Pesquisas qualitativas de posse do PT indicam que ao mesmo tempo que a população aprova o "Mais Médicos" (claro, quem seria contra Mais Médicos? Só quando descobrirem que não são médicos de verdade mas essa é outra história) porém apresenta fortíssima rejeição ao fato de que os cubanos recebam menos que os outros médicos.
Essa fortíssima rejeição inclusive manchou a percepção geral da população sobre o programa e está comprometendo o mesmo como bandeira de propaganda política. Apesar de nós estarmos denunciando há meses que os cubanos iriam receber muito pouco dos 10 mil reais prometidos, a população só acreditou de fato quando viu na TV o contrato da cubana Ramona Matos, primeira foragida do programa.
De fato a imprensa finalmente comprou a briga e passou ela mesma da posição de apoiar para criticar o programa. Sentindo a onda negativa comprometendo sua principal bandeira política, o PT decidiu tomar algumas medidas, que foram:
1) Esconder o Padilha para evitar associar sua imagem com a da escravidão cubana e da rejeição da população a isso. As raras matérias que surgiram nas últimas semanas focam apenas a namorada do ministro, que está sendo preparada para o papel de candidata a primeira-dama de São Paulo.
2) Ativar as redes sociais pagas (MAV, brasil247, conversa afiada, diário do centro do mundo, tijolaço, etc) para mobilizar uma campanha de desconstrução das críticas ao Mais Médicos, porém medida sem sucesso.
3) Tentar convencer Cuba a dar um "aumento" a seus médicos como forma de anular a crítica. Para isso o Ministro das Relações Exteriores foi a Cuba, onde ouviu um sonoro não de seu par local. (Imagina, dar mais dinheiro aos escravos? Deve ter pensado o chanceler cubano...)
Preocupado com o comprometimento do programa e com a propaganda negativa das ações movidas pelo MPT e em especial com os desdobramentos disso na ação de incostitucionalidade da Lei em curso no STF, o próprio Lula viajou a Havana, sob pretexto banal ("discutir o futuro") e somente ele conseguiu junto a Cuba um aumento da parcela dada aos médicos.
Graças a Lula, de 90% escravos, os cubanos agora são 75% escravos. A maior parte continua indo pros cofres cubanos de onde terão destino desconhecido (mensalón?).
Cinicamente, o que seria uma diminuição do "roubo" vem sendo chamado de "aumento" de salário, mas a medida teve pouco impacto: o programa já é visto por boa parcela da população como explorador de mão de obra escrava e perdeu seu encanto. Será citado sim na campanha, mas bem de leve.
Um comentário:
O Kennedy Alencar fez um comentário dizendo que a o PSDB e o DEM erram ao criticar o Mais Médicos, que teria apoio de grande parcela da população. Ele tem razão. Um povo que se contenta com esmola em vez de salário, também se contenta com "médicos" cubanos em vez de médicos de verdade. E o povo não está nem aí para as ilegalidades dessa forma de contração/escravidão. Só quer receber a sua esmolinha. O resto não é problema seu. Se a oposição não apresentar um projeto sério de substituição dos cubanos por médicos federais concursados e com carreira, a população analfabeta irá votar em massa no "opositor da oposição", como medo de perder a esmola, assim como ocorreu em outras eleições (e ainda deve ocorrer) com o bolsa família.
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