sexta-feira, 27 de abril de 2018

O OCASO DO CHICANEIRO


Oi, eu sou o pateta, mas pode me chamar de imbecil.

Estou muito feliz....

O procurador disse que posso exonerar DAS...

A procuradora disse que dá pra defender...

Meus assessores disseram que eu posso...

E eu acreditei!!!! 

Vou exonerar DAS.....

Vou exonerar DAS.....

Vou nomear DAS.....

Como sou um gênio!!!

Ha Ha Ha, vou exonerar.... a mim mesmo!!!



COLUNA GEEK - INSS: A RETAGUARDA DO PROGRESSO.


Após 14 (quatorze) anos da criação do Facebook, e logo no período em que ela já apresenta intenso desgaste, perda de usuários e sinais de superação tecnológica, o INSS resolveu fazer a sua página do Facebook.

Dizem que os próximos passos de inclusão digital do INSS será a criação de sua página no Orkut, no MySpace, Fotolog e no Geocities.

Além disso, o INSS irá criar sua conta no ICQ, mIRC e hospedará seus e-mails na AOL - America Online, além de criar sua conta FTP para troca de arquivos.

Para 2019, promete-se a criação de uma BBS por Gerência Executiva e os servidores serão treinados, via CFAI, no manejo do MS-DOS e do Lotus 123.

Ah, os computadores serão os moderníssimos Intel (r) 486 DX2 66 com placa modem US Robotics 2.400 bps

ROBINSON “SEM EFEITO” NEMETH, O INSISTENTE.

Inacreditavel a trajetória de Robinson Nemeth, o pior DIRBEN da história, e sua luta por um carguinho para não ter que voltar para a APS.

Varias tentativas frustradas de nomeações a cargos mais diversos o tornaram campeão na categoria “dirigente por um dia” e de coleções de portarias “tornando sem efeito” sua nomeação para algo.

Robinson já foi Gerente Executivo por um dia, coordenador da DIRAT por um dia, assistente técnico SR IV por um dia, FCT da SRV por um dia e agora assistente da Presidência do INSS por um dia.

Qualquer pessoa com o mínimo de vergonha na cara já teria parado de tentar há muito tempo, mas esta parece ser uma qualidade inexistente em sua “entourage”.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

LUTAR, PARA NÃO TRABALHAR!

Antecipadamente este blog faz uma homenagem às assistentes sociais que honram sua profissão e se dedicam, todos os dias, a fazer o impossível pelos segurados que juraram atender com todo o vigor de seu sangue. Peço desculpas, mas este post não é para você, colega assistente social que habilita benefício, que atende 200% por dia, faz educação previdenciária de verdade, que atende espontâneo no fim do expediente.

Esse post é para uma pequena parcela que se dedica todo o santo dia a uma missão única: não trabalhar. Usam do emprego palanque para pretensões político-partidárias, falam da crise do capitalismo e do modelo gramsciano e da contradição do grande capital, da deturpação de Lênin, mas deixam milhares de vulneráveis aguardando em filas para obter um mísero benefício de prestação continuada.

Esse post é para aqueles que falam "companheirxs", não perdem um evento sindical, se recusam a fazer suas obrigações de edital de concurso com o discurso "não é minha atribuição" e deixam os técnicos-administrativos se esfolarem para garantir a GDASS que elas recebem sem pingar uma gota de suor, e ainda se acham superiores.

Sim, vocês sabem quem são: são as "sociáveis". As que estão na luta, luta para não trabalhar. Luta para poder ganhar diárias e deslocamentos sem ter que prestar contas. Luta para fazer do INSS o diretório partidário local. São as que estão "no movimento", movimento de fugir a cada vez que surge um trabalho na frente.

São as que dizem defender as mulheres mas, quando a mulher não reza sua cartilha vermelha, é tratada com a mesma misoginia, o mesmo ódio e machismo que dizem combater. Não perdem um segundo em querer desqualificar uma mulher como sendo "a propriedade do macho X ou Y" só porque a servidora não é pelega nem come da ração comunista que eles jogam no chão para a patuléia.

Já mostramos aqui neste blog que a produção global das sociáveis é vexaminatória, menos de 2 avaliações por dia. Enquanto isso, centenas de milhares de pobres e miseráveis aguardam alguma iluminada revolucionária descer do pedestal vermelho para atender seus pedidos de benefícios. A produção de BPC dos peritos está parada pois não está vindo quase nada das avaliações sociais. Ninguém habilita, ninguém tira elas do escudo mágico chamado INSS Digital, e fica por isso mesmo.

Recentemente o INSS determinou que elas cumpram o que já é portariado desde 2012: Agendamento de BPC LOAS de 40/40 min. E olha que esse já é o dobro do tempo médio dado aos peritos médicos.

A revolta em ter que trabalhar foi tão grande que levou as sociáveis ao desespero. Eis que um iluminado, sociável de Minas Gerais, achou a fórmula para combater "os fascistas que querem nos fazer trabalhar": fraude de agendamento.


Olhem a sacada do revolucionário do Jequitinhonha: Agendas de 40/40 minutos, mas com "intervalo" de 20 minutos entre o fim de uma agenda e o início de outra. Um "jênio", não?

E olha que isso foi posto em um grupo nacional de sociáveis com incrível sucesso, afinal de contas, trabalhar é coisa de coxinha fascista.

Esperamos que o INSS puna adequadamente o colega sociável que incorreu nessa insubordinação, nessa fraude, e aguardemos as próximas cenas dessa novela que a cada dia se torna mais interessante.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

BRASIL, URGENTE. KARINA PRESIDENTE.


