Até dias atrás Carlos Gabas estava soltando mensagens pela Esplanada dizendo que se ele saísse do INSS que a casa ia cair, que só ele entendia do sistema, que sem ele 30 milhões de pessoas iam ficar sem benefício, etc.
Até que os ventos frios sopraram de Curitiba e chegaram informes que na semana que vem seria "alta" a probabilidade do Comissário ser preso pela Operação Lava Jato em uma nova fase que está em construção. Provavelmente seria na próxima terça-feira.
Foi o suficiente para rapidamente o discurso mudar e ele "voar" para um dos diversos ministérios vagos do Planalto, pegou um onde sua presença não fará nenhuma diferença, mas ganhou foro privilegiado.
Atônitos por terem sido abandonados com uma mão na frente e outra atrás, os gabetes e asseclas e apadrinhados do Comissário entraram em desespero absoluto. Subitamente ninguém mais conhece Gabas, todos negam terem sido amigos ou sequer ter trabalhado junto e Gabas passou a ser mal falado dentro da previdência como o responsável por todos os problemas.
A Presidente Elisete pediu demissão ao Ministro Rossetto, que enquadrou a funcionária: "agora no fim é que a senhora pede pra sair? não, vai segurar a bronca até o final", disse o Ministro, ordenando Elisete a segurar sozinha toda a bomba do INSS até dia 11 de maio, quando acabará o foro privilegiado de todos no governo federal.
Antevendo o afundamento da Nau, petistas passaram a semana em São Paulo e Belo Horizonte, buscando amparo. Haja cargos e secretarias, heim Pimentel e Haddad?
Em São Paulo buscando um foro privilegiado para chamar de seu, ou apenas de uma nova sombra para continuarem se refrescando, estavam hoje Gabas e Stefanutto.