Assinatura de certificado em branco mostra o descaso e o desrespeito com o qual a UnB e o Comitê estão tratando a questão da avaliação do PcD.
É necessário retirar da SDH o comando desse comitê e passá-lo urgente para as mãos de quem, de fato, opera os benefícios existentes aos deficientes: O MDS/INSS.
Recentemente este blog denunciou o escracho que estava sendo a condução do Comitê criado pelo governo para montar o modelo único de avaliação de Pessoas com Deficiência (PcD) que será usado a partir de 2018 para o reconhecimento da condição de deficiente bem como seu acesso a pelo menos 28 tipos diversos de benefícios e direitos existentes no país. Estamos falando de, no mínimo, 15% da população brasileira e cifras multibilionárias envolvidas.
Com uma união de descaso dos órgãos governamentais e resquícios de radicais xiitas do governo petista ainda com cargos de confiança, estava sendo armada uma bomba que iria implodir não apenas todos os programas para deficientes, como poderia inclusive destruir toda a economia nacional. Os radicais xiitas, liderados por Wederson Rufino (SDH) e Maria Valdênia (MDS), estavam para aprovar um modelo baseado em conceitos "socialistas" que nivelava por baixo todas as diferentes qualificações profissionais existentes no país, especialmente a médica, e iria permitir que leigos de diversas matizes (como psicopedagogos e antropólogos) pudessem determinar que um indivíduo seria deficiente (PcD) e, portanto, ter acesso automático a miríade de direitos existentes. Na prática, estavam usando a oportunidade para fincar bandeiras na guerra ideológica anti-médica que a esquerda vem pregando desde a década de 60.
Um simulacro deste modelo, realizado pela mesma SDH a partir de 2010, com a conivência dos então gestores do MPS/INSS, fez explodir a concessão de BPC de 2 para 4 milhões de beneficiários, com gastos de 11 para 50 bilhões anuais no período. Não à toa, o BPC foi o único benefício assistencial ou por incapacidade que entrou na PEC 287 (Reforma da Previdência).
O que ocorreu foi bem simples: ao tirar da perícia médica o poder de definir quem tem deficiência física, mental, intelectual ou sensorial, milhões de doentes crônicos, não deficientes, passaram a ser considerados "deficientes" pelas avaliações sociais, baseado na maluca e comunista teoria "social" da deficiência, que tenta negar a biologia e dizer que tudo é meramente uma questão de balanço social.
Porém soubemos que após a divulgação destes planos maquiavélicos, houve já uma intervenção e, por ora, o plano surubático dos petistas não foi concretizado, sendo pelo menos foi adiado. O golpe que estava sendo armado seria concretizado em uma oficina liderada pela UnB (Universidade de Brasília), famoso centro de formação de esquerdistas radicais, que iria dar a chancela na validação do iníquo modelo "IFBra" para esse modelo unificado de avaliação de PcD.
Como todos sabem, esse modelo IF BRa, já alvo de várias críticas por este blog, além de ser um fracasso, prejudica os deficientes e não está validado cientificamente. A ideia seria declará-lo "validado", como se a validação pudesse ser feita ao estilo "diretório acadêmico". Com a intervenção emergencial do governo, a oficina afundou e virou apenas um seminário de "idéias". Mas.....
Vejam os senhores como os certificados foram entregues... Tivemos acesso exclusivo a um deles:
Assim mesmo: em branco. Quem assina um certificado em branco? Só quem não está levando a sério este modelo, este comitê e esta discussão. Este, senhores, é um documento público. Assiná-lo em branco e entregá-lo a alguém é crime de responsabilidade, no mínimo. A UnB recebeu dinheiro por esta oficina? Deveria entregá-lo de volta e pedir desculpas ao Governo.
É assim que a UnB certifica seus eventos?
É assim que foi "validado" o IFBRa para a LC 142?
É este o tipo de profissional que o país quer para homologar algo tão importante?
É este o tipo de compromisso que o país quer para construir algo que custará centenas de bilhões por ano ao Tesouro?
É este o tipo de seriedade que o país quer para regulamentar o direito dos PcD?
As associações de PcD vão gostar de saber que terão que disputar seus direitos com milhões e milhões de pessoas não-deficientes, mas que por possuírem algum tipo de desvantagem social ou doença crônica, serão classificados como deficientes pelos antropólogos e sociólogos do Wederson e da SDH?
Não deixa de ser irônico: o certificado em branco equivale ao cheque em branco que estava sendo dado pelo governo a este comitê. Está na hora de acabar com o politicamente (in)correto e termos seriedade nesta avaliação e na regulamentação deste direito.