Gráfico 1 - Comparativo da Carreira de PMP com outras similares.
Após a lei da carreira dos peritos e os concursos de 2005 e 2006, o salário da categoria chegou perto do teto representado pelos procuradores e auditores da RF (Receita Federal), INSS e PF (Polícia Federal). A partir de 2008 o descolamento das outras carreiras é evidente e contínua, JOGANDO POR TERRA a tese de que o governo "prejudicou todos" e "jogou duro com todos". Não é verdade. O governo NOS prejudicou, mas não os outros. Inclusive as carreiras de nível médio passaram a se aproximar da nossa, como a de analista da Receita Federal.
Gráfico 2 - Comparativo do poder de compra pelo Salário Mínimo e Cesta Dieese
Esse gráfico é cruel. No período áureo da carreira entre 2006-2008 o salário médio do perito tinha o poder de compra de 38 cestas básicas dieese ou 19 salários-mínimos. Desde então estamos descendo a ladeira com breve recuo no pífio reajuste de 2010.
Uma vez que o salário mínimo aumentou mais que a inflação no período, ela é o melhor termômetro do poder de compra já que os índices de consumo e aluguéis também subiram muito acima da inflação. Por esse índice estamos piores que em 2000, na era FHC, e quase aproximando o pior momento da carreira, em 2003, pré-greve.
Se o nosso salário que no auge já foi 19 salários-mínimos, e hoje são 14, tivesse sido reajustado pelo mesmo índice do SM, deveríamos ganhar hoje em torno de 14 mil reais líquidos, sem nenhuma negociação salarial a parte.
A partir desses gráficos, o perito.med fez outras comparações abaixo exemplificadas, que não constam no estudo original.:
Gráfico 3 - Comparação histórica da evolução salarial e momentos da carreira:
Reparem que a partir de 2008 as carreiras afins à perícia médica se descolam da nossa, indo para um outro patamar enquanto ficamos no mesmo teto de carreiras de nível médio. A cada GT, a cada promessa, continuávamos perdendo salário em detrimento de outras categorias que tiveram ganhos reais. NÃO É VERDADE a tese de que o governo Dilma jogou pesado com todos. Mentira. Quem soube ser forte ganhou.
Relembrem aqui as promessas do INSS do ano de 2010, em uma postagem de 2012 do blog. 4 anos se passaram desde a carta do Presidente do INSS. História também é cultura:
Gráfico 4 - Projeção do poder de compra do Perito x Esvaziamento da Carreira
Na coluna da esquerda vemos os índices relativos ao poder de compra e na direita os relativos ao número de peritos ativos na carreira. A curva de peritos ativos segue linearmente a curva de poder de compra do dieese e do salário mínimo. O exonerômetro iniciado em 2010 cresce a velocidade cada vez maior já atingindo peritos CI, CII, na mesma medida em que cai o poder de compra do perito.
Gráfico 5 - Projeção de esvaziamento da carreira.
Projeção mostra que se continuar na curva atual, o número de peritos exonerados/aposentados ficará igual ao de ativos entre final de 2016 e início de 2017. E como já provamos em estudo anterior, quanto menos peritos, maior o gasto com auxílio-doença, fora do contexto de epidemia ou tragédia coletiva.
RESUMO DA PERDA SALARIAL:
A) Pico salarial - Abril de 2007 (37 cestas dieese / 19 S.M.)
B) Salário atual - Abril de 2014 (28 cestas dieese / 14 S.M.)
C) Inflação Oficial IGP-M no período: 58,2 %
D) IPCA acumulado: 48,2%
E) Aumento médio preço imóveis (RJ - SP): 170%
F) PERDA SALARIAL REAL* de abril de 2007 a abril de 2014 = 30%
*(Já descontados aumentos e vale-coxinhas do período)
G) COMPARATIVO COM IMÓVEIS: Não dá para fazer comparativo com imóveis dada a disparidade do aumento do último. Mas apenas para refletir: Em abril de 2007, para comprar um imóvel de dois quartos em bairro de classe média normal em Rio ou SP, o perito teria que dar em média 30 salários. Em abril de 2014, teria que dar pelo mesmo imóvel, 50 salários.
Está caminhando inevitavelmente para uma bela GREVE em 2015!
ResponderExcluirPresidi a ANMP e as negociações até abril de 2007. Minha saída de forma turbulenta e ilegal em 2008 com apoio de delegados gerou uma seqüência de erros e acumulou prejuízos. A classe tem sido mal representada. Os gráficos refletem os fatos. Inegáveis.
ResponderExcluirsem dúvida alguma o ex presidente tem razão em seu comentário.Mas não dá pra trabalhar política de remuneração e valorização de carreira em um embate agressivo,ainda que todas as evidências colocadas pelo site sejam pertinentes.O que deve ser feiti é negociar com o governo demonstrando que sendo valorizados e devidamente remunerados agregamos valor e ECONOMIA REAL ao gasto público.Deve ser feito tambem junto a bancada dominante no Congresso,principalmente agora com o A. Chinaglia,médico na vice presidencia
ResponderExcluirSergio, os tempos mudam e as estratégias e táticas precisam refletira mudança. O que não pode mudar é a honestidade, o espírito democratico representativo, a correta percepção do momento e suas oportunidades e a disposição de trabalho árduo e destemido.
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