Causa vergonha e indignação a postura de chefes de órgãos de controle, como Jorge Hage (Controladoria Geral da União) e Augusto Nardes (Tribunal de Contas da União) de defenderem um “acordo de leniência” para manter ativos contratos bilionários de empreiteiras envolvidas na roubalheira do escândalo da Petrobrás, obtidos mediante fraude em licitação e pagamento de suborno, A hipótese é tão absurda quanto o motivo declarado da mesma, que as obras “não podem ser paralisadas”. Podem, sim. Mais que isso: devem. Oito meses depois da operação Lava Jato, a CGU nem sequer cogitou – como em outros casos – declarar inidôneas empresas corruptoras.
Donos de empreiteiras, lobistas e ex-diretores da Petrobras são réus confessos. Mas, para a CGU, as empresas continuam “idôneas”. As empresas derrotadas nessas licitações fraudadas deveriam recorrer à Justiça contra a blindagem e denunciar os chefes desses órgãos à Justiça por prevaricação, no mínimo.
Enquanto atuam como advogados de defesa de empreiteiros corruptos, esses mesmos "capos" atuam com rigor militar contra servidores do executivo que ousam criticar a (indi)gestão do atual governo, como é o caso deste blog.
Eventual “acordo de leniência” também resultaria na diminuição de pena para os capitães das empreiteiras corruptoras. Seria escandaloso.
Não custa lembrar, Augusto Nardes, presidente do TCU e cosplay de advogado de defesa de empreiteiras corruptas, era deputado federal e vice presidente do PP em 2004, partido envolvido até o talo com os escândalos de roubos do governo petista, como Mensalão e o Petrolão. Querer crer que nessa posição ele não sabia de nada é como crer que Lula também nunca soube de nada e que Dirceu é inocente.
Será que se a Operação Lava Jato escavar mais um pouco, achará as digitais do então vice-presidente do PP em algum desses escândalos?
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