O movimento politicamente correto, doutrina radical de índole fascista criada sob o manto da esquerda na década de 60 nos EUA, se propõe a definir o que as pessoas podem pensar, falar, ouvir e fazer, através da legitimação de posturas classificadas como adequadas (o politicamente correto) e a criminalização radical e intolerância extrema de todas as correntes diversas de forma ou conteúdo do que se propõe como a padronização do "certo".
O problema do politicamente correto é que ele não é correto. É uma forma de doutrinar o pensamento e as atitudes de um coletivo e, com isso, controlar massas, direcionar ondas de consumo e, por fim, manter o poder nas mãos de quem define o que é "correto" através da manipulação do comportamento humano. Em suma, o politicamente correto é a repetição das doutrinas fascistas do início do século XX. Na verdade o politicamente correto é o mesmo e eterno mecanismo de controle de massas "encapado" com um bonito discurso fundado em teorias antrosociopsicológicas que não possuem nenhum fundamento científico, em resposta ao horror que a sociedade teve da então doutrina fascista após os eventos das grandes guerras mundiais, holocausto, vietnã e guerra fria. Essa repulsa tornou esse método de controle ineficaz e então surge na década de 60 o método atual conhecido como politicamente correto.
O sucesso da medicina no século XX a tornou alvo de cobiça dos grupos de poder que usam o politicamente correto como mecanismo de doutrinação em vigor em todo o Ocidente deste planeta há mais de 50 anos. Nesse contexto, há 30 anos grupos paramédicos e ativistas sociais tentam, a todo custo, controlar o ato médico no mundo todo, por vários motivos: O ato médico representa uma necessidade básica da população, é um trabalho com forte repercussão política, social e econômica e, portanto, passível de uso político. Portanto, o controle estatal do ato médico passou a ser uma prioridade. Esse é o fenômeno da estatização da medicina.
A estatização da medicina conta com vários aliados, pois há uma ambição coletiva pelo "status" de curandeiro oficial, hoje exercido pelo médico, que desde sempre era almejado nas sociedades primitivas. A figura do curandeiro, pajé, mágico, dentre outros, sempre foi valorizada, sendo que a pessoa que ocupava esse lugar desfrutava de grande prestígio e ascensão social em seu meio. Imothep, por exemplo, talvez o primeiro médico de todos, que se diferenciou dos curandeiros comuns, obteve status de quase Faraó no Egito antigo, algo impensável para reles mortais. Imothep também enfrentou a seu tempo a concorrência de "mágicos e práticos".
Voltando ao assunto, o método usado pelo politicamente correto para tomar posse da medicina da mãos dos médicos é claro e já foi amplamente divulgado aqui:
1) Mudar o nome para evitar referenciação - Ao fazer isso criou-se as bases para contestar a medicina. Afinal de contas, como justificar um educador tratar depressão em um ambulatório de "psiquiatria" se ele não é psiquiatra? Era necessário um nome bonito, neutro e de fácil identificação para substituir os nomes médicos por nomes comuns para facilitar a invasão da medicina por paramédicos. Com isso começou-se a riscar o nome médico e medicina e suas especialidades dos serviços e carreiras. Para substituir, definiu-se o uso abusivo do termo "Saúde". Psiquiatria virou "Saúde mental", dentre outros. Essa ação foi rotulada de: "Atenção Integral à Saúde".
2) Criminalizar o médico atacando sua conduta e sua sociabilidade - Ao fazer isso objetivou-se criar uma repulsa na sociedade aos médicos mas sem atacar a medicina (a medicina é boa, os médicos é que são maus). Com isso cria-se a necessidade de se "salvar" a medicina das mãos dos "médicos". A melhor maneira seria criar uma luta de classes opondo o "poder" médico do "oprimido" paciente, colocando o médico como um ditador impositivo, cruel. Essa ação foi encampada pelo belo rótulo chamado: "Humanização da Saúde".
3) Relativizar a importância do médico - Ao fazer isso, objetivou-se criar uma cultura de aceitação na sociedade de que OUTROS profissionais poderiam, também, exercer a medicina, de forma disfarçada, é claro, mas com isso trabalhou-se a diminuição da rejeição da sociedade aos paramédicos fazerem medicina. Essa ação foi encapada pelo belo rótulo chamado: "Saúde Multiprofissional."
4) Aumentar a importância de áreas paramédicas em relação à área médica - Ao fazer isso, objetivou-se tornar factível e consolidado a noção (falsa) de que apenas o médico seria incapaz de dar conta de toda a "gama" de ações necessárias para atuação em medicina, reforçando as duas ações anteriores (criminalizar e relativizar) e tornar como fato consumado a necessidade "imperiosa" de outros profissionais de saúde podendo atuar como "curandeiros". Com isso tenta-se desqualificar a importância "biológica" da saúde (área que foi a responsável pelo enorme crescimento da medicina nos últimos 2 séculos) e inflar a importância de outras áreas, que são onde os ladrões da medicina atuam, em especial sociologia e psicologia. Essa ação foi encapada pelo belo rótulo chamado: "Saúde Biopsicossocial".
