A resolução do CFF que regulamenta a chamada "prescrição farmacêutica" é apenas mais um dos efeitos deletérios da luta de classes que se instalou na saúde, com outras profissões se colocando como operários em luta contra o patrão burguês médico. Nada mais falso pois o médico é tão explorado quanto qualquer outro trabalhador e o verdadeiro patrão aqui é o governo, que estimula maldosamente essa luta para conseguir profissionais mais baratos para atender à patuléia que mora em Pindorama, pois os que vivem no "Brazil", como os políticos, só se consultam com os melhores médicos, os mesmos a quem chamam de mercenários quando discursam para a plêiade populus.
Mas aqui, paradoxalmente, é mais deletério para os farmacêuticos que para os médicos, pois só poderão prescrever medicações "sem necessidade de receita". Ou seja, mais do mesmo pois o cidadão já pode ir à farmácia e comprar anti-inflamatórios, que podem levar à insuficiência renal aguda e morte, podem comprar aspirinas, que à despeito de seu indiscutível benefício podem levar à hemorragias agudas e morte, podem comprar medicações diversas sem passar por um crivo de um médico.
Agora criou-se o teatro farmacêutico: A pessoa chega na farmácia e diz ao balconista que está com dor de cabeça. Subitamente cai do teto um farmacêutico com um bloco de papel, diagnostica "cefaléia" e "prescreve" um analgésico. De fato uma mudança de seis para meia dúzia do esquema atual, em que a própria pessoa já pega o remédio e paga ou pede dica ao balconista.
Vender remédio sem receita é uma excrescência da saúde brasileira fomentada por interesses financeiros e classistas. Ao invés de se fortalecerem como classe e formarem melhor o farmacêutico, dar ao farmacêutico participação ativa na condução de doenças crônicas, como replicar receitas médicas e fazer o controle básico de sinais vitais na população dentro de protocolos, desafogando as unidades de saúde e ampliando a ramificação de atendimento à saúde, o CFF opta pelo caminho da hipocrisia, da fantasia e do factóide. Ao invés de quererem ser farmacêuticos com "F" maíusculo, preferem ser pseudo-médicos com pseudo-prescrições. São gerentes de estoque, ao invés de agentes de saúde.
É por isso que nas faculdades de medicina continuaremos a cantar: "Ista, Ista, Ista, fazer farmácia é querer ser balconista".
Se eu fosse o CFM nem acionaria isso, mas como estamos em guerra fomentada pelo governo com certeza o CFM entrará na Justiça.
Por fim, apenas uma constatação: Quem procura um balconista para cuidar da sua saúde, merece uma prescrição de farmacêutico.
Se um paciente tiver um choque anafilático e falecer o farmacêutico vai responder ao conselho de farmácia e a justiça por erro profissional ?
ResponderExcluirEm case de revalidação de receita a quem se atribuirá a responsabilidade, ao médico que prescreveu originalmente o remédio ou ao farmacêutico que repetiu a medicação ?
O farmacêutico poderá cobrar pela prescrição ou revalidação da receita ?
O farmacêutico poderá revalidar receitas de medicamentos controlados ?
Outras categorias profissionais como enfermeiros, fisiatras, psicólogos, nutricionistas vão reivindicar o mesmo direito ?
A não ser que seja para uma especialidade cirúrgica quem mais vai querer ser médico no brasil se com metade do esforço e uma fração ainda menor de custo poderá ter uma dessas outras profissões com as mesmas atribuições ?
Isso é o melhor para os Brasileiros ou para o governo atual ?
Não, vocês não entenderam a gravidade do Negocio!
ResponderExcluirTodo mundo sabe que o Brasil é uma piada! Que tem um monte de gente que queria ser medico e não conseguiu, que são frustrados e recalcados e por conta disto tem um ódio mortal de quem chegou lá e virou medico!
Esse negocio de farmacêutico prescrever remédio, começa assim, depois vai avançando mais um pouquinho, mais um pouquinho e quando você vê já vai ta prescrevendo toda espécie de medicação, exceto quimioterapicos, que é fuça grave, seria, e aqui no brial ninguém que complicação, só moleza!
