O Presidente do INSS, Edison Garcia, está plantando notícias de que teria sido convidado a ficar no cargo mas não aceitou pois foi convidado para ser Presidente da CEB - Cia Energética de Brasília.
Trata-se de um grande factóide. O Comodoro Gancho tentou de tudo para permanecer no INSS, até usou essa suposta indicação a CEB para alavancar seu "passe" mas não conseguiu. Se Garcia fosse tão bom na gestão como é em cavar notícias, já teria prendido toda a quadrilha que opera no.... opa, pera.
Na verdade, nos poucos meses em que ficou como Presidente, Garcia pareceu muito mais empenhado em fazer viagens pela Europa, como um bon vivant, para ajudar a eleger Marcelo Caetano (ex-Secretário da Previdência) como Presidente da ISSA (Associação Internacional de Seguridade Social - sediada em Genebra) do que resolver os graves problemas da Previdência Social.
Foram múltiplas viagens, inclusive durante o período de transição. Vejam o resumo do gasto com o nosso dinheiro que Garcia promoveu para ser macaco de auditório do Marcelo Caetano, que fracassou em aprovar a Reforma da Previdência no Governo Temer:
A eleição foi em 07 de dezembro, em Genebra, às suas custas, cidadão.
Oba, ganhei R$ 40.000 para fazer a social em Genebra e publicar factóides.
Parece que a grande especialidade do Presidente Garcia são os factóides. Até mesmo pegar um Acordo de Cooperação Técnica de Reabilitação Profissional entre o INSS e os Correios e divulgá-lo como se fosse um acordo de cooperação internacional feito com os alemães o nosso querido Comodoro fez. Coitado dos alemães que acharam que lidavam com um Mercedes-Benz mas na verdade era um Fiat Marea 98 duas portas VT.
Edison Garcia inaugurou em sua gestão o novo PEX - Programa de Expansão de Factóides.
A mídia divulga que a missão do próximo Presidente do INSS será combater as fraudes e os desvios de gestão do INSS. Ora, se a gestão do Comodoro tivesse sido essa cocada toda, não precisaria combater mais nada disso. Mas como ele não resolveu patavinas, e em alguns casos a situação ainda piorou, como o INSS SEM DIGITAIS e os 5 milhões de processos represados, ou o contrato da RSX ainda ativo, será necessário um novo Presidente para colocar as coisas em ordem.
Edison Garcia disse que irá levar a expertise do INSS para a CEB. Mais um factóide. Cuidado, Governador Ibanes, para ele não querer inventar a CEB Digital.
Funcionaria aos moldes do INSS Digital: o cidadão irá numa agência física da CEB (claro, pois o digital do programa se refere aos dedos das mãos para contar as folhas e não à internet), entregar documentos pedindo instalação de ponto ou religamento.
Um estagiário da CEB vai escanear tudo em scanners caríssimos distribuídos apenas nas agências onde o chefe é amigo do superintendente local, o cidadão receberá um número de protocolo inútil que não servirá para nada pois o número será irrastreável, o processo ficará numa nuvem perdida em algum local e, após dois anos de espera - sem luz ou sem religamento - o processo será arquivado de forma sumária para melhorar as estatísticas de desempenho e o cidadão continuará sem luz.
Mas se o cidadão constituir um advogado, for amigo do sindicato, conhecer alguém dentro da CEB ou tiver um padrinho político, seu processo será analisado favoravelmente e na frente dos outros.
Teremos também o CEB Consignado, onde o cidadão pedirá um empréstimo a um banco usando o extrato da conta de luz como base de cálculo, o banco irá emprestar o dinheiro a juros caríssimos e qualquer dúvida sobre o empréstimo o cidadão irá na CEB, e não no banco. As parcelas serão debitadas junto com a conta de luz e se não for paga, a luz será cortada como garantia ao banco.
Todo o processo de corte e religamento será às custas da CEB, não dos bancos, e com a inovadora IN 100 CEB/GDF, quem irá fiscalizar todo o processo será a própria Febraban juntamente com a Dataprev. OU seja, a CEB entra com a garantia e todo o trabalho e custo de logística, os bancos entram apenas com o dinheiro e a Febraban e a Dataprev farão a fiscalização.
Mas o melhor será o PEX CEB - Programa de Expansão de Postes Elétricos. Ele irá mandar construir 720 usinas de energia com toda a rede de distribuição (postes, torres, etc) em áreas remotas e despovoadas, iluminando florestas, montanhas e todo o cerrado brasiliense. Sem nenhum funcionário a operar e nenhum cidadão a usufruir, o equipamento ficará parado a um custo anual bilionário. Tudo bem que não haverá nenhum cidadão que se beneficiará disso, mas as inaugurações serão muito legais.
Em um universo paralelo onde o "modelo INSS" for aplicado a uma Cia Energética, ela funcionará assim: A represa são os servidores, a água são os segurados/cidadãos, a linha de transmissão são os bancos e o gato é do deputado. Os gestores, indicados pelo deputado, farão contratos de consultoria com empresas e fábricas de software para legalizar o gato.
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