Um dos capítulos mais cruéis do governo Lula/Dilma na previdência social foi a regulamentação da carreira dos servidores administrativos previdenciários. Sob cínico pretexto de uma necessidade de "gratificação de produtividade" para "otimizar a gestão", Governo Federal impôs uma regra mortal na carreira do Seguro Social - em vários casos, até 80% do salário do servidor é vinculada à GDASS, o nome da gratificação, e na aposentadoria o valor do salário poderá cair mais de 3-4 mil reais mensais.
A luta pela incorporação de pelo menos 80 pontos dessa gratificação ao salário fixo do servidor ganhou força ultimamente com decisões do TCU que declararam ilegal essa porcentagem tão alta vinculada a variáveis não-fixas bem como o número e o tempo em que servidores do INSS estão em abono de permanência para evitar a degola da GDASS na aposentadoria.
Cerca de quase metade dos servidores administrativos do INSS estão em abono de permanência, ou seja, com tempo para aposentar mas permanecem trabalhando. Os servidores administrativos do INSS são tão ignorados pelo Governo Federal que na prática são impedidos de se aposentarem pois, como dito, a maior parte de seus vencimentos é composta pela famigerada GDASS, e se aposentarem perderiam mais da metade do salário em vários casos. Para evitar esse cenário trágico, servidores já idosos, com 37, 38 e até 44 anos de serviços ao INSSANO, como apuramos em pesquisa recente, continuam trabalhando sem poder se aposentar sob pena de passarem fome se pedirem o boné da autarquia.
Doentes, cansados, negligenciados pelo plano GEAP ou pelo SUS (computamos dezenas de casos onde gerentes executivos tiveram que se meter para impedir glosas e negativas da GEAP), assinando ponto de computador, chamados de "velhos" pelos novos servidores, sendo obrigados por chefetes de APS a compensarem horas de trabalho por terem que sair para ir a consultas médicas, fisioterapia, ambiente nocivo de trabalho e sem a perspectiva de poder parar e ir pescar, adoecendo a cada dia mais, essa é a realidade de pelo menos metade dos servidores administrativos do INSS.
Como todo fundo de poço tem um porão, esses servidores ainda enfrentam a cenoura amarrada na testa chamada turno estendido, onde para poderem ficar na jornada de 6h são obrigados a cumprir metas insanas e inalcançáveis para evitar o pior cenário, já enfrentado por APS pequenas ou sem chefias, que é o fim do turno e a obrigação de ficar 9h na agência todos os dias.
Diante da pressão dos servidores foi montado um GT no MPS, coordenado pelo Comissário Gabas, para discutir a incorporação dessa gratificação no salário dos servidores. Mas o que levantamos é que esse GT na verdade se chama "Ganha Tempo", pois estudos internos apontam que se a GDASS for incorporada ao salário dos administrativos, a perspectiva de aposentadoria de 50% do corpo funcional em poucos meses paralisaria o INSS. Por isso, essa hipótese estaria descartada. O máximo discutido seria planejar aos poucos fazendo reposição de quadros para evitar o impacto e somente depois mexer no assunto, ou seja, levaria muitos anos.
Segundo essa fonte, o GT da GDASS é tratado como piada nos corredores do MPS. O argumento de que os comissários estão trabalhando pois interessa para eles também é balela. Sabemos que o comissário-mor há muito tempo não precisa mais dessa gratificação, vide as matérias com os salários que anda recebendo. Se o comissário dependesse da GDASS para comprar suas ricas motos Harley Davidson, até hoje não teria seu presentinho de estimação.
Também não conseguiria pagar as mensalidades de mais de 5 mil reais mensais durante 6 anos para bancar o curso de medicina de sua filha. Inclusive soubemos que o próprio comissário andou dizendo que "os peritos ganham MUITO POUCO" pois sua filha teria recebido, recém-formada, propostas de trabalho bem vantajosas financeiramente.
Por isso, colegas administrativos, esqueçam pois os seus representantes diretores não dependem mais dessa GDASS, não estão preocupados em perderem 2-3 mil reais ao se aposentarem. É por isso, colegas administrativos sofridos do INSS, que esses técnicos administrativos da alta corte, os "nobres", não estão dando a devida importância ao tema, pois não sabem o que é sofrer para ganhar a GDASS cheia no fim do mês.
Esses colegas que comandam o GT da GDASS vivem é de DAS. Não sei se vocês sabem, mas o DAS deles e de todo o serviço federal também foi aumentado junto com o vale-coxinha dado aos servidores em 2012. Mas enquanto o vale-coxinha nosso foi de 15% divididos em 3x5% em 3 anos, o DAS subiu quase 40%. A publicação do mesmo foi bem escondidinha para evitar falações.
