Dilma apoia atuação de médicos estrangeiros no País
Em fevereiro, o Estado revelou que o governo federal pretende criar um programa de recrutamento
23 de abril de 2013 | 22h 38
Rafael Moura - Estadão
BRASÍLIA – Em discurso para prefeitos na noite desta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff disse que apoia o recrutamento de médicos estrangeiros para atuar no País, afirmando que o benefício para a população brasileira “vale essa disputa e essa discussão”. Conforme informou o Estado em fevereiro, o governo federal pretende criar um programa para recrutar médicos estrangeiros interessados em trabalhar no País.
Pelo formato em discussão, médicos teriam de trabalhar durante determinado período em cidades consideradas prioritárias - aquelas que convivem com carência de profissionais, nas áreas mais afastadas no País. Os salários seriam pagos com recursos do governo federal. Médicos trabalhariam nas regiões atendidas pelo programa por um prazo de pelo menos dois anos e receberiam uma licença especial para exercer a profissão.
“Quando a gente olha a questão de trazer médicos de fora, nós não podemos fingir que não tem resistência. Tem resistência. O que temos de saber é se o benefício pra população brasileira vale a briga. Eu quero dizer pros senhores que eu acho que o benefício pra população vale essa disputa e essa discussão”, discursou a presidente. “Isso não significa que não tenhamos de valorizar o médico, (que) não tenhamos de através do MEC (Ministério da Educação) valorizar também a formação, melhorar essa formação, acompanhá-la de todas as formas”, prosseguiu.
Conselhos regionais e o Conselho Federal de Medicina criticam o estímulo para profissionais estrangeiros. A presidente disse aos prefeitos que “compartilha com a preocupação” de fixar médicos e profissionais da área de saúde nas periferias e nas pequenas cidades do interior do País. “Até 2022, quando comemorarmos os 200 anos da nossa independência, qual o porcentual de médicos que queremos, onde vão ser locados? Temos de ter essa visão. (Há) vários meios de fazê-lo, primeiro meio é redistributivo, você não aumenta a quantidade de médicos, você redistribui... Tiramos médico que acabou de se formar, incentivamos eles a prestar um serviço no interior do País e os colocamos nas regiões mais necessárias”, afirmou.
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