domingo, 20 de janeiro de 2019

GOVERNADOR IBANEIS, CUIDADO PARA O EDISON NÃO TE "ENGANEIS"...

O ex-presidente do INSS, Edison Garcia, deixou um legado de (indi)gestão na autarquia. Com tantas viagens, diárias e tantas entrevistas ao Correio Braziliense, ele não teve tempo de trabalhar. O resultado são 5 milhões de processos represados (4 milhões nas nuvens e 1 milhão físico).


Porém não foi só esse o problema. Soubemos que praticamente nenhum processo interno que chegou a Presidência foi solucionado nos seus 6 meses de governo. Processos importantes de logística, atendimento e benefícios praticamente congelaram sob sua mesa, inclusive o da famigerada RSX, que por incrível que pareça, ainda não foi cancelado.

Imaginem só o novo Presidente do INSS chegando no décimo andar e perguntando aos seus assessores: "- Porque o arquivo fica no décimo andar?" E os assessores respondendo: "- não é arquivo, é a sua sala...."

Ilustração representando como deve ter sido o primeiro dia do novo Presidente do INSS em seu gabinete.

Edison enganou a todos mostrando uma gestão tão fictícia quanto o INSS Digital. A rebarba ficou para o novo Presidente.

Se for seguir na CEB o que foi no INSS, este blog sugere que invistam em ações de empresas de pilhas, velas e lanternas, pois o apagão será do tamanho da pilha de processos no décimo andar.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

EDISON GARCIA E O PROGRAMA DE EXPANSÃO DE FACTÓIDES

O Presidente do INSS, Edison Garcia, está plantando notícias de que teria sido convidado a ficar no cargo mas não aceitou pois foi convidado para ser Presidente da CEB - Cia Energética de Brasília. 

Trata-se de um grande factóide. O Comodoro Gancho tentou de tudo para permanecer no INSS, até usou essa suposta indicação a CEB para alavancar seu "passe" mas não conseguiu. Se Garcia fosse tão bom na gestão como é em cavar notícias, já teria prendido toda a quadrilha que opera no.... opa, pera. 

Na verdade, nos poucos meses em que ficou como Presidente, Garcia pareceu muito mais empenhado em fazer viagens pela Europa, como um bon vivant, para ajudar a eleger Marcelo Caetano (ex-Secretário da Previdência) como Presidente da ISSA (Associação Internacional de Seguridade Social - sediada em Genebra) do que resolver os graves problemas da Previdência Social. 

Foram múltiplas viagens, inclusive durante o período de transição. Vejam o resumo do gasto com o nosso dinheiro que Garcia promoveu para ser macaco de auditório do Marcelo Caetano, que fracassou em aprovar a Reforma da Previdência no Governo Temer:

A eleição foi em 07 de dezembro, em Genebra, às suas custas, cidadão.


Oba, ganhei R$ 40.000 para fazer a social em Genebra e publicar factóides.

Parece que a grande especialidade do Presidente Garcia são os factóides. Até mesmo pegar um Acordo de Cooperação Técnica de Reabilitação Profissional entre o INSS e os Correios e divulgá-lo como se fosse um acordo de cooperação internacional feito com os alemães o nosso querido Comodoro fez. Coitado dos alemães que acharam que lidavam com um Mercedes-Benz mas na verdade era um Fiat Marea 98 duas portas VT. 

Edison Garcia inaugurou em sua gestão o novo PEX - Programa de Expansão de Factóides.

A mídia divulga que a missão do próximo Presidente do INSS será combater as fraudes e os desvios de gestão do INSS. Ora, se a gestão do Comodoro tivesse sido essa cocada toda, não precisaria combater mais nada disso. Mas como ele não resolveu patavinas, e em alguns casos a situação ainda piorou, como o INSS SEM DIGITAIS e os 5 milhões de processos represados, ou o contrato da RSX ainda ativo, será necessário um novo Presidente para colocar as coisas em ordem.

Edison Garcia disse que irá levar a expertise do INSS para a CEB. Mais um factóide. Cuidado, Governador Ibanes, para ele não querer inventar a CEB Digital.

Funcionaria aos moldes do INSS Digital: o cidadão irá numa agência física da CEB (claro, pois o digital do programa se refere aos dedos das mãos para contar as folhas e não à internet), entregar documentos pedindo instalação de ponto ou religamento. 

Um estagiário da CEB vai escanear tudo em scanners caríssimos distribuídos apenas nas agências onde o chefe é amigo do superintendente local,  o cidadão receberá um número de protocolo inútil que não servirá para nada pois o número será irrastreável, o processo ficará numa nuvem perdida em algum local e, após dois anos de espera - sem luz ou sem religamento - o processo será arquivado de forma sumária para melhorar as estatísticas de desempenho e o cidadão continuará sem luz.