Por isso em Brasília tem o ditado de "perdem-se os anéis mas mantém-se o DAS". Pois o mesmo não incorpora mais no salário como no passado, ou seja, perdeu, volta para GDASS, como fizeram com Ana Adail, que durante anos serviu lealmente a Brunca e à DIRBEN e depois foi abandonada, exonerada, doente e com a coluna operada, de volta à sua terra natal para receber GDASS. Ninguém quer esse destino. Por isso não farão nada para desagradar o governo, que não quer nem ouvir falar em incorporação da GDASS.
Sem o DAS, também se perde o apartamento funcional, o celular pago, os convites a eventos e jantares, os pontos acumulados em milhas pela TAM Fidelidade em viagens oficiais que são trocados em viagens pessoais bem divertidas que seriam impossíveis de ocorrer se dependesse da GDASS.
Vejam só que vendo a perspectiva da casa cair, esses técnicos da alta estirpe já trataram de se arrumar em outro DAS, como as recém-anunciadas saídas dos chefes de gabinete de Lindolfo e da Diretora Cinara.
Existe também uma decepção com a postura passiva atribuída à ANASPS e ao SINDPREV em relação à essa discussão. Servidores procuraram esse blog para dizer que essas entidades não estão dando duro o suficiente para fazer valer a regulamentação que permitiria que servidores doentes, já cansados e sem motivação finalmente conseguissem sua aposentadoria sem medo de passar fome. Reclamam que as entidades só sabem levar presidentes do INSS ao Porcão de Brasília para almoços e nada fazem pelo servidor.
Sem saber que os senhores são a memória viva do INSS, as correias que fazem uma autarquia desguarnecida, não-planejada e sem infraestrutura adequada funcionar a despeito de tudo. Habilitadores que possuem todo o conhecimento da nossa previdência, sendo tratados como "velhos" reclamões e impedidos de se aposentar pois precisam da GDASS para pagar aluguel, plano de saúde, escola de filhos e netos, tratamento dos pais, financiamentos de casas e imóveis, sessões de fisioterapia e consultas médicas, remédios, coisa de gente comum.
O INSS e o MPOG nem querem ouvir falar da incorporação da GDASS pois temem que todos se aposentem e eles tenham que fazer concursos em massa. Temem perder a sabedoria que vocês empregam todo o dia na autarquia e ficarem na mão de jovens concursados que desconhecem tudo.
Ao invés de valorizarem o servidor antigo, promoverem esses colegas, colocarem eles para transmitir seus conhecimentos e aposentar dignamente, o governo "de esquerda", "popular", prefere sugar até a última gota de sangue, até a última lágrima e suor, e depois descarta-los como máquina "inservível", como gostam de dizer sobre o que não serve mais à autarquia.
Vocês não se aposentam para não passarem necessidade. Eles sabem disso. Esse GT jamais pensou em vocês. Pensou, no máximo, no DAS deles, que está valorizado e intacto. A faculdade suada do filho de vocês custa no máximo 800, 1.200 reais ao mês, a da filha do comissário era 5 mil reais, fora os livros caríssimos e demais materiais médicos. Quem que depende de GDASS pode pagar uma faculdade de medicina para seu filho hoje em dia?
Este blog sempre esteve a favor do sistema previdenciário, com enfoque claro na área pericial, mas não podemos nos furtar de protestar e denunciar essa vergonha que se chama GDASS, que somente em um país ditatorial como o nosso é permitida pelas autoridades sem a devida intervenção do Ministério Público, outro que não está nem ai para esse tipo de situação.
A luta pela incorporação da GDASS e da GDAPMP é uma bandeira desse blog. É uma vergonha saber que servidores estão há 44 anos trabalhando e com medo da compulsória pois ficarão em situação de vulnerabilidade com a glosa da GDASS enquanto os comissários passeiam de Harley_Davidson no Lago Norte em Brasília.
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ResponderExcluir- Uga-Uga ou Morrer?
ResponderExcluir-Morrer!
-Uga-Uga até morrer!
As almas servidoras kissifoddam
ResponderExcluirPutz
ResponderExcluirE eu que 'pensava' em estudar pro INSS
TO FORAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
PUTZ E EU QUE PENSAVA EM ESTUDAR PRO INSS.
ResponderExcluirpOR ISSO SEMPRE PESQUISO ANTES DE COMEÇAR A ESTUDAR
TO FORAAAAAAAAAAAAAAA
Q MERDA
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