A escumalha que destruiu a economia do país e arrasou o que ainda tinha de infra-estrutura pública agora apronta mais uma para tentar se salvar no comando da nação e postergar a decretação da falência do Estado Brasileiro: Querem, em nome da "saúde", ressuscitar a CPMF.
A CPMF, ou imposto do cheque (termo pré-histórico pois quando foi criado não existia cartão de débito e crédito era só pra rico), lhe taxava em 0.38% (no início era 0.25%) sobre qualquer operação bancária que fosse feita, com algumas exceções. O pretexto era financiar a saúde, mas na prática nunca o fez, era desviado para inúmeras coisas; até quentinha de presidiário era bancado com o "imposto da saúde".
Usaram à época o prestígio do falecido ex-Ministro Adib Jatene para fazer essa mentira passar goela abaixo do brasileiro e o imposto, que era "provisório" em seu nome (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) virou permanente a partir de 1996.
Em um desses raros momentos de felicidade, em dezembro de 2007 a prorrogação da CPMF foi derrubada no Congresso e o imposto morreu, sob lágrimas do então presidente Lula que disse que a saúde iria "a falência" com o fim da CPMF (talvez por isso ele já usava o Sírio Libanês para se cuidar).
Agora, em plena crise fiscal, com cortes em todos os direitos dos trabalhadores, terceirização a solta, desemprego e inflação em alta e produção em baixa, o Ministro da Saúde, Artur Chioro, et caterva, estão novamente escalados para conduzir a recriação da CPMF. O argumento é a saúde, mas sabemos para onde irá o dinheiro...
O presidente do PT, Rui Falcão, disse em 11/06 que "É necessário mudar o sistema tributário nacional, que é injusto, regressivo e concentrador. É preciso reavivar a CPMF, que é um imposto limpo, não cumulativo e transparente".
Não cumulativo? Vejamos: no seu último ano a CPMF arrecadou quase R$ 40 bilhões. Era 0.38% da movimentação bancária nacional, certo? Se a CPMF fosse não-cumulativa, para R$ 40 bilhões serem 0.38%, o PIB Nacional deveria ter sido de R$ 10,5 TRILHÕES em 2007.
Mas o PIB foi de R$ 2.7 trilhões. Isso quer dizer que, proporcionalmente, a CPMF arrecadou 4 vezes o valor do PIB nacional, ou seja, não só é um imposto cumulativo como é tetratributável: o mesmo real que circulou no país em 2007 pagou CPMF 4 vezes.
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