Mais uma maravilhosa notícia na data de hoje. Enquanto o titular da vaga de Presidente do INSS está pra lá de Marrakesh (vide aqui), a Diretora da DIRSAT, Karina Braido Santurbano de Teive e Argolo, foi escolhida para ser a Presidente Substituta do INSS na ausência do titular.

É a primeira vez que a DIRSAT ocupa esse posto, já antes ocupado pela DIRBEN, DGP e DIROFL, e é a primeira vez que uma Perita Médica ocupa esse cargo.

Trata-se da consolidação da enorme parceria que a categoria, via ANMP, fez com o País, através do atual governo, que vem rendendo frutos tão frondosos à sociedade e uma prova cabal do rumo correto que a carreira vem tomando, desde 2015, quando após anos de peleguismo, os peritos médicos decidiram que era hora de ser grande, hora de vencer, e elegeram o grupo que agora comanda a Associação.

O perito.med sabe da competência e do preparo de Karina, parabeniza o governo pela excelente escolha, deseja à Presidente Karina boa sorte nessa semana presidencial e que esse seja apenas o primeiro passo de uma longa caminhada que, sabemos, será traçada por nós, no comando de nossa atividade.

Acabou o kibe e a dança do ventre no INSS. Agora é hora de jogar sério, com fidelidade e transparência.

"Se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes."
Sir Isaac Newton, 1676 (e ainda atual).

sexta-feira, 13 de abril de 2018

ATUALIZAÇÃO DO GT DO TREM DA ALEGRIA DE CIRINO...

Precisou este blog expor a pouca vergonha das diárias acumuladas com funções gratificadas gerando abandono de postos e de gerências para o Superintendente anunciar que foram encaminhadas as portarias de pedido de exoneração dos cargos.

Mas nada explica eles terem viajado e terem tido aprovação de PCDP ainda na função gratificada....

TREM DO GT DA ALEGRIA EM MINAS COM PAULO CIRINO E SEUS GERENTES ADESTRADOS.


O Gerente-Executivo de Divinópolis, Pacífico Lucas Pereira Filho vai ficar 4 meses no Trem do GT da alegria em Belo Horizonte, recebendo R$ 30 mil em diárias e mantendo pacificamente a sua função gratificada de Gerente-Executivo (FCPE 101.3, R$ 3.264,44), enquanto sua Gerência definha abandonada em um ambiente nada pacífico. 


Estreando uma nova modalidade de teletrabalho, que é o telegerenciamento com diária, Pacífico é a estrela de mais um Grupo de Trabalho (ou de Amigos) de Paulo Cirino na SR2, que como todo GT, terá como destino a manutenção do que já era ruim, com piora dos locais que cederam os amigos para o GT. 

Pacífico estreará uma nova interpretação de Gerente-Executivo, que é aquela em que ele "executa" sua Gerência, abandonada enquanto o nababo pacificamente conta suas diárias entrando na conta.

O motivo de um Gerente Executivo ter que ficar 4 meses longe de sua sede para participar de um GT já é questionável. Mantendo o cargo então, inaceitável, talvez irregular. Ele está, desde o dia 01/04, assinando os atos à distância, fora da circunscrição de sua função comissionada. Pior para seu substituto, que na prática terá que tocar a Gerência sem receber um centavo de gratificação pois o titular não se afastou do cargo quando da ida ao GT. 

Relatos dizem que o planejamento inicial é dele ficar no Trem do GT da Alegria de Paulo Cirino até dezembro, o que poderia lhe render até R$ 70 mil em diárias, fora a FCPE recebida sem estar de fato na Gerência, somando mais R$ 30 mil reais, podendo chegar a um faturamento de R$ 100 mil até dezembro, fora salários. Como esse rendimento é isento de tributo, ou seja, limpo, terá o poder de compra de um carro de luxo ou até mesmo uma casa em sua cidade natal.

Pacífico, de Divinópolis, ficará pacificamente em Belo Horizonte, divinamente recheando a conta bancária com milhares de reais limpos de tributos, e está pacificado que não terá que ceder a Gerência para ninguém, podendo continuar a receber, de forma pacífica, sua FCPE de R$ 3.264,44 mensais. Que maravilha...

Esse é o tipo de alegria que só os amigos de Paulo Cirino, o pacificador de MG, pode proporcionar. 

A cara-de-pau é tamanha que não possuem a vergonha de publicar nas redes, como grande feito, atitude tão espurca. O pacífico Gerente Pacífico, bonifrate do Superintendente Cirino, é apresentado como "destaque". Julgamos que seja destaque na astúcia, vide abaixo:

Equipe da GEX Divinópolis atua no Polo de Análise do INSS Digital
04/04/2018
Geovani e Cláudio integram a primeira turma do Polo de Análise.
Uma equipe de servidores da Gerência em Divinópolis está integrando a primeira turma de servidores que compõe o Polo de Análise do INSS Digital da Superintendência Sudeste II. O destaque é o gerente-executivo, Pacífico Lucas, que é o coordenador das atividades. Além dele, o gerente da APS Itaúna, Cláudio Silva, e o servidor do Gabinete da GEX, Geovani Teles, participam do grupo de servidores que iniciaram as atividades do Polo na última terça (3).
Na segunda (2), os colegas participaram da abertura oficial dos trabalhos, encabeçada pelo superintendente regional, Paulo Cirino. Na oportunidade, Pacífico se apresentou para os demais servidores que atuam no Polo. “Vamos trabalhar no modelo de uma grande APS, traçando metas para alcançar nosso objetivo”, afirmou.
O Polo de Análise é uma dos compromissos das superintendências no âmbito do INSS Digital. No caso da Sudeste II, o Polo está vinculado à Gerência Belo Horizonte e, no próximo dia 16, um novo grupo de servidores irá se integrar à iniciativa, que tem a meta de concluir a análise de 600 processos/dia. Outros servidores da Gerência em Divinópolis irão integrar essa nova equipe.
Durante a cerimônia de abertura, a chefe da Divisão de Atendimento da Sudeste II, Gisele Braga, também apresentou os principais objetivos e modelo de atuação do Projeto Integrar. Ela destacou o desafio de zerar os processos físicos para que as agências passem a funcionar apenas no novo modelo do INSS Digital. Estima-se que a Superintendência tenha um acervo de 46 mil processos físicos e a meta da Direção Central é realizar a virada de chave de todas as agências até julho deste ano. “Temos muitos desafios, inclusive no apoio ao Rio de Janeiro, principalmente na oferta de vagas ao segurado. É um processo novo e, por isso, vamos construindo com diálogo”, ressaltou.
Nesse sentido, os colegas da GEX Divinópolis estão atuando no desrepresamento do estoque da Superintendência, além da análise dos processos já protocolados no formato digital.


"DESTAQUE"...

segunda-feira, 9 de abril de 2018

INSS AUTOMÁTICO ENTRA EM MODO DE ADIAMENTO AUTOMÁTICO

Do UOL Economia, clique aqui.

Do site da Veja Online, clique aqui.

INSS adia sistema que facilita concessão de aposentadoria
O órgão não deu um prazo para lançamento do serviço, que vai permitir que segurados deem entrada no pedido de aposentadoria pela web
Por Fabiana Futema
Publicado em 3 abr 2018, 13h01


Para ter direito ao benefício é necessário ter contribuído por ao menos trinta anos (mulheres) e 35 anos (homens) ao INSS (Jonas Oliveira/Folhapress)

Prometido para o fim de fevereiro, o lançamento do serviço que facilitaria a concessão de aposentadoria por tempo de contribuição foi adiado. Segundo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a ferramenta está em fase final de validação.

O órgão não deu um prazo para lançamento do serviço, que vai permitir que segurados deem entrada no pedido de aposentadoria sem ter de se deslocar até uma agência do INSS. A promessa é que o requerimento poderá ser feito pela internet.

A mudança faz parte das mudanças implementadas desde o ano passado para facilitar a concessão de benefícios previdenciários. Desde setembro, o INSS passou a conceder a aposentadoria por idade de forma automática, sem a necessidade de ir até a agência.

A maior dificuldade é que a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição pela internet exige uma base de dados muito ampla. Para ter direito ao benefício é necessário ter contribuído por ao menos trinta anos (mulheres) e 35 anos (homens) ao INSS.

Pelo sistema tradicional, o segurado precisa primeiro telefonar ou agendar pela internet um dia e horário para ir a uma agência do INSS entregar os documentos necessários para requerer a aposentadoria. No novo modelo, o segurado que cumprir os requisitos necessários para a aposentadoria entra em contato com o INSS por telefone ou internet e faz a solicitação. Se a base de informações do INSS constatar que o segurado cumpriu as exigências, a aposentadoria é então concedida.

Senha do Meu INSS

O INSS criou uma página na internet que reúne uma série de informações e serviços para o segurado, como a contagem do tempo de contribuição. Para acessá-la é necessário fazer um cadastro e registrar uma senha.

Alguns usuários têm dificuldade para fazer o cadastro, pois são feitas perguntas referentes ao histórico de contribuições previdenciárias. Para facilitar, o INSS está fechando convênios com bancos para cadastrar a senha de acesso ao Meu INSS. O serviço já está disponível na aba ‘Previdência’ do internet banking do Itaú e do Banco Mercantil.

GESTÃO CATASTRÓFICA BOTA A DATAPREV EM RISCO DE COLAPSO.

Do site Convergência Digital e Ascom TCU, clique aqui.

TCU: custo operacional alto coloca Serpro e Dataprev em risco de colapso financeiro

