O INSS Digital era para ter sido um projeto inovador no serviço público federal com a finalidade de modernizar o atendimento ao cidadão de forma a dar celeridade à análise e concessão de seus requerimentos, segurança jurídica ao INSS e economia de toneladas de papel por ano, desobrigando a Superintendente do Sul Kathia Braga - a Super Chamex - a ter que ficar comprando papel para todo o INSS conforme denunciado aqui em 2017 (vide aqui e aqui).
Lançado aos mares de forma atabalhoada pelo então Presidente Gadelha, em 2017, viu-se rapidamente que essa embarcação não tinha leme, a proa estava pela metade e o casco cheio de furos. Além disso, ficou sem timoneiro, pois Leonardo Gadelha - ao perceber as furadas em que tinha se metido - pulou fora da nave para atravessar o perigoso mar eleitoral paraibano, onde morreu na praia em outubro recente, faltando 400 votos (metros) para chegar ao paraíso.
Para salvar a embarcação, trouxeram o inexperiente sommelier e instalador de NET de Brasília, Francisco Lopes, o Lawrence do Cerrado. Indicado pelo Vice-Almirante André Leandro, da Dataprevbarco, empresa especializada em sucatas navais e reciclagem de astúcias, Lopes aloprou no comando do Timão. Empreendendo uma verdadeira caça ao tesouro, Lopes usou a embarcação para tentar amealhar o máximo de baús de ouros, pratas e pedras preciosas possíveis, mas acabou tropeçando numa adega e foi catapultado do navio, acusado de pagar 8 milhões por um disquete vazio acompanhado de uma cesta de vinhos de má qualidade. Junto com Lopes caíram seus imediatos Ilton Fernandes - Capitão de Corveta - e o marinheiro Ariel.
Diante do iminente naufrágio, o Almirante André Moura - que em breve ficará desempregado -, atual comandante supremo da Bacia do Poxim, destacou seu melhor quadro naval para tentar impedir o naufrágio da mega-embarcação: Edison Garcia, o Comodoro. Além de fluente em cinco línguas, expert em cartas náuticas e especialista em direito marítimo, Edison Garcia era o Comodoro do prestigiado Yatch (5 letras) Clube (5 letras) de Brasília, detentor de um dos litorais mais vastos do Brasil, com 40.000 pescadores em seguro-defeso durante a piracema do Lago Paranoá, que dura o ano todo.
Edison Garcia, com a ajuda fiel de seus comandados Agnaldo Curado - o escrivão -, Luis Collyer Pontes - o cara da NET-, Saulo Milhomem - o espertão -, Sidnei Cottet - o bombeiro - (todos nomeados pelo Almirante André Moura) , e dos superintendentes do INSS : José Carlos Oliveira (Kassab e Alckmin), Paulo Cirino (Quintão e Cunha), Kathia Braga (Mauro Mariani e PT) , André Fidelis (PT, Lula, Dilma, Garibaldi) e Marcos de Brito (PSB, Gonzaga Patriota), empreenderam uma operação de guerra para manter de pé a Nau do INSS Digital, que agora é vendido como exemplo de gestão mas na verdade é um conjunto de sacanagens com o cidadão, o servidor e o País.
A primeira sacanagem do INSS DIGITAL é que ele foi feito de forma atabalhoada, sem projeto executivo, sem planejamento estratégico, sem estudo de impacto, sem infra-estrutura, sem previsão de custos, estimativa de resultados, apenas usando o mantra "girar a chave". Como se "vira a chave" de um projeto desses sem a mínima estrutura, com link de 512K para toda uma agência, sem sistema eletrônico que processe os pedidos, armazene os dados e organize a fila de processos, sem servidores treinados, sem registro físico ou digital do andamento do processo? O resultado só poderia ser o desastre atual do projeto, com 5 milhões de processos represados (físico + nuvem), sem prazo de solução. A tal "nuvem" onde ficariam os processos está em local incerto e indefinido, e dizem que parece uma daquelas "cumulus nimbus".
Foto rara da nuvem do INSS DIGITAL, na última vez que foi vista, em data indefinida e local incerto.
A segunda sacanagem do INSS DIGITAL é que ele vem sendo usado de forma politiqueira com Acordos de Cooperação Técnica (ACT) com Prefeituras e OAB, que terceirizam mão de obra para digitalizar os processos físicos, o que na prática é a terceirização do trabalho do INSS nas mãos de grupos de interesse representados em detrimento do cidadão comum. Hoje em dia se você não está representado por um político, um advogado ou um sindicato amigo dos superintendentes, é praticamente impossível conseguir que seu processo seja tramitado de forma adequada e no tempo devido. Ou seja, o INSS DIGITAL sequestrou o serviço previdenciário nas mãos dos amigos dos amigos (não confundir com a facção criminosa ADA - amigos dos amigos - do Rio de Janeiro).
A terceira sacanagem do INSS DIGITAL é com a CGU e o TCU, pois estão sendo ludibriados em um projeto sem nenhum planejamento, que travou a autarquia, que está gastando milhões em compras de scanners e equipamentos de outsourcing sem nenhum benefício ao segurado e ao País.
A quarta sacanagem é com o MPOG e o Governo pois o INSS DIGITAL não está entrando na conta de tempo de andamento dos processos e da Idade Média do Acervo (IMA), nem da contagem da gratificação dos servidores (IMA-GDASS) pois simplesmente não há REGISTRO da entrada desses processos nos sistemas corportivos, muito menos como localiza-los de forma organizada, falseando o IMA-GDASS, beneficiando todos os servidores ao mesmo tempo que o cidadão está há mais de um ano esperando algum resultado.
