Vamos aos fatos:
Fato 1: Laboratório de fachada equipado com sucata lustrada procura MS para parceria na produção de remédios para o SUS. Doleiro que é o dono real do empreendimento, usado para lavar remessas de dólares ao exterior, está preso pela Polícia Federal.
Fato 2: Para chegar no MS, usa-se de deputado petista lobista (André Vargas), que diz ao doleiro que "Padilha", ou "Pad", indicou determinado funcionário para ser o "executivo" da empresa junto ao MS. Deputado está na alça da cassação e pediu pra sair do PT.
Fato 3: O funcionário era empregado de Padilha no MS e depois foi trabalhar na Geap, plano de saúde de servidores federais controlado pelo Zé Dirceu e associados. Antes, foi do mesmo ministério de Padilha (relações institucionais) e trabalharam quase juntos na campanha de Dilma em 2010. Padilha, segundo fontes, o chamaria de "Marcão". Alexandre Padilha nega tudo e aciona Vargas, pelo menos disse que o faria.
Fato 4: Outra gravação de doleiros indicam forte apoio deles à campanha de Padilha em São Paulo. Padilha seria "muito ajudado" se virasse Governador de Estado. Padilha não menciona que irá acionar o doleiro.
Fato 5: A PDP pedida pela Labogen foi acolhida rapidamente pelo MS, que faz vistoria e aprova as instalações de fachada do laboratório.
Fato 6: O Ministério da Saúde solicita a PDP ao laboratório da Marinha e indica a Labogen, diferente do usual que seria o caminho oposto.
Fato 7: O preço que seria pago pela PDP é muito maior que o preço de mercado da droga.
Fato 8: Mesmo sem liberação formal da ANVISA, assina-se em 11 de dezembro a parceria entre MS, Marinha e Labogen (foto) com Padilha em pessoa como "testemunha".
Fato 9: Rapidamente o MS aprova protocolo de tratamento de hipertensão pulmonar guardado há 10 anos nas gavetas do ministério, privilegiando a droga de escolha da PDP.
Fato 10: A PDP só é desfeita após estourar o escândalo.
Quem sabe contar até 10 saberá a resposta desse enigma....
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