Luiz Queiroz ... 26/03/2018 ... Convergência Digital
Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União no Serpro e na Dataprev, aprovada pelo plenário na última quarta-feira (21), aponta um quadro econômico e financeiro ruim para as empresas estatais. Relatório aprovado, de autoria do ministro Vital do Rêgo, mostra que as duas empresas estão elevando valores de contratos com clientes no governo federal, para suprir suas necessidade de caixa gerados com custos operacionais, entre eles, pagamento de salários, que consomem mais da metade das receitas das empresas.  
O objetivo da Audotoria do TCU foi "avaliar a economicidade, eficiência, eficácia e legalidade dos serviços de tecnologia da informação prestados pela Dataprev e pelo Serpro, em especial, dos preços praticados nos contratos firmados por essas empresas com o Poder Público".
Dataprev
Segundo o TCU, a atual situação econômico-financeira da empresa "é boa". Nos últimos 10 anos, a Dataprev conseguiu aumentar seu lucro líquido em R$ 150 milhões, com uma média de 21% a.a (ao ano). Esse aumento líquido foi decorrente de receitas operacionais que geraram um incremento nas contas da empresa de 146%, vindos basicamente das receitas de serviços prestados ao INSS e às instituições financeiras (bancos), através do empréstimos consignados. O TCU também detectou que a melhora nas contas foi gerada em 2014, com o recebimento por faturas a atrasadas de clientes.
Na auditoria a própria empresa alegou que possui dificuldades para manter por longo tempo essa margem líquida de serviços prestados ao setor público, porque os preços praticados atualmente não chegam nem mesmo ao valor histórico atualizado pela inflação (IPCA).
Para o TCU, "essa dificuldade em manter os níveis de preços, seja por conta de estes serem elevados ou até mesmo por questões de restrições orçamentárias e fiscais da administração pública, pode levar a empresa a aumentar ainda mais a sua margem de lucro com o setor privado (consignados), onerando os empréstimos consignados que são realizados por aposentados e pensionistas do RGPS" (Regime Geral da Previdência Social).
Ou seja, na avaliação do tribunal, a Dataprev acabará se valendo de uma situação perversa: ter seus lucros mantidos ou elevados através do aumento no valor do pagamento pelos "serviços prestados" em empréstimos contraídos por aposentados e pensionistas.
O tribunal constatou que na questão salários, 55% de toda a receita operacional líquida gerada pela empresa é consumida com o pagamento de pessoal e encargos ( não levando em conta as despezas com terceirizados). Entre os anos 2007 e 2016, os custos e as despesas cresceram cerca de 108% e 296%. Se considerados em conjunto cresceriam 137%. " A remuneração de pessoal foi o item que mais impactou os resultados da empresa, alcançando o valor de R$ 645 milhões em 2016 (R$ 194,36 milhões de despesas e 450,74 milhões de custos)", destacou o TCU.
Como contraste ao aumento da lucratividade, a Dataprev nos últimos cinco anos acabou diminindo a rentabilidade dos seus negócios. De acordo com o TCU, a queda média nessa rentabilidade é de 12% a.a. (ao ano), o que fez com que a empresa tenha chegado em 2016 com uma rentabilidade de 11%. "Ou seja, para cada R$ 1,00 investido, a empresa conseguiu retornar R$ 0,11 centavos de lucro".
Na situação financeira, a Dataprev tem enfrentado problemas de caixa por longos períodos. Segundo o TCU, isso é decorrente - no contraponto do bom desempenho na geração de receitas operacionais - pelo fato da empresa não conseguir manter o mesmo ritmo no recebimento das faturas de clientes prejudicando sua capacidade de investimento e pagamento. As informações foram obtidas pelo tribunal através dos relatórios aprresentados pelo Conselho Fiscal da empresa.
Essas informações mostram que 93% dos clientes da Dataprev chegaram a atrasar seus pagamentos, sendo que 84% dos atrasos eram devidos pelo INSS, seu maior cliente. "Com a análise do fluxo de caixa de investimento, foi possível constatar que o baixo desempenho nos investimentos da empresa está relacionado à dificuldade de geração de caixa operacional, o qual é afetado pelos longos períodos de acúmulo de faturas atrasadas".
O TCU também constatou que, por causa desses atrasos de pagamentos de clientes, isso provocou uma retração na capacidade instalada no período 2015 e 2016. Sem dinheiro para investir direito na capacidade instalada, os recursos ficaram abaixo do necessário à reposição.
Serpro
O relatório do ministro Vital do Rêgo informa algo que todos já sabiam: a estatal de processamento de dados vem acumulando prejuízos, ou "dificuldades para gerar lucro". Em 10 anos (2007 a 2016), teve prejuízo em quatro exercícios financeiros distintos (2010, 2011, 2014 e 2015). Isso levou a empresa a gerar um prejuízo acumulado da ordem de R$ 597,1 milhões.
O volume elevado de custos/despesas seria o principal motivo para o Serpro ter dificuldade de gerar lucro, o que, na avaliação do tribunal, os valores estão bem próximos das receitas líquidas obtidas. "O volume excessivo de custos/despesas acaba onerando os órgãos que contratam o Serpro, haja vista que em alguns casos os clientes não possuem opção, devido à especialização dos serviços que já se encontram internalizados na estatal ou porque somente são providos pela empresa, muitas vezes a preços mais elevados que os praticados pela iniciativa privada", destaca o TCU.
Vital do Rêgo destacou como o Serpro vem obtendo receitas nos últimos 10 anos, com um incremento de 63% em 2016. O tripé para o crescimento das receitas da estatal se baseia em: 1- Serviços de processamento de dados (84%), 2 - Desenvolvimento de sistemas (8%), 3 - Suporte e Assistência de informática (6%). Porém, as receitas acabam consumidas pelos gastos que a empresa acaba arcando.
Segundo o TCU, os custos do Serpro são basicamente formados pelas despesas com pessoal (70%), depreciação e amortização (6%) e com manutenção (5%), um outro tripé nefasto que acaba prejudicando financeiramente a empresa. Nos últimos 10 anos, as despesas com pessoal cresceram cerca de 105%, sendo que somente nos últimos quatro anos o crescimento foi de aproximadamente 60%. Um salto de R$ 1 bilhão em 2013, para chegar a R$ 1,6 bilhão em 2016.
O tribunal destaca como outros "itens relevantes na estrutura da empresa" os custos/despesas com depreciação, amortização e manutenção. Houve um crescimento de cerca de 91% no período de dez anos,com depreciação e amortização,  enquanto que os ativos, sobre os quais incidem (imobilizado e intangível), aumentaram apenas 28%."Apesar de o crescimento da depreciação e da amortização ter sido maior do que os aumentos dos ativos, no acumulado, a empresa conseguiu manter a mesma capacidade instalada de 2007", destaca o relatório do TCU.
Mas o tribunal entende que essa depreciação pode indicar a existência de maiores desgastes nos bens do ativo imobilizado, o que justificaria os aumentos dos custos/despesas com manutenção, os quais cresceram cerca de 63% nos últimos dez anos.
"No que concerne à rentabilidade, o índice caiu cerca de 193%, saindo de 0,06 em 2007 para - 0,05 em 2016. Os fracos desempenhos da rentabilidade da empresa estão também relacionados aos custos/despesas elevados".
O TCU reconhece que o Serpro em seu aspecto financeiro tem passado por "dificuldades na obtenção de caixa, precisando, em alguns momentos, ser socorrida por aportes de capital realizados pela União". Segundo o tribunal, Nos últimos oito anos foram realizados quatro aportes, somando o montante de R$ 714,6 milhões.
"Em 2009, se não fosse o aporte de R$ 271 milhões realizado em 2008, a empresa não teria condições de cobrir a variação negativa do seu caixa (R$ 80,5 milhões)". Mesmo assim o TCU destaca que em 2011 - considerando o aporte realizado em 2008 - a empresa não conseguiria pagar suas despesas operacionais, sem que a União realizasse nova transferência de recursos à empresa, desta vez no valor de R$ 184 milhões.
Em 2014, a empresa foi obrigada a se socorrer novamente desses aportes para pagar suas despesas operacionais. Naquele exercício financeiro, a empresa "iniciou o ano com R$ 42,9 milhões em caixa, no entanto, no decorrer do exercício, as suas saídas de caixa operacional foram superiores às entradas em R$ 92,6 milhões, ou seja, o saldo inicial de caixa não conseguiria, por si só, cobrir o déficit do caixa operacional, como também ocorreu em 2011".
O tribunal constatou que houve "significativa melhora de caixa" em 2015/2016, que pode ser explicada pela autorização legislativa para obtenção de uma meta de resultado primário negativo maior, principalmente no ano de 2016. Porém, a empresa foi proibida pelo tribunal de receber novos aportes do governo, sem que houvesse a reclassificação como "estatal dependente". A empresa teria de apresentar um melhor desempenho no recebimento das faturas de clientes.
"No entanto, cabe ressaltar que as melhorias no caixa operacional não retiram o risco de descontinuidade das operações da empresa já que o caixa operacional gerado ainda é muito próximo ao volume de investimentos necessários à manutenção da capacidade instalada, bem como do volume de fornecedores a pagar", alerta o TCU.
E o tribunal destacou a fama de "mau pagador" que o Serpro recebe do mercado privado de informática. Segunto o TCU, a capacidade de pagamento piorou consideravelmente nos últimos dez anos, inclusive com atrasos (44%) e renegociação (14%) de faturas devidas a fornecedores.
Acórdão do tribunal
O TCU através dos seus ministros aprovaram o relatório do ministro Vital do Rêgo e determinaram que o Serpro e a Dataprev reavaliem alguns dos serviços e que torne mais transparente aos clientes os seus modelos de negócio.
Determinou ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão que oriente os órgãos da administração federal que fazem contratos com o Sepro e a Dataprev, para no prazo de 90 dias, passem a exigir  junto com a proposta comercial, os demonstrativos de formação de preços de cada serviço e sistema objeto da proposta. "Em nível de detalhamento que permita a identificação dos recursos produtivos utilizados (insumos), com as respectivas quantidades e custos", informou o tribunal.
Em outras palavras, o TCU quer tentar estancar a sangria nas empresas, causada pelos excessivos gastos operacionais, que estão sendo financiados através de contratos mais onerosos, sem a justificativa clara na formação de preços de serviços que as duas estatais prestam para a Administração Federal.