Pro medico vai sobrar só Cirurgia e procedimento invasivo pois de tudo o demais será invadido pelas outras Profissões da área da Saúde, que querem comer do filé que tiver na Profissão Médica! Quando complica, manda pro medico e ele que se lasque pra lá com o caso clínico, pois "tem o juramento e não pode ser ganancioso"...
Tudo isso decorre da Política do Governo em não valorizar o medico, a mão de obra médica e a inveja dos outros não médicos, em querer "ser medico" sem ser!
E digo mais, a classe médica é egoísta, cada um só pensa em si, não tem união, não tem organização, não falam uma mesma língua! É mais ou menos assim: Se eu me dei bem, o resto que se lasque!
Mas não tem jeito, a Classe já ta pagando pelo seu Egoísmo e vai pagar mais ainda! O Político de Brasília ta pouco se lixando pra Saúde do Povo Brasileiro pois quando tá doente ou seus familiares estão doentes, vão pro Hospital Sírio Libanês, ilha de excelência médica!
Então, resta apenas uma saída, Organização, uma linha de comando única, um sistema de saúde único feito por médicos pra competir dentro do próprio sistema com os demais, seja Operadora de Saúde, seja o SUS, que é uma piada! Sem isso, esquece pois vai só estressar e dar úlcera!
Quem prescreve, deve ytambem fazer o prontuário médico de atendimento, pedir os exames, fazer o diagnóstico, operar, anestesiar, internar, dar alta, fazer pequena, média e grande cirurgias, fazer biópsia, dar,atestado de óbito etc etc
ResponderExcluirQuem sabe voltamos as origens da medicina com os cirurgiões barbeiros. Baste saber segurar um bisturi.
ResponderExcluirO CFM acionou a justiça...e sabe o que aconteceu? Perdeu...o ATO MÉDICO hmmmmmmmmm...9 pontos vetados. "Nada mais falso pois o médico é tão explorado..." tadinhos estão sendo tão explorados que queriam acumular com o projeto de lei, atos privativos de outros profissionais da área da saúde. Sinceramente eim...não temos um jargão mas podemos cantar assim: " EIRO EIRO EIRO, SER MÉDICO NO BRASIL É SER CARNICEIRO!" Crítica deste artigo tendenciosa, e fraca, pois, estabelece a visão de uma classe vista erroneamente pela população como Deus". Ao invés de ajudar, a transformar esta visão para uma visão de multiprofissionais de saúde a favor da vida humana, se tem, interesses mesquinhos e infantis.
ResponderExcluirO problema, penso eu, é ainda um pouco mais interno, o Ego inflado de muitos profissionais médicos devido a seus contra cheques "volumosos"(que os deixam pensar que são pseudo-deuses) e a super pseudo-autoconfiança de outros profissionais Não-médicos entram em conflito devido a sempre acharem que um sabe mais que o outro.
ResponderExcluirAnamnese e sintomatologia podem ser empregados por todos os profissionais, pois é assim que chegam à suas hipóteses diagnósticas, mesmo sendo de área diferentes, é assim que funciona, afinal ninguém tem bola de cristal para adivinhar o que seu paciente tem.
A replicação de receita é algo indiscutivelmente errada, pois, assumir a responsabilidade médica, caso algo dê errado ninguém vai querer!
Prescrever receitas de medicamentos que não precisam de receitas é chamar o farmacêutico em questão de burro, retardado e incapaz, simplesmente deplorável.
Outra falta de respeito, é o ato médico, que visa "tomar para si" a competência das outras profissões tornando-as obsoletas.
Onde no mundo um clinico geral vai saber sobre torsões e posturas melhor que um fisioterapeuta?, ou saber melhor de medicamento que um farmacêutico?, ou saber mais de arcada dentaria do que um dentista?, isso para citar apenas alguns exemplos. Não tem como isso existir, a menos que o curso de medicina seja de 20 ou 30 anos!
Cada profissão tem sua competência, e assim deve permanecer! Cada um no seu quadrado. A manutenção da "dependência" entre as profissões tornam as coisas mais justas e melhores, tanto no desenvolvimento e aperfeiçoamento individual como na prestação de serviço para o paciente.
