As primeiras campanhas e carreatas com a presença do candidato petista ao Palácio dos Bandeirantes evidenciaram algo que já era sabido de alguns: O ex-Ministro Alexandre Padilha simplesmente não empolga.
Observadores notaram que ele não tem empatia, carisma nem "pegada" de candidato, repetindo frases de efeito prontas, sem espontaneidade, sem "brilho nos olhos" segundo alguns me passaram.
Outros dizem que Haddad, agora prefeito paulistano, também era assim e foi eleito, mas existem alguns fatores bem diferentes que ocorreram na eleição da prefeitura paulistana que não estão presentes nessa campanha:
1) A cidade de São Paulo sempre concentrou um quantitativo de petistas ou "independentes com simpatia" muito maior que o interior paulistano, tanto que o PT já havia emplacado outros dois prefeitos (Luiza Erundina em 1989 e Marta Suplicy em 2000) mas jamais emplacou um governador. Por isso que a campanha de Padilha começou pelo interior, mas levou tanta porrada que decidiram refazer os planos.
2) Haddad sempre ficou entre o segundo e o terceiro lugar nas pesquisas, mas foi beneficiado por um erro primário do então líder de intenções, Celso Russomano, que fazia campanha na condição de "outsider" do modelo vigente, mas tinha feito uma proposta maluca de fazer quem viajasse mais de ônibus pagasse mais pelo mesmo, derretendo seu apoio na periferia. Mesmo assim, foi por pouco que Russomano ficou de fora do segundo turno. Se a eleição fosse uns 3 dias antes, ele ainda entrava.
3) Haddad contou com o apoio informal do então prefeito, Kassab, que traindo os tucanos fez de tudo para o PT ganhar na capital, mesmo sem apoio explícito. Padilha não terá essa moleza no Governo estadual.
4) Haddad competia contra José Serra, o líder nacional de rejeição de votos. Até o cachorro "totó" da esquina ganharia em um segundo turno contra Serra. Ai ficou fácil.
Nessa campanha, Padilha não terá um outsider aventureiro com propostas malucas para poder extrair votos na reta final muito menos um "Serra" para competir. Seu adversário é o atual governador, eleito em primeiro turno em 2010 e com alto índice de popularidade.
E, por fim, quando Haddad venceu ele não tinha um "Haddad" queimando o nome do partido no Estado. A péssima gestão de Haddad na prefeitura de São Paulo está comprometendo o desempenho de Padilha, que justamente optou por ficar longe da capital no início.
Ruim na capital, pior no interior, sem carisma e empatia e ainda por cima com a bandeira do Mais Médicos queimada pela associação a trabalho escravo cubano, Padilha vai ter que suar a camisa e contar com o rolo compressor da máquina federal se quiser ser o terceiro poste de Lula, ou torcer para acabar a água em São Paulo e rezar para a luz não acabar antes.
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