreira, (DIRBEN), Aílton, Enio e Rosimar (DIRAT), Roberto Filho e Renato Lopes (DIRBEN), todos da DGP , Corregedorias, Auditorias, Superintendentes...)
Na foto acima, os novos (de sempre) gestores do INSS posam antes de entrar em campo. Entra sai governo, mas os petistas continuam mandando na máquina previdenciária.
É com esse "time dos pesadelos" que Renato Pavão quer comandar o INSS. Depois não reclamem. O INSS virou um bunker de petistas. A despetização não chegou ao INSS, muito pelo contrário.
Acredito que as ponderações dos responsáveis pelo Blog seriam atentamente analisadas pelo presidente Bolsonaro, que não deve estar ciente deste quadro. Fica a sugestão.
ResponderExcluirCoitado do Ailton - não é petista, nunca foi, trabalha como um mouro. é... papagaio come o milho e periquito leva a fama.
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