Mas se o cidadão constituir um advogado, for amigo do sindicato, conhecer alguém dentro da CEB ou tiver um padrinho político, seu processo será analisado favoravelmente e na frente dos outros.

Teremos também o CEB Consignado, onde o cidadão pedirá um empréstimo a um banco usando o extrato da conta de luz como base de cálculo, o banco irá emprestar o dinheiro a juros caríssimos e qualquer dúvida sobre o empréstimo o cidadão irá na CEB, e não no banco. As parcelas serão debitadas junto com a conta de luz e se não for paga, a luz será cortada como garantia ao banco. 

Todo o processo de corte e religamento será às custas da CEB, não dos bancos, e com a inovadora IN 100 CEB/GDF, quem irá fiscalizar todo o processo será a própria Febraban juntamente com a Dataprev. OU seja, a CEB entra com a garantia e todo o trabalho e custo de logística, os bancos entram apenas com o dinheiro e a Febraban e a Dataprev farão a fiscalização. 

Mas o melhor será o PEX CEB - Programa de Expansão de Postes Elétricos. Ele irá mandar construir 720 usinas de energia com toda a rede de distribuição (postes, torres, etc) em áreas remotas e despovoadas, iluminando florestas, montanhas e todo o cerrado brasiliense. Sem nenhum funcionário a operar e nenhum cidadão a usufruir, o equipamento ficará parado a um custo anual bilionário. Tudo bem que não haverá nenhum cidadão que se beneficiará disso, mas as inaugurações serão muito legais.

Em um universo paralelo onde o "modelo INSS" for aplicado a uma Cia Energética, ela funcionará assim: A represa são os servidores, a água são os segurados/cidadãos, a linha de transmissão são os bancos e o gato é do deputado. Os gestores, indicados pelo deputado, farão contratos de consultoria com empresas e fábricas de software para legalizar o gato.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

QUERO MEU PRÊMIO, MINISTRO GUEDES!! TOMA AI MAIS UM ESCÂNDALO DO EDISON GARCIA: MILHÕES POR CONSULTORIA EM TI. PARA QUE SERVE A CGTIC MESMO? COMODORO GANCHO ATACA DE NOVO.

Na posse do Presidente da Caixa Econômica Federal, ontem, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que os servidores que denunciarem malfeitos e corrupção deveriam ser premiados.

Clique aqui para ver o vídeo, a partir do minuto 8:16

Denunciar malfeito é o que este blog faz há 8 anos, quando foi criado. Vários furos e denúncias de desvios da administração pública foram feitos aqui. Várias linhas da Lava Jato foram antecipadas aqui entre 2012 e 2014. Recentemente mostramos as farsas dos Presidentes indicados pelo Deputado André Moura. Mais recentemente ainda denunciamos a mariola de R$ 8 milhões do IBICT (que aliás nem a entregou ainda, apesar dos aditivos).

Queremos nosso prêmio, Ministro!!!

Na verdade, é dever do servidor público prover o Estado de tais denúncias. O maior prêmio que se pode dar ao servidor é o reconhecimento público de seu ato e de sua importância, e blindá-lo de perseguições políticas.

Vejam mais essa do Presidente Edison Garcia, o Comodoro Gancho, em parceria com seu amigo e aliado, o ex-Presidente Francisco Lopes, o Fran Fran e atinge inclusive o ex-presidente Leonardo Gadelha. O que une esses três nomes? PSC e André Moura.

O INSS possui em sua estrutura a Coordenação-Geral de Tecnologia de Informação e Comunicações - CGTIC, uma assessoria direta da Presidência do INSS.

Segundo o Decreto 9.104/17, da estrutura do INSS, compete à CGTIC:

Art. 8.  À Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação e Comunicações compete:
I - planejar, propor, coordenar, controlar, executar e avaliar projetos e atividades inerentes à gestão de tecnologia de informação e comunicação, à segurança da informação e à disponibilidade de recursos tecnológicos;
II - gerenciar planos, programas e ações relativos à tecnologia da informação, em articulação com o Ministério do Desenvolvimento Social e com a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência - Dataprev;
III - coordenar as atividades de identificação de tecnologias da informação e comunicações, e de seleção de produtos tecnológicos de mercado;
IV - estabelecer diretrizes, normas e padrões técnicos de implantação, utilização e modernização dos sistemas corporativos e da rede de dados, em articulação com as Diretorias do INSS;
V - coordenar e propor ações de segurança da informação e comunicações no âmbito do INSS; e
VI - coordenar e supervisionar os serviços de modernização, suporte e manutenção de informática à rede de atendimento do INSS.
Também compete à CGTIC:
Art. 17. Aos órgãos de assistência direta e imediata ao Presidente do INSS, aos órgãos seccionais e aos específicos singulares, respeitadas as suas áreas de atuação, compete:I - submeter ao Presidente do INSS proposta de:
(...)
c) planos, projetos, programas e metas de inovação tecnológica em processos e sistemas utilizados em suas atividades, em articulação com a Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação e Comunicações; e
Apesar da GCTIC contar com um quadro qualificado de profissionais, servidores públicos, que entendem do assunto e entendem de previdência, isso não pareceu suficiente para o INSS, que aderiu a uma ata de de registro de preços nº 11/2016 do Ministério dos Transportes (MT) e contratou a peso de ouro (milhões de reais) uma empresa de São Paulo chamada "GARTNER DO BRASIL SERVIÇOS DE PESQUISA" para realizar, segundo o extrato do contrato: "serviços técnicos especi alizados de pesquisa e aconselhamento imparcial em tecnologia da informação."

A assinatura do contrato foi em 14/06/2017, sob a gestão Leonardo Gadelha. Veja aqui os dados: 


Desde então, vários aditivos vem sendo feito ao contrato. Somente em 2018 foram dois aditivos, igualmente milionários. O último aditivo é agora de dezembro de 2018, já sob a gestão Edison Garcia, veja os Boletins de Serviço Locais (BSL):




Ora senhores, se o INSS tem uma CGTIC para fazer o mesmo serviço, porque diabos se contrata uma empresa externa, a peso de ouro, para fazer a mesma coisa?

É por isso que está em curso na mesa do Presidente do INSS uma proposta de revisão do Regimento Interno que acaba com a CGTIC, ou fundindo-a a DIRAT ?

Por que tantos contratos com empresas de TI como a RSX (escândalo do software fantasma e da adega de vinhos) e essa GARTNER?

Para que esse dinheiro todo? Para onde ele vai? Por que manter uma CGTIC se há a real necessidade desse tipo de contratação? Ou não há a necessidade?

Analisando os dados, a situação parece ser pior: Essa empresa GARTNER possui 53 contratos diversos com o Governo Federal, de órgãos como Exército, Fazenda, PRF, INSS, ITI, Fundacento, dentre vários outros órgão do Governo, vide nesse link:
http://compras.dados.gov.br/contratos/v1/contratos?cnpj_contratada=02593165000140 .

Aqui estão os dados cadastrais da empresa junto ao sistema de compras do Governo Federal. O cadastro inicial dela foi feito via Fundacentro:
http://compras.dados.gov.br/fornecedores/doc/fornecedor_pj/02593165000140

Aqui estão os dados relativos ao pregão que gerou a ata ao qual o INSS aderiu:
http://compras.dados.gov.br/licitacoes/doc/licitacao/39000405000062016

Aqui estão os quase 400 contratos assinados nos últimos anos pela Coordenação-Geral de Licitações e Contratos da DIROFL/INSS:
http://compras.dados.gov.br/licitacoes/v1/licitacoes?uasg=512006


Ministro Guedes, onde pegamos o prêmio?


quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

ESCÂNDALO EDISON GARCIA - IBICT PARTE 2: OS DOCUMENTOS COMPROMETEDORES.

Na imagem: retratação do comandante naval do INSS: o Comodoro Gancho.

O Presidente do INSS, Edison Garcia, indicado pelo Dep. André Moura e que está de saída para Presidir a CEB (Cia Energética de Brasília) no Governo Ibaneis (DF), soltou nota pública ontem para negar a denúncia deste blog a respeito das irregularidades envolvendo a contratação do IBICT - pelo INSS - para organizar a metodologia do INSS Digital e (ainda não ter) entregue uma Biblioteca Digital com uma Pesquisa e uma mariola.

Em breve síntese, Edison Garcia diz que o INSS assinou o contrato e fez a transferência orçamentária em dezembro de 2017, que de fato em 12/12/18 o IBICT fez a apresentação do trabalho realizado mas o INSS não atestou nem validou o produto final, que o trabalho foi importante (apesar de ainda não ter sido validado nem atestado) e confirma o documento da CGU solicitando informações sobre o INSS Digital. Por fim, chama o blog de corporativista, com práticas deletérias de divulgação leviana, mentirosa e quiçá, criminosa e defendeu sua gestão como sendo ética e transparente.

