Garibaldi: não é viável reforma na Previdência agora
07 de junho de 2013 | 13h 52
CARLA ARAÚJO - Agencia Estado
SÃO PAULO - Um dia depois que a Standard & Poor''s (S&P) contestou a credibilidade das contas públicas do Brasil, reduzindo a perspectiva positiva das condições macroeconômicas do País, que saiu de "estável" para "negativa", o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, afirmou que não é politicamente viável no momento realizar algum tipo de reforma da Previdência. "Acredito que possa ocorrer, e sou favorável à reeleição da presidente Dilma, apenas no primeiro ano do seu segundo mandato", disse, após participar de evento a favor da formalização do emprego, realizado na sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT) em São Paulo.
De acordo com Garibaldi Alves, o Congresso terá de se aprofundar no tema, mas a preocupação do governo é que as mudanças não incidam sobre quem tem os direitos fixados. Nesta quinta-feira, a Previdência Social divulgou que o déficit em abril do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sistema público que atende os trabalhadores do setor privado no País, somou R$ 6,18 bilhões em abril, com alta de 8,5% frente ao mesmo período de 2012.
Segundo ele, esse quadro só será revertido após 2030. Garibaldi Alves afirmou, no entanto, que o déficit é causado por conta de previdência rural. "O resultado da cobrança do PIS/Cofins deveria vir para a previdência, mas ele historicamente não vem. É isso que causa esse déficit, que é coberto pelo Tesouro", disse.
Para Garibaldi, apesar dessa situação, o País mantém uma situação de alguma sustentabilidade, se comparado, por exemplo, com alguns países da Europa. "Na Europa, está havendo corte de benefícios e aumento da idade mínima. Lá, há uma idade mínima, e aqui não. Este é um desafio", disse, completando que o País tem que se preocupar com a situação também no futuro, por conta do envelhecimento da população.
Garibaldi descartou ainda alguma definição por parte do governo sobre o fim do fator previdenciário. "No momento não temos condições de oferecer propostas governamentais para isso. Em algum momento podemos ter alguma decisão no Congresso, mas o governo não tem uma alternativa para isso, dada a situação econômica."
Brincadeira
Garibaldi contou aos participantes da reunião na UGT que pegou carona no avião do ministro Guido Mantega e brincou com a situação de seu primo, o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-PE), presidente da Câmara, dizendo que ele vai mudar as políticas econômicas quando assumir interinamente a presidência da República amanhã - já que a presidente Dilma Rousseff e o vice, Michel Temer, devem viajar. "Disse a ele que o novo presidente ia mudar a economia e ele respondeu que apenas não gostaria de ser demitido". Garibaldi, no entanto, fez questão de frisar que toda a conversa foi em tom de brincadeira.
Questionado sobre a avaliação do ex-ministro Delfim Netto, que disse em entrevista que somente a busca de um ajuste fiscal sério, especialmente pelo déficit nominal zero, irá resgatar a credibilidade do governo junto ao mercado, Garibaldi afirmou que "não está habilitado para dar opinião em um debate entre Delfim e Mantega".
Os gastos do mes de abril em relação ao ano passado teve um incremento de mais de 8 pontos percentuais!
ResponderExcluirPaís é tão lixo na Gestão que espera-se primeiro chegar no fundo do poço pra depois fazer algo!
Vou dar uma de Aldofranklin...
ResponderExcluirNa boa, eles só vão fazer alguma coisa quando o RGPS estiver quebrando ou quebrado, quando a aposentadoria de todo mundo estiver um lixo, quando começar a faltar dinheiro para a "farra do boi" dos governantes e gestores e quando a população interesseira, imediatista e oportunista sentir na pele o que nós estamos avisando desde agora. Aí a conversa vai ser em outro tom e em outro nível. Aí eu quero ver (se ainda estiver vivo nessa época) se a perícia médica será tratada diferente...
Aqui não tem jeito não, país de quinta categoria, de aproveitadores, maracutaias, jeitinhos e oportunistas. O diplomata brasileiro Carlos Alves de Souza Filho, genro do Presidente Artur Bernardes, embaixador brasileiro na França na década de 60, é que estava certíssimo quando pronunciou a famosa frase: " "le Brésil, ce n’est pas un pays serieux" ("O Brasil não é um país sério") {erroneamente atribuída a Charles de Gaulle}.
E as pensões fraudulentas e armadas, de mulheres jovens que se casam com aposentados senis e alguns doentes terminais somente para terem a pensão por morte???
ResponderExcluirO Ministro Garibalde havia dito que seria criada uma norma de tempo mínimo para a pensão por morte para evitar pensões por morte fraudulentas e armadas.