segunda-feira, 19 de maio de 2014

A LOCOMOTIVA PAROU.

A manipulação estatística com vistas a induzir milhares de servidores e a cúpula de uma instituição a acreditar que determinada gestão regional encontrava-se muito acima de seus pares, tendo por objetivo que determinado grupo fosse guindado aos mais altos níveis desta mesma instituição bem como emplacar a nomeação de seus sucessores nos cargos anteriores, lembra algo aos leitores?

Alguma autarquia em especial? Algum grupo político? Alguma região do país em particular? Alguns líderes em especial?

E quando as máscaras caem e tudo vem à tona evidenciando a manipulação, a fraude e o real status quo do problema, o que acontece?

ABSOLUTAMENTE NADA! 
O que em qualquer país sério seria motivo de auditorias e processos internos e externos com imediato afastamento do grupo em questão até o fim das investigações, em determinada autarquia parece ser tratada com piadas e dar de ombros como se nada fosse, afinal a farsa descoberta seria apenas mais uma gota d´água num oceano de irregularidades e fraudes. É isso mesmo?

Está super difícil descobrir de que autarquia estamos falando não é? E quase impossível descobrir de qual gestão regional estamos falando, não? Será que esse grupo vai continuar se "GABANDO" das traquinagens que produzem?

Segue abaixo uma questão de múltipla escolha para os milhares de iludidos , enganados e ludibriados que compõem o quadro deste verdadeiro Titanic que se aproxima rapidamente do iceberg que lhe dará seu destino final.

1) Qual é o nome que se dá à gestão de determinado grupo político em determinada região do país pega com as calças na mão brincando de manipular estatísticas e fraudar índices numa verdadeira fábrica de falsos números para se dar bem e amealhar cargos e poder?

a) Gestão fraudulenta*
b) Gestão temerária**
c) Gestão temerária e fraudulenta
d) Gestão inssana
c) Todas as acima


SERÁ MESMO QUE NADA VAI ACONTECER? VAI FICAR POR ISSO MESMO?
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*Segundo Paschoal Mantecca (1985, p.41), gestão fraudulenta “caracteriza-se pela ilicitude dos atos praticados pelos responsáveis pela gestão empresarial, exteriorizada por manobras ardilosas e pela prática consciente de fraudes”. Segundo Adel EL Tasse, ao administrar ou gerir instituição financeira, o sujeito ativo o faz de forma fraudulenta, ou seja, meio enganoso, com má-fé e intuito de ludibriar. Nota-se que a gestão fraudulenta traz mais que um excesso de risco. O tipo exige um dolo específico, ou seja, uma vontade consciente do agente em praticar ato que dará aparência de legalidade a negócio ou situação jurídica que, em sua natureza, é ilegal.

**A gestão temerária, segundo Rodolfo Tigre Maia, parte de um conceito “normativo-cultural” presente em outras disposições penais (1996, PP.59/60). Assenta Paschoal Mantecca que “a gestão temerária traduz-se pela impetuosidade com que são conduzidos os negócios, o que aumenta o risco de que as atividades empresariais terminem por causar prejuízos a terceiros, ou por malversar o dinheiro empregado na sociedade infratora ( 1985, p. 41)

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