Um dos planos em estudos pelo governo visa a enxugar a máquina previdenciária voltando ao esquema de superintendências estaduais acabando com as gerências executivas.
Além de caro e complexo, o sistema de gerências executivas sobrepostas por uma superintendência que se reporta a Brasília, na prática, tirou o comando de Brasília da operação final, no chão da agência.
De fato, o modelo atual "gerentocentrico" (valeu, Carneiro) faz com que não haja uma linha de comando contínua entre Brasília e as APS, com as SR se metendo no caminho e quebrando a linha e as GEx com excessiva liberdade (algumas) ou nenhuma liberdade (outras) de respeitar Brasília de acordo com o padrinho político de cada uma.
Sem a liderança, as APS passaram a fazer o que queriam, virando "feudos" locais. Quem nunca escutou a frase "aqui na agência não seguimos tal resolução, tal orientação, tal memorando..." ou "não interessa a Lei, nesta agência o que vale é o memorando....".
Para poder dar cabo do objetivo de usar o INSS para moralizar os benefícios sociais do Brasil, Brasília precisa ter cada APS em sua mão. Por isso a idéia de ter entre a APS e o "Bloco O" apenas o gerenciamento de um superintendente estadual ganha muita força.
O que torna o cargo de Superintendente de São Paulo (1/3 de todo o INSS) extremamente valioso, mais que muito Ministério...
2 comentários:
Muito estranha essa materia. A meu ver, o objetivo do governo interino, que tem a privatização como bandeira, é reduzir ao maximo o gasto com servidores, sem se importar com os impactos advindos dessa politica. Tanto que acabou com o Ministério da Previdência Social e jogou o INSS para uma pasta de interesse zero para o governo. Portanto, criar Superintendências Estaduais, seria uma medida que iria na contramão do projeto neo-liberal do PMSDB. A não ser que seja para acomodar (cargos) seus parceiros do golpe!
Será que os gerentes executivos voltarão a habilitar auxílio-doença no balcão?
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