APÓS MATÉRIA DO CAFÉ DE TEÓFILO OTONI, CB FAZ MATÉRIA SOBRE GASTO ANUAL COM CAFÉ NO SERVIÇO PÚBLICO


https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2018/04/08/internas_economia,671926/cafe-no-servico-publico.shtml
R$ 55,3 milhões são torrados com cafezinho no serviço público
Despesa da administração pública federal com a bebida equivale a 733 casas populares, que poderiam beneficiar mais de 1,5 mil pessoas. Para especialistas, falta de controle com itens que parecem irrelevantes mostra o descaso generalizado com o dinheiro do contribuinte

HF Hamilton Ferrari - Especial para o Correio. postado em 08/04/2018 07:44 / atualizado em 08/04/2018 12:58

Os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público e da Defensoria Pública da União (DPU), gastam, pelo menos, R$ 55,3 milhões por ano com café e com o serviço de copeiragem nos órgãos públicos.

Pode parecer pouco diante do deficit público de 12 dígitos do governo federal. Mas em lugar nenhum do mundo é uma quantia insignificante. De acordo com especialistas, há um forte efeito simbólico na cifra, pois é muito dinheiro para algo que não traz benefícios diretos à população. E está longe de ser o único item supérfluo e caro. Por isso, o Correio dá início a uma série de reportagens sobre pequenos custos que fazem falta para a melhoria dos serviços públicos.

Com dados da ONG Contas Abertas, foi possível identificar gastos de, ao menos, R$ 20,7 milhões só com a compra dos grãos do café. A totalidade das despesas com o produto não foi encontrada, porque muitos pedidos dos órgãos vinham acompanhado de outras mercadorias, como chás, galões de água, impossibilitando a separação das despesas. O custo com cafezinho, portanto, pode ser muito maior.

