Brasileiros poderão fazer prova dada a médicos estrangeiros
Autor(es): Demétrio Weber
O Globo - 18/03/2013
Governo pretende desmistificar exame, considerado difícil
BRASÍLIA O Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida), teste obrigatório para médicos formados no exterior que queiram trabalhar no Brasil, poderá avaliar estudantes matriculados em instituições brasileiras a partir deste ano. A ideia está em estudo numa subcomissão dos ministérios da Educação e da Saúde. O objetivo seria aferir o grau de dificuldade das provas, já que o Revalida é alvo de críticas devido ao baixo índice de aprovados.
Integrante da subcomissão, o vice-reitor da Universidade Federal do Ceará, Henry de Holanda Campos, conta que o assunto foi debatido na semana passada, numa reunião do grupo, em Brasília:
- É importante que o exame seja aplicado a uma amostragem de alunos brasileiros. Até porque isso serve como parâmetro e desmistifica a questão de que a prova é muito díficil.
Segundo Campos, médico e especialista em ensino na área de saúde, o que se discute é a possibilidade de estudantes brasileiros do 5º e do 6º ano de Medicina participarem voluntariamente do Revalida. Ao fazê-lo, esses alunos teriam a chance de avaliar sua formação.
O debate em torno do Revalida ocorre no momento em que o governo articula a vinda de médicos formados no exterior para atuar no Sistema Único de Saúde (SUS), em locais onde faltam profissionais, como periferias de capitais e cidades isoladas. Campos diz que não há a intenção de tornar o exame mais fácil:
- Não há nenhum tipo de pressão para que se facilite. O que se deseja é ter um exame construído com qualidade. A avaliação parte de uma matriz de conhecimentos esperados para autorizar a aptidão ao exercício profissional.
O Revalida foi criado em 2011, no primeiro ano do governo Dilma, como a finalidade de unificar os critérios de revalidação de diplomas estrangeiros. Até então, a tarefa era realizada separadamente pelas universidades. O teste ocorre uma vez por ano e consiste em provas teórica e prática. Campos diz que o índice de aprovação nas duas edições ficou em torno de 15%.
Pressionado por prefeitos, o governo anunciou recentemente a reitores a intenção de conceder registro profissional provisório, com validade de dois anos, a médicos formados no exterior que aceitem trabalhar em áreas remotas pelo SUS. Segundo o presidente da Frente Nacional de Prefeitos, João Coser, o déficit na rede pública de atenção básica é de seis mil médicos:
- Tivemos audiência com o ministro Alexandre Padilha (Saúde). Ele concorda com a nossa avaliação de que é preciso trazer profissionais de fora. E está trabalhando isso internamente no governo.
3 comentários:
15% de aprovação? Parecido com o exame de Ordem da OAB... Que não tem nada de difícil. A formação que está fraca mesmo.
Querem por que querem trazer a moçada de Cuba...
Saturem o Mercado com Medico, pouco importa a qualidade!
Quer um quilo de carne moída?! Taí um quilo de carne moída! Pouco importa que seja escroto...vai lá e come...
É hipocrisia demais! Já os bacanas de Brasília é Sírio Libanês...
E o primeiro passo para enfiar médicos estrangeiros... se o CFM deixar é o fim do respeito aos medicos Brasileiros....poeque não melhoram o ensino ????
Postar um comentário