A linha cinza era a previsão da evolução da curva do TMEA-PM feita quando da aprovação do Plano. Previa por motivos sabe-se lá quais uma lenta queda de 1 dia/mês.
A linha verde mostra o já executado, ou seja, o que de fato foi feito, e essa linha mostra uma grande diferença em relação ao previsto: Queda de 6 dias.
Baseado nesses dois meses, fizeram uma "projeção" de 5 dias a menos por mês. Nessa projeção, a fila do INSS será zerada em Julho/13.
Vamos às interpretações:
O INSS precisa urgentemente de um curso básico de estatística. Ambas as previsões e projeções se mostram equivocadas pois a autarquia se baseia em uma lógica uni ou bivariável para fazer seus gráficos, esquecendo que a fila da perícia médica é determinada por causas multivariáveis de impactos distintos.
A previsão de queda de 1 dia/mês não tinha base nenhuma, pois quando foi feito o Plano de Ação 2013 nada favorecia a uma queda, pelo contrário, a curva estava ascendente.
Porém houve UM único ato que mudou essa curva de uma leve elevação para uma forte inflexão em queda, de 6 dias/mês: A revogação do memorando 42.
O fim do memo 42 mudou a história do TMEA-PM e seu impacto se sentiu de forma forte logo no início de sua aplicação, no início de fevereiro. Ao fechar do mês, já estava 6 dias a menos que no fim de janeiro.
Porém a eficácia dessa medida é limitada a outras variáveis, como o baixo número de peritos principalmente na região Sul, a limitação de atendimento por erros do fluxo de agendamento (que permite a pessoas sem nenhum direito ou sem a documentação correta já engessar a agenda do perito com marcações) e a desvalorização da carreira com o exonerômetro estourando recordes mês a mês.
Logo, essa forte queda sofrerá um freio em poucos meses e não logrará a meta prevista de TMEA-PM zero no meio do ano.
E temos outros riscos: Uma equivocada ACP da DPU da Bahia quer acabar com a trava de 30 dias. Se o INSS mantiver sua média de perder todas as ACP, em breve veremos o judiciário usurpar o poder administrativo da autarquia e veremos o TMEA-PM explodir de novo.
E então Procurador Stefanutto: Dessa vez vamos ganhar ou será mais uma ACP perdida a ferrar com o INSS?
Com o turno extendido, numa capital que tem cerca de 25 salas de perícia, se tem 50 agendas médico-periciais por dia.
ResponderExcluirSem o turno extendido perde metade (50%) das agendas completas médico-periciais ou seja voltasse a ter somente 25 agendas médico-periciais por dia e os outros 25 peritos ficam nos corredores sem sala para trabalhar.