Nesse montante de R$ 20,7 milhões, estão incluídos, além dos órgãos do governo federal, a Advocacia-Geral da União (AGU), as Forças Armadas, os conselhos nacionais de Justiça e do Ministério Público, a Defensoria Pública da União (DPU), o Ministério Público, o Tribunal de Contas da União (TCU) e as Justiças do Trabalho, Federal, Militar e Eleitoral.

O Correio também fez uma estimativa de quanto foi gasto com o serviço de copeiragem nos ministérios em 2017. Com base em dados das licitações das pastas da Educação (MEC), das Cidades e dos Direitos Humanos, a Esplanada teve despesa de quase R$ 29 milhões com esse item. O MEC comunicou, em nota, que reduziu em 30% o contrato de copeiragem no ano passado. “Atualmente, o valor é de R$ 1,1 milhão, enquanto o de 2017 foi de R$ 1,7 milhão”, informa. O serviço envolve contratação de pessoal, como copeira, cozinheiro, carregador, garçom e outros, além de vestuário para os profissionais.

Estendendo o cafezinho para o Legislativo, a Câmara dos Deputados tem um contrato de R$ 663,48 mil por ano para custeio apenas da bebida. A assessoria de imprensa da Casa justifica que há cerca de 18,2 mil funcionários trabalhando no local, 171 estagiários, 480 jovens do programa Pró-adolescente e os 513 deputados. “O total de pessoas que circulam na Casa varia de acordo com a agenda legislativa e com o tema das propostas em discussão, podendo chegar a 26 mil, nas terças e quartas-feiras, se o Plenário votar matérias mais polêmicas”, informa. Já no Senado, o gasto é de R$ 530 mil para a compra do café e de materiais de apoio, como garrafas térmicas e colheres.

No Judiciário, o gasto também é substancial, principalmente nas despesas com copeiragem. O Supremo Tribunal Federal (STF) gastou R$ 60,8 mil com a compra do produto e de R$ 4 milhões para o pagamento do serviço de copeiragem. De acordo com a Corte, há 2.317 mil servidores e terceirizados trabalhando no local.

No Superior Tribunal de Justiça (STJ), a assessoria de imprensa destaca que o órgão reduziu os gastos que envolvem o cafezinho no ano passado. O consumo anual caiu 15,3%, entre 2016 e 2017. “Sendo assim, o tribunal reduziu a quantidade comprada no período, de 39.174 kg para 33.167 kg, resultando em uma economia de cerca de 10% para os cofres públicos”, destaca.

A despesa saiu de R$ 192,8 mil, em 2016, para R$ 172,1 mil no ano passado. Segundo a assessoria, o desperdício passou de 20 litros de café para dois litros. “Atualmente, o STJ conta com 5.117 colaboradores, entre servidores, terceirizados e estagiários. Dentro desse contingente, há 38 garçons”, informa.

Pequeno significativo
Para um país que teve deficit fiscal de R$ 124 bilhões em 2017, R$ 55 milhões não resolveriam o problema. Mas especialistas explicam que, mesmo não sendo uma cifra considerada “importante”, não quer dizer que não há necessidade de controle por parte dos gestores.

José Matias-Pereira, professor de finanças públicas da Universidade de Brasília (UnB), explica que a administração pública tem inúmeros gastos que “passam de maneira despercebida” e que, eventualmente, ficam camuflados dentro do Orçamento. De acordo com ele, mesmo que o volume de recursos seja pequeno nas, a soma de gastos “ínfimos” vira “uma grande despesa”.

“Nós ainda temos um longo caminho para avançar no controle das despesas do setor público. Seria interessante um sistema centralizado de controle para fazer compras mais inteligentes. É uma forma de investir em processo de modernização para evitar desperdícios”, afirma Matias-Pereira. “Quando se compra em excesso, uma parte, certamente, vai se deteriorar, estragar. São questões que podem ser melhoradas. O grande problema é a má gestão”, completa.

O economista Gil Castello Branco, secretário-geral da ONG Contas Abertas, considera que R$ 55,3 milhões não é um valor desprezível. “Não há despesa pequena que resolva o deficit de R$ 159 bilhões esperado para este ano. Pode acabar com os gastos com o cafezinho, que não fazem nem cócegas no rombo fiscal”, diz. “Mas é importante ter essa percepção do que é gasto e quais são as prioridades do governo. O Ministério do Planejamento tem diminuído alguns desses custos, como diárias de servidores, passagens aéreas, gastos com transportes. Mas é preciso ter um empenho ainda maior de toda a Esplanada”, completa o especialista. A pasta não respondeu os questionamentos do Correio.

Diagnóstico fiscal
Para comparar, R$ 55,3 milhões equivalem a 733 unidades do programa Minha Casa, Minha Vida, que poderiam beneficiar mais de 1,5 mil pessoas. Além disso, o valor equivale a 57 mil vezes o salário mínimo e 124 mil cestas básicas. Recentemente, o Ministério da Educação anunciou investimento semelhante para um novo câmpus de Tecnologias Avançadas da Universidade Federal de Pernambuco.

O economista Alex Agostini, analista da Austin Rating, destaca que esses dados demonstram como o desperdício de dinheiro público na administração federal é generalizado. “Se só o gasto do cafezinho atinge essa cifra, imagina benefícios que existem no Congresso Nacional, no Judiciário. A moral fiscal está longe de chegar aos Três Poderes”, alega. “E, com isso, faltam recursos para áreas importantes, como saúde, educação e segurança, está última passando por um problema enorme no Rio de Janeiro”, completa.