Nem com lupa se acha os processos no INSS SEM DIGITAL
A quinta sacanagem é com o servidor da APS, pois ele acaba sendo o muro das lamentações dos usuários e segurados, revoltados com a paralisação do andamento dos pedidos de processos, enquanto que servidores eleitos e iluminados são premiados com uma verdadeira farra de diárias em grupos de trabalho nas superintendências ou resorts de luxo para, em tese, trabalhar exclusivamente na análise dos processos que estão nas nuvens. Mas se o processo está na nuvem, porque o INSS paga diária para juntar servidor em um local específico??
A sexta sacanagem é com o estagiário. O programa de estágio do INSS era para fazer o jovem trabalhador aprender rotinas de um ofício ou ter alguma experiência no tema em que passou o estágio, mas o INSS, de forma absolutamente irregular, está colocando esses jovens para serem mão de obra forçada escaneando documentos o dia todo.
A sétima sacanagem é com o cidadão segurado. Na prática, o INSS DIGITAL funciona assim: o cidadão vai na APS pedir um benefício: um estagiário escaneia os documentos dele e manda para a nuvem via sistemas internos. Não é gerado número de protocolo nem senha de acompanhamento. O processo fica orbitando na nuvem sem estar registrado em nenhum sistema corporativo, por isso não impacta na nota da gratificação dos servidores. A não ser que você seja amigo dos gerentes ou superintendentes, dos sindicatos amigos ou constitua um advogado, a chance do cidadão ver seu processo finalizado de maneira correta é quase zero. O cidadão não é informado de nada, nem do resultado. E quando este ocorre, normalmente é indeferindo o pedido.
Além disso existe uma sacanagem extra: preocupados com auditorias que começaram a surgir, grupos de trabalhos começaram de forma oculta a indeferir de ofício pacotes de centenas ou milhares de processos nas nuvens, sem dar ciência ao cidadão, tirando dele a chance e oportunidade de pedir recurso da decisão. Porém aparentemente este processo foi freado após denúncias.
Quando se vai apurar as responsabilidades desta verdadeira ZONA e falta de respeito com o segurado, surpresa: não há nenhuma digital no processo, ninguém sabe quem foi responsável pelo que...
É o verdadeiro INSS SEM DIGITAIS.
Existe um mote nos grupos de combate a crimes financeiros que é: SIGAM O DINHEIRO. No caso do INSS DIGITAL, sugerimos: SIGAM OS SCANNERS.
6 comentários:
ISSO TUDO ERA MUITO PREVISÍVEL. JÁ DIZIA O CHAPOLIN COLORADO: "SUSPEITEI DESDE O PRINCÍPIO!!! "
Estagiário não manda processo pra nuvem. Os segurados podem acompanhar pelo 135, na Aps e pelo MEU INSS. A velocidade da internet está a desejar, realmente. Mas muita coisa distorcida na postagem. Quem fez conversou com os idealizadores ou é só conversa de corredor mesmo?
Tirando a primeira "sacanagem" (termo chulo desnecessário para qualquer publicação que se preze), todas as outras "observações" (termo quem alguém que preze a si e aos demais leitores deveria utilizar) são mentiras, deturpações e exageros. E eu nem sou gestor nem estou trabalhando na análise dos processos digitais.
Nada de novo nesse "blog", que nos corredores da autarquia (incluindo os próprios a peritos) é mais visto e tratado como "blague".
Penso que que o projeto foi desenvolvido de forma atabalhoada mesmo, sem consulta aos maiores interessados que são os segurados.
Percebe-se que o texto é tendencioso mas ao mesmo tempo denuncia uma realidade da qual eu enquanto advogado já denunciava desde o início.
Quanto ao acordo de cooperação com a OAB e em relação a terceirização de mão de obra é uma realidade, mas isso já existe na esfera judicial, tanto na estatual quanto na federal pois os processos são eletrônicos.
Mas quanto ao privilégio de ser amigo de superintendente ou constituir um advogado para que seu processo caminhe não é verdade pois o acordo de cooperação não dá qualquer prioridade na tramitação do processo administrativo previdenciário, tanto é que estamos tendo de utilizar do mandado de segurança para garantir o direito líquido e certo dos segurados para que o INSS DIGITAL possa concluir seu processo se concessão.
Por fim, acredito na ferramenta INSS DIGITAL, porém a forma como foi implantada e a forma como está sendo administrada é justamente para que toda a sociedade fique desacreditada do INSS e busque a iniciativa privada uma proteção dos infortúnios sociais que deve ser prioritariamente oferecida pelo Estado.
Eu sou Herbert Alencar Advogado especializado em Direito Previdenciário.
E-mail: herbertadvogado@gmail.com
Os comentaristas estão do lado dos perdedores?! Hahahaah! Com exceções!
INSS Digital sem rede de alta velocidade é furada!
APS com queda na internet e remarcações a rodo!
#lulatapresobabaca
Quase tudo verdade, menos a parte de que não é gerado protocolo, em regra é gerado protocolo e conseguimos ver que ele foi para juntos dos milhares de irmãozinhos, assim como o cidadão consegue acompanhar pela internet, 135 ou na aps, o problema é que deram o meio de acompanhamento, mas não tramita nada, a pessoa fica um ano entrando pra ver um processo parado. Servidores só debandando, se sair concurso não tem nem quem ensine os novos, vai piorar
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