sábado, 8 de março de 2014

FAKENEWS - A NOTÍCIA QUE PODERIA TER SIDO

PROJETO DE LEI DO DEPUTADO DOUGLAS PARREIRA DÁ ÀS "PARTEIRAS" STATUS DE MÉDICOS OBSTETRAS E CRIMINALIZA O USO DA PALAVRA "DOULA" EM DOCUMENTOS OFICIAIS NO BRASIL

O PL 13.171, de 08 de Março de 2014, de autoria do Deputado Douglas Parreira (PT) pretende equiparar a profissão já regulamentada de "Parteira" à de "Médico Especialista em Obstetrícia". Em seus argumentos, o Deputado relator preza que a Organização das Nações Unidas e a Associação Mundial da Saúde têm alertado sobre o "absurdo" número de cesarianas no Brasil e que o PL nada mais é que uma resposta à crescente pressão da sociedade civil pela humanização da Atenção à Saúde Materno-Infantil. 

"A equiparação dos médicos obstetras às parteiras é uma tendência mundial que não pode ser adiada - referindo-se aos protestos ocorridos na França ainda esta semana (click) - e que busca trazer uma saúde de melhor qualidade para as brasileiras" enfatizou o parlamentar. Respondendo às críticas dos Deputados da Oposição, ele rebateu citando que os Médicos Obstetras não deveriam reclamar porque decerto poderão se beneficiar com a medida. "Ora, os médicos brasileiros sofrem muitos processos de reparação de danos em cesarianas enquanto as Parteiras raramente os têm. Estou certo que unidos numa só profissão, as classes poderão trocar idéias, aprender e aperfeiçoar o sistema" disse Parreira.

Ouvindo que as Parteiras "não tinham complicações porque simplesmente não sabiam fazer cesarianas" e criticado pelo Prêmio de Estímulo ao Parto Normal Humanizado a ser pago para "Maternidades que sequer possuem Centro Cirúrgico", o Deputado fez um paralelo dizendo que Dilma Houssef, quando candidata, fora acusada de nunca ter governado nada antes de se tornar Presidenta do Brasil e que Lula recebeu 29 títulos de doutor honoris causa tendo apenas ensino fundamental. "O importante não é a experiência e nem o conhecimento, é o dom nato das pessoas" encerrando o discurso emocionado.

Entidades médicas protestam por todo Brasil. Justificam que é inadmissível que uma parteira seja comparada a um Medico Especialista que estudou  aproximadamente 20.000 horas (graduação + residência). "É Hipocrisia pura. O filho do Deputado Douglas Parreira nasceu pelas mãos de um Obstetra Brasileiro e não por uma Parteira! Como ele pode propor uma aberração desta?" disse em entrevista o presidente da Federação Nacional dos Obstetras do Brasil, Dr. Antônio Cesário Forte. Já a Enfermeira Obstetriz Maria Rita Lina disse que não aceitaria chamar qualquer parteira de "doutora", revoltada com o legislador.

A proibição do uso do termo "Doula".

O Deputado Parreira também acrescentou no Projeto uma proposta polêmica para a Proibição do uso da Palavra "Doula" e a substituição do termo para "acompanhante de parto", termo que seria politicamente correto. Justifica que foi alertado por um dos seus assessores de que a palavra "Doula" vem do inglês doula; que vem do grego doúle; que originalmente quer dizer "mulher escrava, serva". "É inadmissível que utilizemos uma palavra que, além de ser alinhada com os princípios capitalistas ingleses e americanos, remeta ao tempo da escravidão." enfatizou.

A Associação Brasileira de Doulas tentou sem êxito sensibilizar o Deputado, inclusive, lhe alertando que a manutenção do nome teria um excelente efeito de marketing nas eleições. "Bastaria tirar o "G" de Douglas que viraria Doula, ou então acrescentar um "L" no meio que viraria "DoLula" alertou a presidente e também parapsicóloga Vilma Landra. A Entidade agora tenta conseguir uma Audiência Pública no legislativo para mostrar a importância da preservação do nome consagrado pelo uso.

O Projeto de Lei segue para as comissões: Comissão de Direitos Revolucionários, Comissão da Suprema Felicidade e Comissão de Política Bolivariana. Se aprovado, seguirá posteriormente para votação no Plenário. Ainda não há prazo definido.

Um comentário:

Ighenry disse...

KKKKKKKK! Esse fake está bala! A notícia tinha tudo pra ser verdadeira!