Agostini defende que a discussão, antes de chegar ao cafezinho, deve passar pelos fatos que realmente oneram os cofres públicos. “É preciso fazer uma lista do que mais pesa nas contas e, então, implementar um ajuste conforme o que foi diagnosticado”, diz. “É preciso rever benefícios, como ajuda de custo para moradia a parlamentares e a juízes, que é resultado do corporativismo que existe no país. É claro que vamos chegar até o cafezinho, mas é preciso, primeiro, criar a moral fiscal”, acrescenta.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

ESCÂNDALO DO CAFÉ - PARTE 2 - NÃO É NESPRESSO, É PIOR AINDA...SÃO 1,5 TONELADA DE CAFÉ PARA TEÓFILO OTONI


A postagem sobre a compra de café na GEx Teófilo Otoni a R$ 25.500,00 por prazo de seis meses causou polêmica na internet previdenciária ontem.

A preço tão caro, julgamos que seria Nespresso a marca escolhida, mas não. É pior ainda: soubemos que foram comprados 3.000 pacotes de 500 g de café (sem marca declarada) a R$ 8,50 a unidade (preço de referência no mercado similar).

3.000 pacotes de 500 g de café são 1.500 kg de café, ou seja, 1,5 tonelada de café para a Gerência Teófilo Otoni.

Cada grama de café deve ser diluído em 15 ml de água para gerar um bom café. Mas vamos supor que o pessoal goste de café bem forte, então faremos 1 g para 10 ml de água.

1.500 kg são 1.500.000 de gramas. 

10 ml de água por grama dá 15 mil de litros de café para a turma de Teófilo Otoni.

Supondo que esse mar cafeinado será distribuído para um total de 15 unidades (entre APS e outras), que 6 meses dão 132 dias úteis (6x22) e que cada unidade tenha 15 servidores em média, teremos portanto a quantidade de 505 ml de café por servidor por dia, ou seja, meia garrafa-térmica para cada um todos os dias.

A média nacional de ingesta de café, segundo a ABIC, é de 200 ml por dia, ou seja, o pessoal em Teófilo Otoni toma 2,5 vezes a média nacional. Todo mundo, todos os dias.

Onde será que vai caber tanto café.....

Com a palavra, a logística.

terça-feira, 3 de abril de 2018

TCU DESCOBRE O ÓBVIO: A DATAPREV É UM LIXO.

Serpro e Dataprev possuem baixos índices de eficiência, constata TCU


BSPF     -     29/03/2018

Pesquisas de satisfação revelam que, do ponto de vista da clientela, existem deficiências na prestação do serviço de desenvolvimento de sistemas. Cerca de metade dos clientes se disseram satisfeitos

A Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) terão que adotar uma série de mudanças em seus modelos de negócio. A decisão, proferida pelo Plenário do Tribunal de Contas da União (TCU), na última quarta-feira (21), tem o objetivo de tornar as empresas mais competitivas perante o mercado e que elas obtenham ganhos de economicidade para as instituições contratantes.

Em fiscalização recente, o TCU constatou que, no período de 2014 a 2017, as estatais tiveram um baixo índice de eficiência e praticaram preços maiores que os praticados no mercado. Além disso, há ausência de transparência na composição dos valores. Juntas, as estatais gerenciam uma expressiva carteira de contratos com órgãos e instituições públicas, da ordem de R$ 13,3 bilhões.

Conforme o relator do processo no Tribunal, ministro Vital do Rêgo, tanto a Dataprev quanto o Serpro apresentaram baixo rendimento no que concerne à eficiência operacional. “Como consequência disso, por exemplo, pode-se mencionar o fato de a Dataprev ter dificuldades para atender o volume de demandas recebidas, ou seja, em dar vazão à fila de espera”, afirmou o ministro-relator.

Ainda de acordo com Vital do Rêgo, as pesquisas de satisfação revelam que, do ponto de vista da clientela, existem deficiências na prestação do serviço de desenvolvimento de sistemas. “O percentual de clientes satisfeitos com tal serviço, nas duas empresas, é baixo, girando em torno de 50%”, enfatizou o membro do TCU.

Contratos

Conforme destaca o relatório, aprovado pela Corte de Contas, o capital social da Dataprev é de R$ 750 milhões, do qual a União detém participação de 51% e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 49%. O Serpro tem capital social de aproximadamente R$ 1 bilhão, integralmente subscrito pela União.

Em 2016, a receita operacional líquida da Dataprev correspondeu ao montante acima de R$ 1 bilhão, com um lucro líquido de R$ 184,02 milhões. Durante o período analisado, dois terços (66%) das receitas da Dataprev foram provenientes de serviços prestados ao setor público e um terço (34%) ao setor privado.

No setor público, a Dataprev tem como principal cliente o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que representa 40,7% de sua receita total, e também presta serviços a outros órgãos, como a Secretaria da Receita Federal do Brasil e o Ministério do Trabalho e Emprego.

De acordo com o levantamento do Tribunal, “a Dataprev tem enfrentado longos períodos de dificuldades para o recebimento das faturas dos clientes e assim gerar os recursos necessários para a realização de investimentos. Ou seja, apesar de a empresa ter um bom desempenho na geração de receitas operacionais, não consegue manter o mesmo ritmo no recebimento das faturas de clientes, prejudicando sua capacidade de investimento e pagamento”.

Já o Serpro tem passado por dificuldades econômico-financeiras. Conforme o levantamento do TCU, nos últimos oito anos a União precisou fazer quatro aportes de capital para socorrer a estatal, somando montante superior a R$ 700 milhões. Isso porque, entre 2007 e 2016, os prejuízos chegaram a R$ 597 milhões. A principal causa para o resultado negativo é o aumento dos custos e despesas em proporção maior do que os aumentos nas receitas.