5) Baratear o custo médico - Com o tempo foi visto que seria impossível afastar os médicos de todo, pois os paramédicos e oportunistas em geral não tinham a expertise nem a coragem de resolver problemas que saiam da "rotina básica de maus cuidados à população". A própria população exigia a presença formal do médico, mostrando que as táticas anteriores não foram de todo sucesso. Mas então o que fazer, já que o custo de um profissional médico é elevado? A tática aqui foi a mesma usada pelos fascistas contra imigrantes e povos específicos no passado: A difamação e desqualificação pura e simples. Além disso, estimulou-se a produção em massa de "médicos" e, hipocrisia major, pratica-se extorsão social ao culpabilizar o médico por "cobrar salário e condições de trabalho" para atender aos "pobres necessitados" uma vez que teríamos "jurado pobreza" e que "médico não é para quem quer ser rico". Essa ação foi rotulada de: "Universalização da saúde".
No Brasil, as 4 etapas iniciais de tomada de posse da medicina por ladrões paramédicos já foram efetuadas com sucesso. Estamos na quinta etapa que, quando concluída (levará ainda uns 30 anos) transformará a medicina em propriedade estatal com uma vasta gama de profissionais médicos e paramédicos trabalhando de forma sobreposta fazendo diagnósticos e tratamentos.
A etapa final desse sonho politicamente correto, encampado pelos socialistas, seria a fusão de todas as "profissões de saúde" em uma única grande, genérica e rasa profissão de "profissional de saúde". A UnB, criada para ser modelo do politicamente correto e, portanto, sempre na vanguarda do atraso fascista (mantem até hoje comissão racial para avaliar cotas, bem ao estilo nazista), já faz há alguns anos o chamado "Basicão", com estudantes de medicina, enfermagem, fisioterapia, etc, fazendo o mesmo ciclo básico. Essa é a primeira etapa.
Por fim, daqui há algumas décadas, vamos deixar de ter o médico e vamos ter algo que poderá ser chamado de medicuzinho, ou algum outro trocadinho infame.
A medicina está sendo roubada dos médicos por ladrões politicamente corretos desde a década de 60. Ou reagimos agora ou será tarde demais.
Após mais de 30 anos de medicina chego a triste conclusão que se voltasse ao vestibular seguiria outra carreira.
ResponderExcluirToda minha vida investi sem suporte de ninguém em qualificação e especialização, trabalhei e estudei em média 80 horas semanais, o dobro da maioria das profissões, levando fama de bem remunerado e de efetuar um trabalho fácil que exige pouco de quem executa.
Uma "consulta de 5 minutos" me custou mais de 10 anos de estudo formal e anos de prática, além das consequências do conselho dado ao "paciente de corredor" que quer o atendimento gratuito.
A classe média gasta mais com o carro do que com a própria saúde e quando em dificuldade financeira deixa de pagar o plano de saúde antes de vender o carro.
Daí se tira o valor da Saúde.
Por isso vários de meus colegas com menos tempo de formado, a por isso mais longe da aposentadoria, estão fazendo nova faculdade (a maioria Direito)ou virando comerciário.
Roubar dos médicos é o de menos, estão roubando da população que entre terapias alternativas e partos domiciliares estão morrendo e ficando sequelados.
ResponderExcluirEscrevi este texto em 2009; chamei de "as invasões bárbaras": O que estamos vendo no setor de saúde nos últimos tempos? Uma mixórdia de atuadores e palpiteiros, profusões de Drs. pra cá e pra lá. E o pobre do doente, perdido nesta barafunda, porque para ele, ele foi atendido por um “doutor”. Todo o rigor e cientificismo que se vivencia nas faculdades sérias de medicina, contrasta chocantemente com a leniência e facilidade dos dias atuais em se obter um diploma qualquer da “área da saúde” e sair por aí, sem a mínima fiscalização ou questionamento, exercendo inúmeras terapias. Quiropráticos, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, todos tem seu consultoriozinho ou clínica, e dê-lhe “tratamentos”. Um médico, para se estabelecer de forma sólida, que lhe permita ter uma clientela em qualquer cidade, passa por um crivo rigoroso, exercido, principalmente por seus próprios pares. Um profissional da saúde, ao contrário, bastando apresentar qualquer diploma, sabe-se lá de onde, não sendo de medicina, é recebido nos hospitais com tapete vermelho, recebe pacientes encaminhados, circula à vontade nas rodas científicas, e está livre de qualquer cobrança ética, porque no momento de responder éticamente, aí é bom não ser médico. Pois como não é médico, aí fica tudo bem.
ResponderExcluirAo mesmo tempo em que a medicina avança positivamente, como sempre, no terreno científico, a dita saúde, parece que virou um mercado persa. Algo que, temerariamente, lembra o episódio dos vendilhões do templo de Jesus. Tudo sob o manto politicamente correto da multidisciplinaridade. Médico, hoje em dia, é apenas mais um profissional da saúde. Não se pode confundir multidisciplinaridade com caos, falta de direção e comando ou superposição de tratamentos. Sempre se conviveu, ao longo dos tempos, com o charlatanismo e a empulhação, mas acho que nunca como agora, se viu a classe médica tão omissa e paralisada contra estas invasões bárbaras, inclusive até, fornecendo armas e teto às hostes inimigas. Aonde iremos parar?
Esse texto é o máximo é exatamente o que eu penso.Tentam ser médicos mais não querem a responsabilidade do médico.A população acha que médico barato é medico bom....tá já que gostam tanto de seus carros andar em um mercedez é tão seguro quando andar em um cherry?
ResponderExcluirAchei o máximo.A população acha que médico bom é médico barato, gasta mais com carro do que com médico.Será que é tão seguro andar de mercedez quanto de cherry?
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