Profissionais criticam estrutura
Médicos do programa federal chegam a comprar medicamentos e mobília para trabalhar
Fonte: O Popular - Galtiery Rodrigues
12 de fevereiro de 2014 (quarta-feira)
Os profissionais selecionados pelo programa Mais Médicos para trabalhar em Goiânia estão enfrentando dificuldades impostas pela falta de estrutura e de servidores auxiliares, como agentes de saúde e técnicos de enfermagem. A situação chega ao ponto dos médicos tirarem dinheiro do próprio bolso para suprir demandas básicas, como comprar cadeiras mais seguras para suportar pacientes obesos, macas, remédios antitérmicos, gel transdutor para passar na barriga das gestantes e até pagar a fotocópia de receituários na lan house do bairro, quando eles acabam. O argumento para isso é que se forem solicitar e esperar pela Prefeitura, pode demorar demais e o paciente não ser atendido como deve.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) admite que os prédios das unidades são antigos e precisam passar por reformas e inovação do mobiliário. Do total de 130, 60 foram listados em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre a prefeitura e o Ministério Público de Goiás (MP-GO), no dia 10 de dezembro do ano passado, como sendo aqueles que precisam passar por reparos imediatos. Desses, pelo menos 20 são os chamados Centros de Saúde da Família (CSF), onde os médicos do programa atuam. O prazo dado para o poder público cumprir as recomendações é de 24 meses, sob pena de multa de R$ 2 mil por dia, em caso de atraso.
Cansados de testemunhar diariamente as consequências da falta de estrutura, os médicos relataram ao POPULAR algumas situações vividas. No CSF do Parque Tremendão, Região Noroeste, a médica investiu mais de R$ 2 mil para equipar o próprio consultório. Ela comprou duas cadeiras, uma mesa, uma maca e trocou o ar condicionado, que estava sem funcionar. Antes disso, havia uma cadeira velha, cujo encosto se soltou, ficando a barra de ferro exposta e mesmo assim continuou e continua sendo utilizada, porque ela foi transferida para outro consultório. “É muito estreita e frágil. Não aguenta um paciente obeso. Já fiquei sem examinar um paciente com medo dele cair”, expressou a médica, que pediu para não ter o nome divulgado.
A profissional, cuja especialidade é em Saúde da Família, alvo do programa Mais Médicos, diz que fez isso por dois motivos: primeiro, pelos pacientes, porque ela deseja seguir atuando na área, mesmo após o fim do programa, e pretende criar um vínculo com a comunidade. E, segundo, para se resguardar enquanto médica. “Tudo que acontece, o paciente tende a reclamar do médico. O Conselho Regional de Medicina (Cremego) nos responsabiliza, porque foi eu que aceitei trabalhar nessas condições. Depois, se eu não examino ou deixo, por exemplo, passar um câncer por falta de atendimento, quem se prejudica sou eu. O processo é em mim”. (CONTINUA)
3 comentários:
Cadê a interdição do CRM?
Que interdição rapaz?
Pessoal tem sim é que fazer o Curso Magaiver! Lembro que ele fazia uma bomba com um pedaço de chocolate e no filme fugiu de um furgão!
Dica Magaiver pra esse caso ai: so passar um pouquinho de cândida diluída, com uma buchinha ai nesse escuro, o gesso fica branquinho e dá pra tapear a infiltração hehe!
Esta foto não é no sala de perícia de alguma APS do INSS?
Tá bem parecido. Tem umas até pior. Esta ainda tem um ar condicionado.
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