Olá,
Vem por meio deste, agregar informações à este absurdo que vocês publicaram no blog sobre o médico Argentino que prescreveu Azitromicina 500mg 8/8h. O que acontece é que neste mesmo posto trabalhava um colega nosso, chamado Paulo Ricardo Sena, o qual foi demitido, porque é mais barato aderir ao programa do que contratar um profissional. Creio que este detalhe do caso tem de ser divulgado, porque a qualidade do atendimento, mais uma vez, tem sido preterido à diminuição de gastos.
Qualquer outra informação, estou à disposição
AttXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXX (fonte protegida)Médico
Notícias
15.10.2013
SIMERS denuncia troca de médicos gaúchos por argentino do Mais Médicos
O Sindicato Médico do RS (Simers) enviou notificação, nesta terça-feira (15), ao Ministério da Saúde sobre o afastamento de médicos que atuavam em um dos maiores bairros de Tramandaí, no litoral norte gaúcho, para o ingresso de médico formado na Argentina, que veio ao Brasil por meio do programa Mais Médicos. Apesar de haver pelo menos dois outros postos na mesma região do balneário sem médicos, a prefeitura optou por retirar os profissionais que há anos atendiam na unidade de saúde. O Simers também tenta checar a denúncia de que o intercambista teria feito uma prescrição de um antibiótico numa super dosagem. O fato foi veiculado em rede social na internet.
Os dois episódios geram preocupação e reforçam riscos associados à vinda de profissionais sem uma adequada formação e habilitação para dar conta das necessidades da população brasileira. Para o sindicato, não faltam médicos para atuar no SUS. Hoje são 400 mil médicos registrados no País. O problema é que os governos não oferecem formas de contratação e estrutura de atendimento, com equipamentos, exames e leitos para acolher e alcançar suporte médico. A informação sobre a saída de médicos formados no Estado foi confirmada em encontro do diretor do Simers André Gonzales com o secretário muncipal da Saúde, Mário Mitsuo Morita, na semana passada. O Sindicato foi à cidade verificar o impacto da medida para os cuidados da saúde dos pacientes.
Segundo apuração do Sindicato Médico, a troca, considerada irregularidade na aplicação do programa (é vetada a retirada ou demissão de médicos para substitui-los por intercambistas, como são chamados os formados no Exterior sem revalidação do diploma no Brasil), já provocou a redução da assistência. De 40 a 50 atendimentos diários de segunda a sexta, o intercambista oriundo da Argentina realiza de dez a 12 consultas. Além disso, em alguns turnos, como segunda e quinta de manhã, não há atendimento a fichas, segundo aviso colocado na porta da unidade. Para a entidade médica, os prejuízios devido à redução da capacidade de assistência serão ainda maiores quando começar a temporada do veraneio, com a elevação exponencial da população.
O Sindicato Médico lamenta a atitude do município, que alegou estar alterando o perfil do posto - que passaria de modelo de plantão clínico para Estratégia de Saúde da Família. Em conversa com o argentino, o Simers constatou que a formação do estrangeiro é na área de diagnóstico por imagem. Ele atuava como ecografista na região de Buenos Aires. O Sindicato lembra que a dificuldade de preencher postos de médico no município é ligada à forma de contratação, a maioria feita por empresa terceirizada, enquanto o quadro de concursados tem remuneração de R$ 2,5 mil por 40 horas semanais. O Simers propôs a criação de uma carreira própria para valorizar os profissionais e lamentou a substituição devido ao impacto à comunidade.
Aviso na entrada do posto: fichas limitadas e turnos sem atendimento
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