02/05/2015 22:50:41
Médicos peritos criticam plano de Previdência
Categoria é contra medidas de modernização, principalmente na concessão online de auxílio-doença
Alessandra Horto e Helio Almeida
Rio - A Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) é contra as medidas de modernização de atendimento ao público propostas pelo ministro da Previdência, Carlos Gabas. Principalmente na concessão online de auxílio-doença, de acordo com a lista de enfermidades que poderiam ser avaliadas à distância.
Mesmo com a concessão virtual do auxílio-doença, caberia ao médico perito do INSS dar a avaliação final nos documentos apresentados pelo futuro beneficiário. Para o diretor da ANMP, Fábio Fortes Farias, o código de ética médica estabelece que a avaliação tem que ser presencial e não deve ser assinado um laudo sem que haja um exame detalhado.
“Quando uma pessoa é avaliada na perícia médica, fazemos todos os tipos de questionamentos, analisamos os laudos e vemos as limitações do trabalhador. Encaixamos todas as peças. Como isso se dará no campo virtual? Como vamos fazer para cumprir o nosso código?”, questiona Fábio.
Atualmente, a ANMP também luta contra a possibilidade de a perícia médica não ficar mais restrita aos médicos peritos do INSS, conforme prevê, segundo a associação, a Medida Provisória 664.
“Nossa mão de obra será terceirizada, o texto deixa essa brecha para que os nossos serviços sejam feitos por outras empresas ou instituições”, argumenta Fábio Farias.
Segundo ele, são 4.600 médicos peritos em todo o país e há uma carência de pelo menos dois mil profissionais. “Precisamos de concurso público, de servidores estatutários atuando em serviços extremamente essenciais, como da perícia médica”, defendeu o diretor.
“Temos um quadro de evasão muito grande. A categoria não enfrenta somente problemas remuneratórios. As condições de trabalho não são boas e muitos decidem sair do INSS, se aposentar mais cedo ou ainda convivem com doenças e se afastam do trabalho. Sem contar alguns casos de violência sofrida pelo médico.
E em vez de valorizar o servidor, procurar uma alternativa para reduzir os problemas de quem está na ponta, o governo decide nos desvalorizar ainda mais”, explica Fábio Fortes Farias.
Médicos peritos criticam plano de Previdência
Categoria é contra medidas de modernização, principalmente na concessão online de auxílio-doença
Alessandra Horto e Helio Almeida
Rio - A Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) é contra as medidas de modernização de atendimento ao público propostas pelo ministro da Previdência, Carlos Gabas. Principalmente na concessão online de auxílio-doença, de acordo com a lista de enfermidades que poderiam ser avaliadas à distância.
Mesmo com a concessão virtual do auxílio-doença, caberia ao médico perito do INSS dar a avaliação final nos documentos apresentados pelo futuro beneficiário. Para o diretor da ANMP, Fábio Fortes Farias, o código de ética médica estabelece que a avaliação tem que ser presencial e não deve ser assinado um laudo sem que haja um exame detalhado.
“Quando uma pessoa é avaliada na perícia médica, fazemos todos os tipos de questionamentos, analisamos os laudos e vemos as limitações do trabalhador. Encaixamos todas as peças. Como isso se dará no campo virtual? Como vamos fazer para cumprir o nosso código?”, questiona Fábio.
Atualmente, a ANMP também luta contra a possibilidade de a perícia médica não ficar mais restrita aos médicos peritos do INSS, conforme prevê, segundo a associação, a Medida Provisória 664.
“Nossa mão de obra será terceirizada, o texto deixa essa brecha para que os nossos serviços sejam feitos por outras empresas ou instituições”, argumenta Fábio Farias.
Segundo ele, são 4.600 médicos peritos em todo o país e há uma carência de pelo menos dois mil profissionais. “Precisamos de concurso público, de servidores estatutários atuando em serviços extremamente essenciais, como da perícia médica”, defendeu o diretor.
“Temos um quadro de evasão muito grande. A categoria não enfrenta somente problemas remuneratórios. As condições de trabalho não são boas e muitos decidem sair do INSS, se aposentar mais cedo ou ainda convivem com doenças e se afastam do trabalho. Sem contar alguns casos de violência sofrida pelo médico.
E em vez de valorizar o servidor, procurar uma alternativa para reduzir os problemas de quem está na ponta, o governo decide nos desvalorizar ainda mais”, explica Fábio Fortes Farias.
Fonte: Jornal O Dia
Comentário: Muito infeliz a forma superficial como a Repórter enxerga a opinião dos peritos sobre as alterações propostas pelo Ministro Carlos Gabas. Primeiro porque a diminuição ou retirada avaliação do perito médico do processo de concessão de auxílio-doença é o próprio retrocesso. Ora, a perícia médica não foi idealizada nos modelos iniciais de previdência, ela foi criada anos depois pela necessidade de tornar o sistema mais efetivo, seguro e justo. Assim, retrocesso é querer criar um sistema novo que torne desnecessária a Perícia Médica. Outro ponto é que são ignoradas e minimizadas questões pacificadas e resolvidas bastante complexas envolvendo ética médica e legislação no tocante a avaliação de documentos sem a presença física do segurado (paciente). Durante os últimos anos a principal queixa dos segurados inconformados é exatamente sobre a não realização do exame físico adequado e o pouco tempo dispensado para as perguntas muito objetivas. Esta repórter se mostra uma profissional sem o mínimo de noção naquilo que escreve.
Pior é colocar que somos contra medidas de modernização, como se toda "novidade" fosse por si só levar necessariamente a melhoria de um produto ou serviço. Fosse a repórter um pouco mais instruída e fizesse uma busca básica na Internet, veria que as novidades do INSS cheiram a mofo ou como diria Cazuza "um museu de grandes novidades". Vai ver que é uma repórter terceirizada...
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