Entre as principais clientes do Serpro está a Receita Federal do Brasil, que responde por aproximadamente metade do faturamento. A estatal ainda presta serviços para a Secretaria do Tesouro Nacional; Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional; Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; Ministério das Cidades; Ministério da Justiça; Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, entre outros.

Fonte: Assessoria de Imprensa do TCU

SÓ PODE SER NESPRESSO...

Gerência-Executiva de Teófilo Otoni contrata no pregão empresa para fornecer café nas unidades da GEx por 06 (seis) meses, a custo de R$ 25.500 reais, conforme publicado no DOU de 03/04/2018, Seção 3, abaixo o extrato: 


Na boa, a esse preço, só pode ser café Nespresso.... Soubemos inclusive que o George Clooney está  fazendo propaganda desse refinado café lá em Teófilo Otoni:


É o típico caso onde o que é torrado não é apenas o café, e sim o dinheiro público junto....

segunda-feira, 2 de abril de 2018

FESTA DO CAQUI: A JUSTIÇA AUMENTA O RALO DO DINHEIRO PÚBLICO - A FARRA DA ISENÇÃO DE IPI E A URGÊNCIA DA PERÍCIA MÉDICA DA UNIÃO.


Recentes decisões da Justiça tem ampliado de sobremaneira a possibilidade de aquisição de veículos automotores com o desconto de IPI, ao relativizarem o conceito de deficiência e ao permitirem o acúmulo deste benefício com a percepção de outros benefícios da previdência social.

Desde 2015, a renda do BPC LOAS B87 (deficiente) não pode contar para fins de aferição de renda familiar: https://www.conjur.com.br/2015-mar-16/beneficio-pago-deficiente-nao-entra-calculo-renda-familiar

Em 2013, a flexibilixação das regras fez o benefício ao deficiente ser invadido por outras pessoas sem deficiência: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,com-novas-regras-venda-de-carro-para-deficientes-dispara,70001723140

A mais recente permite acúmulo da isenção de IPI a deficientes com outros benefícios: https://www.conjur.com.br/2018-mar-31/pessoa-recebe-beneficio-social-isenta-ipi-carro


O IPI, Imposto sobre Produtos Industrializados é regulamentado pelo decreto 7210/10, chega a representar 30% do valor do carro e, de modo genérico, 10% ficam com a União e 20% são distribuídos entre Estados e Municípios.

A obtenção desse direito se dá com mera apresentação de atestados pelo médico assistente da pessoa requerente. Considerando que 100% desses atestados fossem idôneos, já seria um absurdo pois o mesmo não goza de isenção e imparcialidade, visto que o médico assistente tem sua atuação sempre norteada pelo princípio da relação de interesses do cliente/paciente, ou inter volentes, portanto jamais atestaria algo contrário aos interesses de quem requisita, ou não teria a isenção para tal. Some-se a isso a notória situação de fraudes de atestados médicos que existem no Brasil, o cenário está montado. É um ralo bilionário de dinheiro perdido em direitos indevidamente concedidos.



A imprensa especializada já fala sobre isso e até indica modelos a comprar com o limite do desconto  a carros de valor total de R$ 70 mil reais:



Não há uma propaganda de montadora ou revendedora, nos dias atuais, que não cite o desconto do IPI e coloque até o preço sem o IPI na publicidade do carro. Isso é um escárnio.


Ora, se o governo aceita atestado do médico do cidadão, sem verificação nem sequer de procedência, e com ele gera benefício de desconto de 30% na compra de veículos, podendo acumular com outros benefícios, sem impacto na renda familiar e nem precisando ser deficiente, é a festa do caqui que está ocorrendo. Não há mas espaço para esse tipo de situação neste país.

Por isso urge o Governo reconhecer a necessidade da criação da Perícia Médica da União, ou seja lá que nome queira dar, pois apenas com perícia médica profissional, pública, isenta, submetida à supremacia do interesse público, é que vamos acabar com tais desvios e dar direito a quem merece o direito, que é o papel que o Estado tem que exercer.

Chega de Farra.

MAIS 115 APOSENTADORIAS NO DOU DE HOJE. CONCURSO JÁ.



Publicadas hoje no Diário Oficial da União a aposentadoria de mais 115 servidores do INSS, sendo destes 4 Peritos Médicos e 1 Supervisor Médico Pericial.

O INSS possui 45% dos quadros já em adicional de permanência, ou seja, podem se aposentar a qualquer momento.

Não há ainda nenhuma tecnologia que substitua a falta do servidor nas agências.  Na perícia médica, então, isso é imprescindível. Por mais eficiente que seja a atual gestão da DIRSAT, ela não consegue dar conta de um problema insuperável: a falta de quadros periciais.

Até 2017 80% das saídas de quadros eram por exoneração e 20% por aposentadorias. Desde 2017, com o impacto positivo das realizações da ANMP e da DIRSAT na carreira e no meio de trabalho, respectivamente, estamos com 95% aposentadoria e 5% exoneração. Mesmo assim, ainda se mantém a média histórica de 1 perda de quadro por dia.

Urge um concurso para reposição de quadros no INSS. Desde 2010 já foram 3.173 (agora 3.178) peritos médicos que deixaram a autarquia. Não dá mais para esperar. Os gastos com a falta de servidores para análises dos pedidos de benefícios será MUITO maior que os gastos com a contratação de novos servidores.