De cara, uma pergunta: Por que o INSS contratou o IBICT em final de dezembro/2017 para organizar e disseminar metodologia de um projeto já pronto (INSS Digital) que teve inicio em 2016 e aplicou sua prova de conceito de janeiro a dezembro de 2017 ?

Isso é tão estranho que tem cheiro de cambalacho. Seria como o Presidente Edison Garcia, após assumir a CEB, contratar o IBICT para organizar a metodologia e distribuição de luz elétrica no Distrito Federal, 60 anos depois de sua inauguração. Faz sentido?

Bom, vamos aos fatos.

Preliminarmente cabe dizer que o último Presidente do INSS que disparou essas acusações contra este blog foi demitido em praça pública e virou a manchete do dia com direito a abrir a escalada do Jornal Nacional, né Fran Fran? Olha a PF ai heim?

O blog denunciou que a IBICT foi contratada em dezembro de 2017 para organizar a metodologia do INSS Digital, bem como fazer seu planejamento estratégico e servir de suporte. Vejam portanto o extrato original publicado no BSL de 13 de dezembro de 2017:



De fato o dinheiro foi rapidamente liberado, sem nenhuma contrapartida do IBICT, em 27/12/17, conforme extrato do SIAFI:



Aqui já temos outras questões:

1) Por que a empresa recebeu de cara quase 1,5 milhão de reais sem nem ao menos ter gasto uma folha de papel? 

2) Por que a Pressa na liberação de valores?

3) O IBICT recebeu os valores no ato da assinatura mas iniciou os trabalhos quando? E em quantas unidades? 

Edison Garcia teve a chance de suspender esse negócio espúrio, e em sua nota tenta jogar a culpa no colo de seu antecessor, mas o documento abaixo prova que não apenas ele deu continuidade, como assinou aditivo ao contrato, com mudança do seu teor e adição de muito dinheiro mesmo enquanto o IBICT ainda não havia terminado de receber as parcelas originais:


Então não é verdade que o Presidente Edison Garcia, o Comodoro Gancho, não teve participação nesse projeto. Teve sim, e um papel bem ativo.

Novamente: Por que aditivou contrato que ainda estava sendo pago? Qual trabalho havia sido entregue até o momento para justificar a prorrogação desse contrato?

Quem que a IBICT contratou para executar esse trabalho? Quais empresas?

Vejamos os responsáveis pelo contrato por parte da IBICT:


Uma analista da EMBRAPA, ocupando cargo de confiança no IBICT, mais um administrador, um contador e dois CPF não-identificados, constam como responsáveis.

Qual a experiência que eles tem em INSS Digital, atendimento ao público ou previdência social para serem contratados as pressas, no final do ano de 2017, para organizarem a metodologia de um programa já validado e em curso há pelo menos 1 ano e meio antes de serem contratados?

O INSS, decerto, deve pensar que os segurados são gado, só isso explica chamar alguém da EMBRAPA para organizar a metodologia de atendimento do INSS Digital....

O próprio INSS Digital está no alvo da CGU, vejamos a íntegra da determinação de auditoria sobre o programa, reparem nas perguntas: 



Então respondendo ao Presidente do INSS:

1) Sim, este blog publica mentiras. Mas não são nossas. Nós publicamos as mentiras dos outros.

2) Acusações levianas? Hummm, acho que não...

3) Quiçá Criminosas? Se há crime, não é nosso, conforme exposto.

4) O INSS não testou nem validou o produto: claro, ele ainda não foi entregue!!! Mesmo após vários aditivos e tanto tempo depois, sobre algo que já existe. Por que não foi entregue? Existe algo mesmo sendo feito? 

OBS: O INSS já validou e testou software fantasma contratado junto à RSX? Pergunto isso pois soubemos que há intenção do INSS em pagar mais 4 milhões para essa empresa de fachada. 

5) O INSS contratou em 2017 um sistema de organização, planejamento estratégico, metodologia e suporte do INSS Digital. No final de 2018 aguarda receber uma biblioteca virtual e uma pesquisa em 12 unidades do INSS (De um total de 104 gerências e 1.600 unidades), a um custo final de perto de R$ 8 milhões. Para quem foi esse dinheiro? Quem a IBICT subcontratou? 

6) Porque o Presidente Edison Garcia mudou o escopo e assinou aditivos ainda com as parcelas originais sendo pagas, sem nada ainda ter sido entregue?

7) Ética e transparência? Então por favor publique o Cronograma do Planejamento desse Contrato.

8) Gestão correta? Responda a CGU, por favor.

O INSS virou um cais de navios piratas, onde se assenta um iate clube fantasma, comandado pelo Comodoro Gancho.