Após a publicação dos dados preliminares do REAT (Turno estendido), 40% das APS da Grande SP ficaram na rampa de execução da perda das 6h. Houve protestos pois segundo algumas fontes a forma de cálculo havia sido "modificada" durante o curso da apuração dos índices.
Após o expurgo dos índices, praticamente todas as APS se salvaram. Colaborou para isso a bomba que seria para a já frágil gestão de Dulcina Golgato saber que, indistintivamente, 40% das APS de São Paulo ficariam sem as 6h.
Além dos problemas logísticos e de revolta de servidores, ela seria diretamente responsabilizada pelo caos gerencial, que existe, e seria escancarado com essa perda. Subitamente, os cálculos foram refeitos e a maiora das agências passou raspando na trave.
O turno estendido é uma excrescência montada pelo INSS para manter o servidor acorrentado a précárias condições de atendimento, tendo que obter índices quase que inalcançáveis, sugando o máximo possível desse ser humano, causando-lhe adoecimento e desesperança. A idéia hedionda prevê que a cada índice apurado tem que haver melhora em relação ao antigo, como se fosse uma disputa de 100 metros rasos onde o servidor tem que bater sucessivamente o recorde mundial.
No dia em que ele chegar ao máximo da capacidade humana-logística, mesmo tendo desempenhos muito acima da média, poderá ficar sem as 6h por ter sido "pior" que na comparação anterior.
Por isso, na maioria das APS, o turno estendido, "vendido" como fator de melhoria do atendimento, virou um complicador do mesmo, pois o foco deixou de ser o cidadão e passou a ser os índices. E, pior, se ele sumir, ai mesmo que o cidadão deixará de ser o foco, graças à política doentia e antiquada, atrasada em um século, da gestão do INSS, que ainda pensa que vivemos uma era fordiana.
Pelo menos em SP esse susto por ora sumiu, pois essa bomba seria impossível de segurar e causaria a queda definitiva da pior superintendente da história do INSS.
Acompanho esse Blog a um bom tempo... E sinceramente já não vejo condições do médico perito trabalhar com dignidade. Se fosse outra profissão até entenderia... Mas sendo médico existem muitas opções de trabalho mesmo dentro da área de perícias.
ResponderExcluirA cerca de 1 ano um colega perito pediu exoneração e atualmente ele continua reclamando. Mas a reclamação é do tempo perdido trabalhando para o INSS. Enfim o exonerometro está aí pra mostrar que muitos médicos preferem abandonar o barco e se realizar profissional e financeiramente.