quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

O MINISTRO SEM VERBA

É muito pior do que pensávamos a situação do INSS nesse início de novo mandato presidencial. Não só haverá um grande programa de demissão de vigilantes e redução drástica de verbas de diárias de trabalho e passagens, como outros setores terceirizados como limpeza e manutenção também sofrerão cortes e demissão. Verbas para despesas como água, café, copinhos, etc já foram bloqueadas. 

De fato, em diversas regiões do Brasil sequer o mês de dezembro foi pago aos fornecedores ainda e o medo dos gestores é que as empresas descubram o calote que virá e abandonem os serviços de forma imediata, aumentando a crise já instalada no governo.

O Ministro Comissário, Carlos Gabas, está sem margem de manobra pois soubemos que por determinação da Casa Civil toda verba de custeio para o INSS sofrerá enorme contingenciamento e sairá a conta-gotas, se sair.

Até agora o Primeiro Ministro Mercadante não engoliu a posse de Gabas. Apesar de ter sido vendido na mídia como uma pessoa de "enorme influência" junto à Presidente, o fato é que Gabas deu muita sorte pois foi escolhido aos 47 do segundo tempo, na falta de outro nome já que vários políticos de vários partidos haviam recusado o cargo antes e conseguiu levar junto o direito de nomear o presidente do INSS, para irritação de aliados do PMDB e PT.

Porém Gabas nunca passou pelo crivo de Mercadante e a situação só piorou depois que, em sua posse, cometeu gafes sucessivas e não preservou o nome da Presidente Dilma de piadas e gracinhas. Como é visto com desconfiança pelos dilmistas, já que jogava até ontem no time de Lula, e como é visto como traidor pelos lulistas, Gabas não tem apoio nenhum e está à mercê da vontade do Chefe da Casa Civil.

Por isso já se fala na esplanada que ele é o "Ministro sem Verba" e a piada que rola é a que ele vai precisar dar "mais umas voltas com a Dilma na garupa" para conseguir desbloquear verbas para o INSS.

Um comentário:

  1. O pior é o descaso do Governo Federal com os servidores de um dos órgãos de maior demanda do Brasil. Sorte que temos uma Associação forte e coesa que lança notas de repúdio eficazes.

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