Já considerado carta fora do baralho na sucessão paulista, só restou a Padilha, o inimigo dos médicos, fazer papel de bobo da corte para animar a festa do PT em São Paulo que, na impossibilidade de poderem defender com vontade uma candidatura natimorta, usaram o evento para tentar contra-atacar os ataques sofridos pela oposição.
Quem esteve lá viu Lula bradar contra a "elite" (sempre ela), pregar a radicalização do discurso de ódio contra o PT (nós x eles, estilo Bush), defender a Presidente das vaias e defender o decreto chavista dos conselhos populares.
Padilha? Bom, a ele restou um papel secundário, falou de internet, transporte, andar pra frente, deu um sono danado... falar o que depois de ser abandonado pela Presidente e só ser avisado disso em cima da hora? Padilha apostava toda sua campanha justamente no seu "forte laço" com o governo federal.
Lula escolhe o radicalismo no discurso de ódio para estancar a queda de Dilma, mas ao mesmo tempo poderá com essa manobra assustar o grande empresariado (esses sim a verdadeira elite) que o vem apoiando desde 2002, e com isso esfacelar de vez não só Dilma mas seu próprio patrimônio político.
Esse tipo de postura funciona como uma bola de neve, você sabe onde e como começou mas não sabe onde nem como vai parar.
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