Nos episódios anteriores (Episódio 1 - Episódio 2), vimos a ascensão ao poder do Comissário Easy Rider, senhor das Terras Bandeirantes e que se aventurou a voos solos para virar Rei da Inssanidade e até mesmo Chefe da Praça Cívica, cargo de altíssima importância na Terra Média que o deixaira muito próximo de nonotentáculo, o Pontifex Maximus e sua preposta na Terra Média, a Dama de Ferro.
Nesse caminho acumulou tantas riquezas, imóveis, pirâmides, cargos de representação, dinheiro e fortuna, que o Comissário Easy Rider foi proclamado Faraó Marajabas, Soberano da Terra Inssana, Aquele que em Tudo Está e Em Tudo Ganha, Que Tudo Sabe e Que Tudo É.
Sob novo título, o Faraó Marajabas desfilava solene na Capital da Terra Média, exibindo anéis, riquezas e poder, mas ao mesmo tempo em que brilhava junto aos cardeais, suas posses localizadas nas terras bandeirantes começavam a apresentar focos de rebelião e degradação importantes.
Comandante Gólgota, que tempos atrás havia tentado um golpe contra o então Comissário e após um acordo de última hora conseguiu preservar seu posto no Farol de Santa Ifigênia, não parava de fazer cagadas, uma atrás da outra. Queimou todas as pontes de relacionamentos com as bases, feudos e organizações bandeirantes, que iniciaram uma rebelião interna contra sua nefasta presença, pois liderança nunca houve. Reconhecida como uma mera preposta do Faraó, este rapidamente foi contaminado em sua imagem pela verdadeira "asa negra" que virou a Comandante Gólgota na terra bandeirante.
Indignado, o Faraó despachou para as terras meridionais sua assistente principal, a Ajudante-de-Ordens Belchior, para resolver a situação. Ela que já havia sido no passado guardiã do Farol bandeirante, ao chegar na cidadela e se deparar com a zorra instalada, o caos e a absoluta perda de apoio que o Faraó enfrentava, se indignou e partiu para o confronto com Gólgota.
No que ficou conhecido como "A Batalha das Gabetes", Belchior desafiou Gólgota em pleno Farol de Santa Ifigênia e fez duríssimas acusações contra a sanidade mental, a competência e o preparo técnico da Comandante e declarou que ela havia posto tudo a perder por sua extrema incapacidade pessoal, que eles estavam sem o apoio das bases e que isso iria custar muito caro à Comandante, pois sofreria o pior dos castigos: Ao invés de receber a honra do "banho rosa" e ascender a um cargo na Capital da Terra Média ("cair pra cima"), ela seria defenestrada com desonra do Farol e teria que voltar à sua antiga capitania riopretense para organizar toda a demanda represada de BPC-LOAS e licença-maternidade.
Desesperada com o futuro negro riscado em seu mapa, Gólgota reagiu com raiva e rancor, se declarou abandonada pelo Faraó, perseguida por todos, se ameaçou jogar do alto do Farol, mas por fim ajoelhou-se e pediu clemência à representante do divino, e ganhou mais um prazo para tentar consertar o rastro de estrume que deixou em suas cavalgadas pelas terras bandeirantes.
Um dos efeitos mais nefastos dessa maré pútrida que tomou conta da terra bandeirante para a reputação do Faraó foram as publicações de uma série de denúncias de ilícitos cometidos pela divindade ao longo de sua trajetória inssana, que macularam de forma definitiva sua reputação e seu currículo. Os vazamentos partiram da Fortaleza de Glicérius, famoso foco de resistência ao poder do comissário. De idolatrado, passou a ser evitado e, em alguns casos, execrado.
Atingido em sua reputação e distraído pelos eventos em seus domínios, o Faraó foi vítima de um golpe certeiro e faceiro: o Clã Potiguar, atual dono do Trono Inssano, aliado ao Clã dos Mercantes, atual Chefe da Casa Cívica, ambos postos postulados pelo Faraó num passado recente, com a ajuda do Cardeal Berzonius e dos Elfos Auditores, conseguiram eliminar do Trono Inssano um importante assessor que era, na verdade, espião de longa data do Faraó, chamado Benedictus Bronka. Bronka foi sumariamente limado do comando inssano após décadas de serviço, sem dó nem piedade, e mandado para o asilo dos exonerados da inssanidade. Em seu lugar assumiu uma indicada pelo Clã Potiguar, a líder da tribo dos Frodos, com a tarefa de riscar das paredes do Trono Inssano todos os hieróglifos pertencentes ao Faraó Marajabas.
Sem o respeito da população que antes o idolatrava, flagrado em dezenas de ilegalidades, desmascarado por rebeldes bandeirantes, a cada dia vendo seus aliados sendo exonerados pela Líder dos Frodos e despachados de volta para os domínios bandeirantes com uma mão na frente e outra atrás, sendo até mesmo impedido de frequentar a antes habitual Casa Cívica e em risco de perder o trono bandeirante, o Faraó Marajabas agora se vê numa delicada situação e já mandou até mesmo emissários para reinos vizinhos em busca de abrigo.
Como todo fundo de poço tem uma tampa de porão, recentemente a Líder dos Frodos, após denúncia da Fortaleza do Glicérius, descobriu um esquema de manipulação de tributos e produtos das terras bandeirantes, sob a batuta da Comandante Gólgota, naquilo que vem sendo chamado de "a cagada final". Isolado, sem apoio e ainda por cima cobrado por mais essa, o Faraó Marajabas corre o risco de ser riscado do mapa. (Continua...)
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