quinta-feira, 25 de maio de 2017

O SILÊNCIO DAS SOCIÁVEIS - PARTE 1: GUERRA PARA NÃO SERMOS CONTROLADAS.

Em repetidos manifestos nos últimos dias, um grupo sectário e radical de assistentes sociais, que dizem representar todo o coletivo de 1.700 servidoras analistas do seguro social com formação em serviço social existentes no INSS, diz haver um "desmonte" no serviço de saúde do trabalhador do INSS, que haveria "perseguição" a estas profissionais dentro do INSS e que, portanto, a classe estaria sendo "atacada" e reagiriam com uma "guerra".  A este grupo guerrilheiro este blog chama carinhosamente de "as sociáveis".

O primeiro ato dessa guerra é um anúncio de paralisação de suas atividades no próximo 08 de maio, uma segunda-feira. Como sempre, essas manifestações de greve seguem a lógica oportunista e reprovável da emenda de final de semana. Quem faz greve ou paralisação na segunda ou na sexta está, na verdade, aumentando seu final de semana, como na "greve geral" de 28 de abril, sexta pré-feriadão. Porém esqueçamos esse detalhe.

A guerra travada aqui se dá no campo ideológico e da propaganda. Não há "desmonte" muito menos "perseguição". Há, sim, reação insubordinada à medidas de moralização e gerenciamento no âmbito da saúde do trabalhador, pois é inadmissível que servidores recebam por viagens, diárias e pesquisas externas ao qual não se tenha o mínimo de controle de sua necessidade, oportunidade ou realização. O básico de qualquer um que defenda o serviço público, como esse grupelho diz defender, é o de prezar pelos princípios da transparência, razoabilidade, eficiência e da legalidade. 

Como justificar casos onde um servidor praticamente dobra o salário mensalmente sem que ele tenha uma única planilha ou lançamento em sistema das atividades externas que disse ter feito?

Como justificar duas a quatro reuniões externas mensais a título de "discutir políticas de assistência social", "visitar CRASS" ou algo similar, numa autarquia onde segurados dependentes de avaliações sociais levam meses para serem atendidos e, por conta disso, dezenas de ACP e ações judiciais assolam o INSS mandando conceder indiscriminadamente?

A guerra não é pelo desmonte do SST, é pelo desmonte da desordem, do descontrole e da anarquia que existia. Em "manifestação" entregue em nome de todas as assistentes sociais de São Paulo, de forma franca e aberta, os subscritores dizem literalmente que não querem se submeter a nenhuma hierarquia institucional, e que o código de ética delas é superior às leis.

Ética?

É necessário denunciar e mostrar a todos a realidade deste movimento, que na verdade está longe de representar o total dos servidores do serviço social do INSS. Vide que dezenas de assistentes sociais estão ligando e mandando e-mail, conforme apuramos, negando terem assinado tal manifesto e pedindo para retirarem seus nomes do documento.

O movimento torpe que se desenha não serve aos interesses do INSS nem das assistentes sociais. Serve aos interesses sectários de uma malta ligada a partidos radicais de oposição desconectados da realidade do trabalhador brasileiro.

Sim, pois conforme iremos mostrar nas próximas postagens, se o Serviço Social do INSS trabalhasse conforme alega trabalhar, não haveria fila para avaliação dos benefícios assistenciais, mas a realidade está MUITO longe disto.

Mas sobre este aspecto, as sociáveis, como chamamos essa escumalha que se esconde em movimentos "sociais", se calam profundamente. Seu silêncio atordoa a decência de qualquer brasileiro. É o silêncio das sociáveis.

Leia na Parte 2 - CRER no balcão dos outros é refresco.
Leia na Parte 3 - Hora de ir para o balcão.

Amanhã, dia 04/05, a parte final desta série, com os números secretos da produção do Serviço Social.

Um comentário:

Hafiz Ben David disse...

Aos e as Assistentes Sociais da minha GEX dou os parabens!
Sao excelentes colegas, realmente eticos e tecnicos!
Nao teria problema de habilitar beneficios no balcao: seria uma honra servir a minha Nacao!

Shalom! Salaam!