O INSS e o cordel
O INSS, amigo
Autarquia Federal
Com a verdade passou mal
Se sentido no perigo
E querendo dá castigo
A um poeta menestrel
Censurou-lhe no papel
Veja só, o da “justiça”
Mas que tanta injustiça
Por causa de um cordel.
O amigo Davi Teixeira
Fez um cordel arretado
Que critica animado
O INSS e a zoeira
Incomodou na porteira
Dum antigo coronel
Que com caneta e papel
O tal verso censurou
A Globo até reportou
O caso desse cordel.
Um juiz deu de carreira
A sentença de censura
Num ato de DITADURA
Proibiu Davi Teixeira
De ganhar o seu, da feira,
De comprar leite e mel
Que regresso mais cruel
Da justiça do Brasil
Mas que sentença imbecil
Censurando um cordel.
Fizeram o pobre poeta
Remendar seus belos versos
Que ficaram eles dispersos
Numa “feiçura” pateta
Mas a justiça completa
Disse agora ao menestrel
Pra botar no seu papel
Os versos originais
Isso já está nos anais
O processo do cordel.
Poetas! Conclamo agora
“Bora” todos criticar
Encher terra, céu e mar
Deste Brasilzão a fora
Com versos feitos na hora
Criticando no papel
Essa justiça infiel
Porque com suas asneiras
Só falta acender fogueiras
Pra queimar nosso cordel.
Não queres ser criticado
INSS do povo?
Faça em si mesmo um renovo
Pois o poeta letrado
Não pode ser censurado
Cordelista é menestrel
Que registra no papel
O que ele achar torto
E mesmo depois de morto
Fica vivo seu cordel.
Davi você tem bravura
Mas amigo tenha cuidado
Tu não és aposentado
Cuidado com a “censura”
Mas nossa literatura
Te agradece menestrel
Pois teu verso é quartel
Pros soldados cordelistas
Nós somos todos artistas
E ninguém cala o cordel.
Izaias Gomes, poeta potiguar
Um comentário:
Excelentes o cordel e o post! Parabéns!
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