Segundo relatório da CGU (Controladoria Geral da União), o MPS/INSS é o órgão que mais demite servdores no serviço público federal. Isso já foi dito por nós em vários artigos, como:
No relatório (clique aqui), recheado de estatísticas, o MPS é o órgão que mais demite servidores tanto em quantidade como no percentual em relação ao seu corpo de funcionários e ao total de servidores federais.
Mas o que esse relatório não diz, e está guardado a sete chaves, é um dado fundamental que todos querem saber: Qual o grau hierárquico dos demitidos? Haverá algum DAS de alta patente entre eles, ou somente os tradicionais lambaris, que serviram de boi de piranha da corregedoria e da alta administração?
Segundo o próprio site da mesma CGU anuncia, no item perguntas frequentes:
"Quais são os instrumentos utilizados para dar ciência à Administração Pública acerca das irregularidades passíveis de apuração?
A representação funcional, a denúncia apresentada por particulares, o resultado de auditoria ou de sindicância meramente investigativa e não contraditória que detectam irregularidade, representações oficiadas por outros órgãos públicos (Ministério Público Federal, Departamento de Polícia Federal, Controladoria-Geral da União, Comissão de Ética Pública ou demais comissões de ética, etc), notícias veiculadas na mídia e até denúncias anônimas são as formas possíveis de se fazer chegar à administração a notícia de cometimento de suposta irregularidade."
Pois bem. Foi veiculado em mídia nacional de grande repercussão (www.diariodopoder.com.br, lido por 11 em cada 10 políticos do Brasil) e efusivamente anunciado neste modesto blog diversas e graves acusações contra o Secretário-Executivo do MPS, Carlos Eduardo Gabas, algumas com provas de difícil contestação. Apenas para um resumo da matéria, leiam:
Em qualquer país civilizado do planeta, acusações com provas publicadas como as do auxílio-moradia e nepotismo ensejariam PELO MENOS a abertura de processo investigativo contra a figura do nobre Secretário-Executivo.
Mas para a CGU isso parece ser coisa pequena e sem relevância. E se fosse um servidor de baixa patente sem filiação ao partido do governo, será que o tratamento seria igual?
Pelo visto não. Comparem as gravidades dos "delitos" no link acima e a absoluta distócia da conduta da CGU-Corregedoria do INSS: Para o peixe pequeno, demissão. Para o tubarão, sequer processo abriram.
Como a comparação com o comissário possa ser considerada covardia, vamos pegar um peixe de menor calibre, como nesse caso aqui:
Essa acima citada é apenas adjunta da gerência-executiva, mas pelo visto já é o suficiente para não ser molestada pela CGU pois apesar da grave acusação da auditoria de ter fraudado laudo médico para homologar um R2, sequer incomodada foi até hoje e só ascendeu na carreira.
De novo: A corregedoria e a CGU servem para o que afinal de contas? Função correicional ou guarda pretoriana da alta administração?
As impiedosas malhas da CGU somente servem para lambaris e manjubas? Quando é tubarão todo mundo olha para o outro lado e finge que não vê ou a malha é frágil demais para os dentes afiados de um tubarão?
Ou será que o fato do Corregedor-Geral do INSS também ter sido citado em denúncia arrefeceu os ânimos decapitatórios da CGU , visto o mesmo ser figura de livre trânsito dentro da mesma, bem como a Auditora-Geral do INSS, indicada pela CGU?
Ou talvez pelo enorme poder que o acusado publicamente diz ter dentro da CGU?
http://www.diariodopoder.com.br/noticias/dossie-acusa-gabas-de-usar-cgu-para-turbinar-investigacoes/
Se Gabas foi denunciado publicamente em uma série de problemas, vários documentados, porque ainda não foi ou está sendo submetido a um PAD? O Ministro da CGU teria a devida isenção de abrir PAD contra seu amigo pessoal, Corregedor-Geral do INSS Sílvio Seixas, pelo moradiagate?
A pergunta que fica ao ministro Jorge Hage é porque te calas?
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