domingo, 30 de março de 2014

ALEXANDRE PADILHA X OPERAÇÃO LAVA JATO: SUSPEITAS CADA VEZ MAIOR CONTRA O MINISTÉRIO DA SAÚDE

A Operação Lava Jato, da PF, que prendeu vários membros de uma quadrilha acusada de contratos fraudulentos, lavagem de dinheiro e remessa ilegal para o exterior, foi flagrada pela PF em contatos pra lá de suspeitos com o Ministério da Saúde, conforme já noticiado:


Em um dos esquemas, uma empresa de fachada do grupo, a Labogen, receberia 150 milhões de reais para fabricar o genérico do Viagra, a sildenafila. A acusação diz, resumidamente, que essa "laboratório" repassaria a produção a outra empresa por 40 milhões de dólares e embolsaria os 110 milhões restantes, ou algo próximo. Os contatos datam de meados de 2013 e a Polícia Federal apura o caso.

O que talvez poucos saibam é que em janeiro de 2014 o Ministério da Saúde, ainda sob comando de Padilha, publicou com dez anos de atraso um protocolo de diretrizes de tratamento de hipertensão pulmonar (clique aqui). Resumindo, a portaria é tecnicamente questionável e dá um estranho direcionamento para o uso de sildenafil nesse grupo de pacientes (o viagra não é só usado para disfunção erétil, tem uso ainda em estudo na hipertensão pulmonar) apesar dessa não ser nem de longe a droga mais estudada do seu grupo farmacêutico.

Então se une um protocolo que levou 10 anos na gaveta pra sair às pressas em janeiro de 2014 (a consulta pública foi em 2010), associa-se que esse protocolo estranhamente parece favorecer determinada droga e agora descobre-se que havia um baita esquema em curso para superfaturar a produção local dessa mesma droga, tudo bancado pelo Ministério da Saúde.

Como o Padilha é mais esperto que a Dilma, não vai falar que o contrato teria sido baseado em um "parecer falho e incompleto". Apenas nega tudo e diz que não sabia de nada, como seu mestre lhe ensinou.

Mas o que não se explica é porque, subitamente, o protocolo desapareceu da página do Ministério da Saúde (clique aqui). Mas ele ainda é achado no link acima e neste (clique aqui).

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