Passo em falso - Pedido de ajuda do Superintendente de São Paulo ao PT poderá lhe custar o cargo.
Gabas esteve na última sexta-feira na GEx São Paulo Centro - A pauta foi a derrubada de Oliveira. Ex-comissário quer voltar a ser protagonista.
Sexta-Feira, 25 de agosto de 2017. Carlos Gabas, cumprindo sua suspensão de 10 (dez) dias no PAD em que foi condenado por improbidades na aposentadoria da ex-Presidente Dilma, entra na sede da Gerência Executiva em São Paulo-Centro, a maior do país, acompanhado de um senhor japonês de baixa estatura.
Em seguida, se reúne a portas fechadas com o Gerente-Executivo, Edgar Campos e uma equipe de petistas, incluindo ex-gerentes executivos da era PT, composta por Vilma Ramos, Francisca Iara, Sônia, Regina Scarpin (Chefe da Administração da GEx), José Hilton (antigo chefe de benefícios, muito ligado a Gabas e Elisete Berchiol), Dalvina Suguiyama (ex-chefe de Orçamento e Finanças da Centro) com seu marido Elio Suguiyama (SERAT) e Samuel Rapchan (atual chefe da SERAT GEx Centro).
Antes de continuar, o leitor precisa saber que todos desse grupo acima listado, exceto o Gerente Edgar, falam mal abertamente do atual Superintendente, Oliveira, e torcem por sua queda. Recentemente Oliveira exonerou José Hilton e Dalvina de seus cargos DAS.
Na reunião, o grupo pediu a Gabas ajuda para se fortalecerem politicamente em São Paulo. Relataram mudanças recentes no INSS que lhes vem causando muita preocupação e comentaram a fragilidade atual vivida pela superintendência, por estar com mais de 90.000 processos represados há mais de 90 dias, número que vem crescendo mensalmente a despeito dos esforços feitos para eliminar estoques, como criação de GT e outras estratégias de priorização da diminuição do passivo.
Após muita malhação ao superintendente e, em especial, ao chefe de gabinete dele, Edson, foi elaborada uma estratégia política de derrubada de Oliveira e o início de uma campanha interna de combate ao atual gabinete da Santa Ifigênia (Sede da SR).
O mais curioso é que, segundo relatos, foi o próprio Oliveira que teria incentivado tal reunião, mas por motivos bem diferentes. Segundo uma fonte exclusiva contou a este blog, Oliveira estava preocupado com o que sentia como boicote a sua gestão e procurou o PT para pedir ajuda: o partido ajudaria o INSS em SP a pressionar quadros ainda possuidores de cargos no Estado a estimularem os servidores à executar as tarefas necessárias à redução do estoque e, em troca, voltaria a colocar petistas em cargos de confiança na Superintendência. Segundo essa fonte, primeiramente Oliveira teria procurado Dulcina Golgato, ex-SR, pensando que ela seria o contato com Gabas em São Paulo.
Orientado corretamente, procurou Gabas e teria autorizado o Gerente Edgar a fazer as negociações em seu nome, para evitar ser visto junto com o célebre ex-comissário, condenado na Justiça em 2014 e no PAD em 2017. Só que a trairagem rolou solta e a tal reunião serviu para marcar a cova política do atual Superintendente.
Pior: segundo a fonte, Oliveira não poderá contar com o apoio de seu padrinho político, o deputado federal Arnaldo Faria de Sá, que inclusive teria orientado Oliveira a procurar o PT para lhe ajudar. A fonte afirma que o deputado Arnaldo é visto falando, publicamente, que Gabas fez muito favor a ele e não iria agir contra Gabas.
Inclusive por conta dessa blindagem, Gabas ainda desfrutaria de uma rede de apoios na SR Paulista: consta que ainda estejam em suas mãos um número significativo de indicados a chefias de APS, benefícios e cargos estratégicos, além de toda a Previc ("Prevaric") paulista, que comeria em sua mão.
Há meses este blog vem alertando que Oliveira está sendo boicotado de forma sistemática por setores vermelhos do INSS. Infelizmente não fomos ouvidos e parece que passos em falso do superintendente poderão lhe custar o cargo, pois agora ele está, literalmente, nas mãos dos chefes de benefícios e gerentes de APS de São Paulo.
Sendo verdade esta versão, constata-se que Oliveira foi pedir ajuda a seu caçador para fugir da caçada. O resultado desse tipo de erro nós já conhecemos.
Como diz o ditado: quem dá a mão ao diabo, não pode reclamar da queimadura.