O esvaziamento da carreira de perito médico do INSS, com mais de 2.500 exonerados em 3 anos, associado ao desinteresse do governo pelo nosso trabalho, congelamento salarial, perseguições e política sectária anti-pericial dentro da autarquia, vem resultando em um preço caro à fazenda da União.
O desincentivo à carreira, a proibição de atualização científica, o estímulo à violência muitas vezes perpetrada dentro das APS por alguns chefes insanos, a falta de perspectiva de futuro e ainda por cima a luta dos próprios chefes (Gabas etc) contra o alento das 30h, vem resultando em uma progressiva perda da qualidade do trabalho final, pois os peritos estão assoberbados por doenças, traumas, estresse, perseguições e uma indisfarçável insatisfação profissional. Literalmente a carreira está tocando a barriga tentando sobreviver ao caos sectário implantada de forma quase institucional no INSS e que coincide com a ascensão de Gabas ao poder em 2005. Com tantos problemas que o INSS bota para o trabalho do perito, obviamente a qualidade fica comprometida.
Vejamos os gráficos retirados do SUIBE/SIGMA/INSS em Números:
Gráfico 1 mostra expressivo aumento nas concessões de benefícios por auxílio-doença (B31) desde 2009.
Já no gráfico abaixo, sobrepomos as curvas de crescimento do B31 com a da base contributiva, que estão em escalas diferentes. O crescimento do B31 é maior percentualmente que o crescimento da base de segurados. Retirados do INSS em Números e SIGMA/SUIBE.
Gráfico 2 - Comparação de curva de crescimento da base x benefícios por incapacidade. Segundo PNAD e AEPS, 45 milhões em 2004, 53 milhões em 2008 e 67 milhões em 2013. (26% de aumento entre 2008 a 2013). O aumento de auxílio-doença no período foi de 59%.
O gráfico abaixo compara a curva de benefícios e a implantação do SISREF:
O gráfico abaixo compara a curva de benefícios concedidos com o exonerômetro desde 2010
O gráfico abaixo compara as tendências (escalas diferentes) entre o número de benefícios e o poder de compra salarial do servidor perito.
O gráfico abaixo mostra que desde meados de 2012 o número de benefícios concedidos é superior à da época dos credenciados.
Por fim, algumas comparações entre a curva de concessão e fatos da carreira pericial, como o fim da terceirização, sisref, retorno da terceirização.
Os resultados são claros: A progressiva desvalorização da carreira e a desmotivação coletiva se traduzem em deterioração da qualidade do serviço prestado e na piora da eficiência da perícia médica, uma vez que na ausência de graves epidemias ou catástrofes naturais, não há como explicar a explosão na concessão de benefícios por incapacidade em grau/escala tão superior à da base contributiva.
Já a implantação de políticas de cabresto, esvaziamento salarial, implantação de carga horária desumana, políticas sectárias e isolamento institucional, batem certinho com o aumento e a tendência de elevação de benefícios. São menos peritos, logo maior carga de trabalho per capta, pressão para tapar o buraco da falta de gestão do INSS (filas), salários congelados, desmotivação e massacre profissional = exonerômetro e perda da qualidade do trabalho, descompromisso e eficiência pior que a da época dos terceirizados.
Isto é o que a gestão Carlos Eduardo Gabas trouxe ao INSS, isto é o que representam as últimas presidências com destaque para a atual, isto é o resultado de anos de malhação e desconstrução da carreira pericial.
As 30h poderão ser o início do fim desse ciclo maldito. Isso se a perícia conseguir impedir Gabas e seus amigos (podemos incluir os amigos da ANMP?) não conseguirem barrar o projeto de lei.
Gabas, o marajá enGABelAdor do INSS.
ResponderExcluirIsso sem falar do escândalo da DCA (a prorrogação administrativa da data de cessação do benefício).
ResponderExcluirUm dia a história vai perguntar quem foi o responsável direto e indireto por esta excrescência de lesa-previdência.
Estranho é que o MPF não se importa com isso. Provavelmente porque suas polpudas aposentadorias integrais não tem relação com o déficit da previdência. Na real o MPF não está nem aí.
eu temo que esse tipo de dados seja de conhecimento dos PeTralhas e na verdade embase a política em curso de extinção tácita da carreira. Se com menos peritos concede-se mais benevícios, não faltarão idiotas úteis defendendo que se diminua ainda mais o número de peritos.
ResponderExcluirA tese é válida, mas a melhor maneira de detonar essa patifaria é expor as entranhas do golpe.
ResponderExcluirQueriam o quê? Parodiando o Ben Diesel em "Velozes e Furiosos 5" (cujo enredo tem como local o Rio de Janeiro), com os braços abertos imitando o Cristo Redentor: "Aqui é BOSTIL!"
ResponderExcluirAqui é o "país" dos bandidos, das quadrilhas, do jeitinho, da famigerada Lei de Gerson, da desonestidade generalizada, do caos político e administrativo, da cultura do "dar-se bem a qualquer custo", da máxima de "os fins justificam os meios" etc.
Não vai mudar nunca!
Nem contem com a "justiça" para absolutamente nada... Só querem mesmo é saber dos polpudos salários e de suas aposentadorias integrais.
É... There's no way, it's over! Good luck.
Queriam o quê? Parodiando o Ben Diesel em "Velozes e Furiosos 5" (cujo enredo tem como local o Rio de Janeiro), com os braços abertos imitando o Cristo Redentor: "Aqui é BOSTIL!"
ResponderExcluirAqui é o "país" dos bandidos, das quadrilhas, do jeitinho, da famigerada Lei de Gerson, da desonestidade generalizada, do caos político e administrativo, da cultura do "dar-se bem a qualquer custo", da máxima de "os fins justificam os meios" etc.
Não vai mudar nunca!
Nem contem com a "justiça" para absolutamente nada... Só querem mesmo é saber dos polpudos salários e de suas aposentadorias integrais.
É... There's no way, it's over! Good luck.