O ex-Ministro, ex-Comissário e ex-Croque da Previdência Social, Carlos Gabas, não deixou barato a busca e apreensão em suas propriedades pela Polícia Federal semana passada em operação desdobrada da Lava Jato.
Segundo informes, Gabas teria esculhambado o trabalho da PF, teria dito que 'foi um absurdo" ter seu Rolex de 100 mil reais apreendido, que levaram toda sua coleção de canetas Montblanc, todos os outros Omega e Rolex, suas motos Harley Davidson, seus computadores e até mesmo dezenas e dezenas de escrituras de propriedades, imóveis e terrenos que ele guardava em um cofre na sua casa. ("Fazia um favor para meu irmão, que é um midas da construção civil", teria dito aos Federais...)
Gabas teria dito não ver nada demais em ter tantos bens pois foi tudo "furto do seu trabalho", honestamente CONSIST conquistado nos últimos dez anos e que as pessoas morrem de inveja de seu faro comercial e de seu tino para negócios e que o fato de ter amealhado tantos bens apenas durante o período onde ocupou cargos de poder foi "mera coincidência". Disse também ser totalmente compatível a dedicação necessária para ser Ministro, Chefe do INSS, membro dos Conselhos Fiscais ou de Administração de órgãos como Bancoop, SESC e Novacap mais sua função privada de investidor de relógios e canetas de ouro, jóias, escrituras e escrituras.
Como exemplo de seu tino comercial, teria dito que de tantos prédios da Bancoop que deram errado, ele escolheu um dos que deram certo, no Tatuapé, onde ostenta uma cobertura. Pura sorte e faro comercial, teria comentado: "Poderia estar na lista dos 9.000 que nunca tiveram seu apartamento entregue, como o ex-Presidente Lula"...
Gabas teria dito também que parte da renda vem sua esposa, que é servidora e também ocupava cargos de confiança, em claro nepotismo, mas que "como nunca foi acionado pela Presidenta Dilma, então tava tudo bem"....
Como não tem nada a esconder, Gabas se recusou a prestar informações para a PF e se calará apenas em juízo, pois como bem lembrou não é obrigado a produzir provas contra si. Por isso a Federal pediu um SIMA ao contador de Gabas e foi ao seu apartamento pegar os laudos (escrituras) que o requisitado "esqueceu" de apresentar ao IRPF e demais órgãos de controle.
Gabas também teria dito que a prisão de Paulo Bernardo foi uma injustiça, pois eles lutaram muito para impedir que Vaccari Neto levasse a parte deles tão duramente negociada durante as negociações com a CONSIST e teria finalizado: "UM REAL não faz falta para ninguém, é muita mesquinharia desse povo!!!"
Gabas teria dito: "Só me davam 5%, ninharia... Pessoal é muito mesquinho em contar isso...."
Considerando que 4.8 milhões de servidores federais possuem um consignado atualmente gerando uma propina mensal de cerca de R$ 3.3 milhões e que pela denúncia do MPF Gabas levava apenas 5% ( R$ 168.000 mensais ou R$ 2 milhões/ano ou R$ 10 milhões entre 2010 e 2015 ), até que ele não está errado. R$ 2 milhões por ano é uma ninharia, não dá nem sequer para pagar os advogados caros que ele vai precisar, mal dá para pagar um Rolex por mês.
Por fim, teria rido dos servidores administrativos e peritos que acreditaram nele e o sustentaram por anos a fio: "esses sindicatos pelegos são muito úteis pois nos sustentam nos cargos sem pedir nada para as bases.... A dos peritos então me ajudou muito durante 4 anos".
OBS: Trata-se de matéria ficcional inspirada em fatos reais. Qualquer semelhança é mera coincidência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário