Presidente Gadelha inaugurou nesse final de semana o Aeroporto de Sousa-PB. O gasto com diárias e passagens dele e de seu chefe de gabinete, Alex Mansur, foi tão grande que o governo preferiu construir um aeroporto na cidade.
A saída pré-datada de Leonardo Gadelha da presidência do INSS não interrompeu o ritmo frenético de viagens e passeios que marcou a gestão mais aérea da história do INSS. Enquanto a casa sofre com o abandono, a falta de comando e com sucessivos escândalos de malfeitos com o dinheiro público, no que reflete a absoluta ausência de liderança e a sensação de impunidade gerada pelo exemplo que vem de cima (a 11.000 pés de altura), Gadelha e El Chef Mansur continuam mantendo uma pesada rotina de embarques e desembarques, em especial na ponte aérea São Paulo-Brasília-João Pessoa.
Somente o gasto de El Chef Mansur esse ano com passagens e diárias já bateu a casa dos R$ 130.000 desde janeiro. A quem lhe pergunta, a resposta é que o INSS está contribuindo para tirar o setor aeroviário da crise. O que chama a atenção é que 90% dessas viagens envolve São Paulo. Haja assunto para tanto avião em terras bandeirantes. Dizem que Congonhas teve que diminuir o tempo de pouso entre aeronaves para dar conta desse volume extra de pousos e decolagens.
El Chef Mansur já viajou tanto, mas tanto, que no teste do Fantástico sobre lençóis em hotéis exibido neste domingo, todos os 8 estabelecimentos testados vieram positivos para a marca abaixo:
Teste do Fantástico comprova que diárias do El Chef de fato foram devidamente usadas.
Fontes disseram que quando o Planejamento foi imprimir o histórico de viagens da dupla dinâmica o gasto de papel foi tão grande que precisaram pedir ajuda à Superintendente Chamex (Kathia, SR3) pois faltou resma de papel.
Não apenas o INSS, mas a Casa da Moeda também teve gasto extra com impressão de papel moeda para confeccionar novos passaportes para Gadelha e sua trupe, pois não há folhas suficientes nos documentos para comportar tantos carimbos de aeroportos. Mas pelo menos as viagens são democraticamente espalhadas em seu staff mesmo que não haja nenhum sentido aparente.
Vejamos o caso de Onofre de Oliveira, assessor do Presidente Gadelha e de El Chefe Mansur. Seu cargo é, basicamente, ser assessor pessoal do Presidente Gadelha. Ele cuida da agenda do Presidente. Um cargo de assessoria, político, sem nenhum peso técnico junto ao INSS. Mas ele foi escolhido pelo mesmo para viajar a Madrid, Espanha, onde participará de um evento técnico da OISS (Organização Ibero-americana de Seguridade Social) sobre Previdência Social.
A liberação de Onofre de Oliveira para participar do Comitê Técnico da OISS em Madrid.
Folder da programação da IX Reunião Técnica da OISS em Madrid.
A passagem Brasília - Rio de Janeiro - Frankfurt - Madrid ida e volta já está comprada e ele parte hoje mesmo para a capital espanhola. Trata-se de um evento de caráter técnico, que envolve cooperação jurídica, tecnológica, informática (Dataprev), técnico. Logo a pergunta que se faz é o que o senhor Onofre vai fazer lá, se o Presidente não está indo? Se a função dele é a agenda política do Presidente Gadelha, qual o intuito de tal viagem? Qual o interesse público nisso?
Sabemos que, do ponto de vista técnico, Onofre não irá poder contribuir nesse evento. Mas ao menos poderá assistir ao vivo às famosas touradas de Madrid, onde o nobre assessor com certeza observará técnicas de fuga e drible de touros, que poderão ser aplicadas às políticas de compliance que Gadelha quer implementar no INSS antes de sua saída.
Vem aqui auditor, vem conselheiro do TCU, aqui ó ó....
Enquanto a casa está jogada às traças, Gadelha e equipe só viajam país afora, inaugurando agências novas sem ter funcionários, indo a eventos sem sentido, participando de tudo quanto é reunião, enviam sua equipe para o exterior em viagens que nada acrescentarão ao INSS, internamente a casa está acéfala, sem diretores em vários postos, ninguém quer assumir a procuradoria e a auditoria, a DGP mal teve nomeação e já vai ficar sem pois o indicado não conseguiu ser liberado (!!!) para tomar posse, a DIRBEN arrumando diária para namorada de coordenador....
Mas nada disso importa. O importante é dar um olé no compliance.
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