A Folha de São Paulo de hoje solta editorial mostrando-se muito preocupada com a qualidade de formação dos médicos brasileiros, baseado no Exame do Cremesp divulgado essa semana que aponta 60% de "reprovação" dos egressos de medicina.
Preocupação muito justa aliás, mas que contrasta escandalosamente com a postura permissiva do mesmo "board" que em julho de 2013 se mostrou compreensivo e solidário ao Programa Mais Médicos, inclusive criticando a postura dos médicos brasileiros contrário ao programa principalmente pela não revalidação dos diplomas dos estrangeiros.
Não só o editorial da Folha, mas vários de seus articulistas, vem expressando sistematicamente opiniões a favor da presença de supostos médicos sem revalidação de diploma e sem nenhum exame de proficiência técnica ou linguística. Inclusive hoje temos mais uma dessas colunas, que será tema de discussão específica deste blog, que falsamente passa a idéia de que o Mais Médicos seria uma espécie de "imigração" de profissionais de alta capacitação. Mentira, não são imigrantes, muito menos profissionais de alta capacitação.
Incrível como que o rigor com o qual a Folha exige a "verificação de habilidades" dos médicos brasileiros é a mesma frouxidão com o qual a mesma Folha e seus articulistas aceitam "estrangeiros imigrantes de alto valor agregado" sem que os mesmos sequer tenham que provar que são o que dizem ser.
Ou se exige exame de todos ou de ninguém. A dupla face dessa discussão envolve apenas um aspecto:
Ao defender cubanos sem revalidação, a Folha e seus articulistas progressistas adotam postura de defender "o social", "o pobre", que pode receber qualquer lixo que está bom pois se tratam de miseráveis e "qualquer coisa" é melhor que nada. Nenhum jornalista da Folha imagina-se na iminência ou necessidade de um dia ter que levar sua filha para um cubano. Pimenta nos outros é refresco, é cool, é "politicamente correto".
Ao defender exame de ordem dos médicos brasileiros, a Folha e seus articulistas estão preocupados com suas próprias vidas e a de seus entes familiares, pois serão estes os médicos que, em tese, frequentarão os consultórios e hospitais que eventualmente irão atender, algum dia, a equipe jornalística da Folha de São Paulo.
Para pagar de bonito e justo, aceita-se o inaceitável, pois não me fará diferença, mas o discurso fica bom. Mas para mim, me desculpa, somente do bom e do melhor, viu? - Esse é o discurso de quem defende o Mais Médicos e, agora, o Exame do Cremesp.
Esta Folha é uma sucursal do PT.
ResponderExcluirSó salva a Catanhede.
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