O que falta mesmo é humildade e saber o seu devido lugar como profissional! Salários meteóricos são alcançáveis a todos, vai da sua competência e vontade de crescer. Para isto, capacite-se, faça a diferença e mereça o respeito, não o torne uma obrigação de todos!
Parabéns pelo comentário Wanderley Oliveira Junior. Concordo com você!
ResponderExcluirIsso existe em países mais desenvolvidos onde existe realmente um atendimento farmacêutico de qualidade. E aqui no Brasil já começaram a existir clínicas farmacêuticas, onde além de prescrição pode haver outros procedimentos como acupuntura, estética, etc. Vejo o medo em muitos médicos com isso acontecendo, pois em muito casos os farmacêuticos (e até mesmo balconistas) sabem prescrever ou indicar melhor do que os médicos, e sim possuem capacidade para isso. E isso pra mim é uma vergonha para a classe médica.
ResponderExcluirAinda bem que podem prescrever. Menos trabalho para os médicos e demais profissionais SUS.
ResponderExcluirSe o paciente escolhe ser tratado por um farmacêutico, problema é dele. Afinal de contas, ele é dono de seu próprio corpo e do seu próprio bolso. Precisamos parar de tratar os pacientes como criancinhas que não tem capacidade de discernimento. Cada um escolhe com quem deve se tratar.
Sempre orientei os pacientes dessa maneira. Quer procurar um benzedor, tomar chá ou garrafada? Problema é dele! Afinal de contas, ele é um adulto, dono de seu próprio corpo e da sua saúde. A decisão final é sempre do paciente.
Não me preocupo nem um pouco com isso. Não sou pai e nem mãe de paciente que precisa ficar dizendo com quem ele quer se tratar. Se ele tomou a decisão de procurar um outro profissional, é até um favor que ele me faz.
Li no site do CFM, que o mesmo condenou veementemente essa decisão. Sério? Uma autarquia que reconhece homeopatia como sendo uma especialidade médica deveria ter vergonha de afirmar tal coisa. Daqui uns tempos, serei eu que não reconhecerei mais o CFM como órgão máximo da medicina do país...
É, vou ter que comentar. Simplesmente estou enojado desse texto. O que é isso? Tá parecendo coisa do maligno. Lastimável. Onde tá o respeito pelo colega farmacêutico, aliás irmão, pois o médico e o farmacêutico vieram da mesma origem. O farmacêutico vai sim ocupar aos poucos lugares de muitos médicos meia tigela, e o melhor, receitando, mesmo que sejam indicações "isentas de prescrições médicas", e mais que isso, o farmacêutico vai interferir diretamente na receita desses médicos que acham que sabe de tudo. Ao ler esse texto inteiro tira-se a conclusão que o medo de perder a atribuição de prescrição medicamentosa tornou-se evidente por parte da classe médica. Os profissionais médicos brasileiros estão vistos erroneamente pela sociedade, (mal informada por sinal), consultas super valorizadas, que por vezes não passa de meias palavras discutidas entre o profissional e o paciente. Resultado: morte, baixa qualidade de vida, dúvidas e mais dúvidas, alto custo em saúde. É triste. Quem sai pro mundo sabe que médico não passa de mais profissional de saúde, e não um falso "deus" como os tolos que moram no Brasil pensam. Se acham superiores ao farmacêutico revejam seus conceitos, pois os dois estão no mesmo patamar de importância. As tecnologias que envolvem as duas profissões é que determina o valor monetário dos dois profissionais mas não o seu valor social, que é o mesmo. Indiscutivelmente a farmácia é um lado de um mesmo corpo que a medicina está inserida. Aos médicos obriga-se o respeito pelo profissional farmacêutico, pois isso é o mínimo que esse cidadão (ou não, nesse caso) pode fazer, assim como todos os profissionais farmacêuticos respeitam os médicos.
ResponderExcluirdeus?? rsrsrs vamos la se vai consultar um paciente, que da o diagnostico o bioquímico através dos exames de sangue, q hj ate um analfabeto sabe diagnosticar, depois vem o farmacêutico com a matéria prima para a cura da doença... quem sai de bom moco é o medico. vcs precisam da gente mais do que nos precisamos de vcs.
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