Aconteceu hoje na cidade de Ecoporanga-ES (interior capixaba, divisa com MG e BA). A agência do INSS inaugurada pelo PEX (programa de expansão do INSS) em julho de 2013, ou seja, menos de 2 anos, sofreu um colapso parcial com o desabamento da marquise e da frente da agência.
A gerente da APS tinha passado por baixo segundos antes da queda. Não houve transtorno climático algum no dia, a APS caiu de podre. Este blog já vinha denunciando o PEX como sendo um programa que priorizava inaugurações ao invés de fazer de fato as agências funcionarem. O que descobrimos agora é que além de serem fantasmas em muitas localidades, as APS do PEX são feitas de areia, pelo visto.
Como é o mesmo projeto para praticamente todas as APS, que os servidores lotados nas agências que de fato estão abertas fiquem com as barbas de molho e usem capacete ao entrar e sair dos prédios.
Vejam as fotos da APS no dia da inauguração e a de hoje:
A destruição foi completa e a entrada da APS está interditada, não sabemos como está o interior, mas o abalo estrutural foi grande. Vejam mais fotos:
A responsabilidade pela fiscalização das obras do PEX é da Engenharia de Brasília, que pelo visto não verificou que a marquise era sustentada por finíssimos vergalhões de 3/8 que se dobraram feito macarrão cozido conforme o destaque abaixo:
Vergalhões ou varetas?
Os servidores escaparam por pouco. De fato Deus está com esses servidores, por poucos segundos escaparam da morte. Eles e os segurados, o que faria essa tragédia ter proporções cataclísmicas.
Os gestores que aprovaram esse projeto furado, com vergalhões-vareta e colunas de areia devem estar aliviados de não ter morrido ninguém. Mas são responsáveis pelo enorme prejuízo que ocorreu no prédio e deveriam responder por isso.
Enquanto Gabas passeia de moto pelo Chile, moto caríssima aliás, os seus servidores estão escapando da morte em APS de areia com varetas moles sustentando o prédio. Combinação de obra cara, tocada a jato e material de quinta categoria, já sabemos o que isso significa.
Não há desculpa para uma marquise cair sem causa externa, muito menos com tão pouco tempo de construção.
Eu aconselho com vigor que todos os servidores administrativos e peritos que estão lotados nessas APS do PEX peçam urgentemente à engenharia do INSS ou até mesmo a outros tipos de fiscalização um estudo urgente da estrutura predial, abalos, riscos e adequação de projeto, pois se essa ai desabou, o risco deve ser igual a todas as outras. Os projetos são semelhantes e aprovados pela mesma diretoria e o mesmo Ministério.
Quem tem coragem em passar por baixo dessas marquises agora?
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