Mais Médicos: 14 profissionais ainda não têm moradia no Piauí
Quatro médicos desistiram. Uma delas era da cidade de Assunção do Piauí
13/02/2014 - Atualizado em 13/02/2014 12:11
Há pelo menos cinco meses da chegada dos primeiros profissionais do Programa Mais Médicos ao Piauí, cerca de 5% deles ainda estão sem uma moradia e alojados em hotéis. A falta de estrutura em alguns municípios e de compromisso por parte das prefeituras, em viabilizar uma residência para os médicos, são alguns fatores verificados.
Segundo a tutora do programa, Dorcas Lamounier, as condições de moradia para os médicos não é determinada pelo Ministério da Saúde, que exige apenas condições adequadas de habitação. “Nós entendemos que seja uma residência bem saneada, com água, luz, internet e eletrodomésticos básicos. Mas isso varia de acordo com os municípios, pois alguns não dispõem dessa estrutura”, afirma a tutora.
Foto: Jailson Soares/O Dia
A moradia e outras despesas dos médicos no município são responsabilidade dos prefeitos. Essa é a contrapartida do poder municipal dentro do programa. Dorcas Lamounier destaca que algumas prefeituras estão sendo bastante generosas. “Elas alojaram os médicos em casa muitos grandes, com bons móveis”, ressalta.
Outra dificuldade enfrentada na fase inicial do programa é com o acesso à internet para que os médicos possam concluir o curso de Gestão em Saúde Pública. “Todos eles são obrigados a fazer esse aperfeiçoamento através de aulas ministradas pela internet, mas alguns municípios não têm acesso”, disse a tutora.
De acordo com o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, o Piauí já recebeu 280 médicos através do programa, distribuídos em 182 municípios. No 3° ciclo do Mais Médicos está prevista a chegada de mais 70 profissionais.
Médica que abandonou o programa era de Assunção do Piauí
Até agora, quatro médicos estrangeiros que atuavam no Piauí retornaram a Cuba. “Um caso foi devido a problemas emocionais, outra descobriu que estava gestante e outro teve uma morte na família”, relata Dorcas, que não lembra a motivação da desistência do quarto profissional.
A médica que teve problemas emocionais é Lilliana Cordoy(foto ao lado), de 28 anos, que trabalhou em Assunção do Piauí. Segundo Rosimar França, secretária do município em entrevista a um portal local, a cubana da cidade de Manzanillo passou alguns dias exercendo a profissão, mas sentia muitas saudades dos familiares e falava constantemente neles. Em um desses momentos nostálgicos teve um surto e foi encaminhada ao Hospital Areolino de Abreu. A secretária Rosimar acrescenta que ela mesma pediu o desligamento da médica, por acreditar que a cubana não teria condições de cuidar dos pacientes.
No Brasil foram registrados 25 casos de abandono ou não apresentação de médicos cubanos ao posto de trabalho, sendo 22 motivados por problema de saúde ou pessoais. Entre os médicos que não são cubanos, esse tipo de ocorrência é mais frequente. Foram 85 desistências, sendo 82 brasileiros.
Fonte: Portal O Dia
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ResponderExcluirSecretária do Município: "Em um desses momentos nostálgicos teve um surto"
ResponderExcluirImagina a camarada olhando o por do sol ... fumando um havana ... pensando na família ... tomando um mate ... que momento para um surto!
Imagina o que não é a gestão de saúde do município ...
A médica fica doente e é demitida??? Que p**rra de humanismo é esse?? Alô MPF!!! São pelegos também ou vão agir?
ResponderExcluirQuieto Chico, aqui é Brasil: corrupto, burro, sem infra-estrutura e cheio de vândalos!
ResponderExcluirSerá que vc ainda não percebeu que ninguem vai fazer nada a favor de Cubanos e que o Programa Mais Medicos tem que durar ate outubro "aconteça o que acontecer"?
Não viu a Resolucao de ontem pra Cubano nao fugir mais?!