Sindsprev volta a contestar ameaça de desconto e presidente do INSS pede prazo para resposta
22/03/2013
Da Redação do Sindsprev-RJ
Por Hélcio Duarte Filho
O Sindsprev-RJ protocolou, agora na Diretoria de Gestão de Pessoas do INSS (DGP), em Brasília, documento requerendo a revogação da determinação de desconto dos dias parados na greve de 2003. No mesmo dia, quinta-feira (21), representantes do sindicato reivindicaram do presidente do INSS, Lindolfo Sales, e do procurador-geral do órgão, Alessandro Antonio Stefanutto, que a ameaça de desconto desses dias seja definitivamente afastada.
O presidente do INSS pediu alguns dias para analisar o problema e dar uma resposta sobre o assunto, informa Rolando Medeiros, diretor do sindicato, que, junto com o coordenador do Jurídico do Sindsprev-RJ, Roberto Marinho, participou da conversa em Brasília. De acordo com o dirigente sindical, o procurador-geral, por sua vez, demonstrou estar sensível aos argumentos dos servidores, mas disse que um eventual parecer seu contra o desconto não teria força executiva.
Acordo de Greve
A greve de 2003 durou 85 dias, parte deles em meio ao corte de salários aplicado pelo governo, que, ao final do movimento, firmou o acordo que devolveu os valores descontados, mediante compensação dos dias por serviço e horas trabalhadas. “Nós temos um acordo de greve assinado pelo Ricardo Berzoini, que era ministro [da Previdência]”, observa Rolando. Ele perguntou ao presidente do INSS se um acordo assinado pelo ministro da Previdência tem validade. “Ele respondeu que sim, que tem validade”, relata o servidor.
Documento com cópia do acordo, assinado pelo então ministro e pelas entidades sindicais nacionais dos servidores, dentre elas a Fenasps, já havia sido protocolado no INSS
Gestão de Pessoas
A determinação para que fossem feitos os cálculos e encaminhado o desconto teria partido do diretor de Gestão de Pessoas, José Nunes Filho, após a Procuradoria Especializada do INSS reencaminhar documento da Procuradoria-Geral da República (PGR) que indica a possibilidade de que se faça o desconto, embora não determine isso.
A PGR tem como base uma decisão judicial, levantada pela Advocacia-Geral da União, relativa a uma ação ajuizada à época, cujo objeto da disputa já havia perdido o sentido face ao acordo de greve. O documento também ressalta que, antes de se encaminhar o eventual desconto, se verifique a existência de algum instrumento nacional que leve a entendimentos diferentes – o que a DGP não fez, já que ignorou o acordo de greve.
No momento, a orientação da direção do INSS é para que não seja dado prosseguimento tanto aos cálculos quanto ao desconto até que as negociações sejam concluídas. A direção do sindicato seguirá pressionando e cobrando da Presidência do INSS uma resposta favorável aos servidores. E convocará a categoria a se manter atenta e a reagir a este ataque caso o governo prossiga com a tentativa de cobrar os dias de uma greve de dez anos atrás e sobre a qual assinou um acordo que não permite o desconto.
Jornada de 30h
Questionado pelos representantes do sindicato, o procurador-geral do INSS disse que ainda aguarda do procurador federal de São Paulo, Paulo Jefferson Aparecido Dias, que ‘recomendou’ o fim da jornada de 30 horas e do turno estendido nas agências da Previdência, a revisão formal dessa posição.
O procurador federal acatou os argumentos apresentados pela direção do INSS e se comprometeu em retirar a recomendação. Segundo Stefanutto, não houve alteração nesta posição negociada entre o Ministério Público e o Instituto.
4 comentários:
Portanto...deixem os BIs "comerem soltos" e que a autarquia se endivide até o "talo" !
Só quando doer no bolso do Governo, e os gestores "politiqueiros" forem chamados a dar explicações, é que seremos ouvidos e daremos as cartas !!!
Para quê se expor durante o trabalho para uma instituição(neste caso: gestores politiqueiros) levarem os louros?
Que exploda a concessão dos BIS para que tais gestores sejam mandados ao espaço ! A começar pela DIRSAT,etc..etc..etc...!
" A maldade dessa gente é uma arte
Tanto fizeram que houve a separaçao "
Ataulfo Alves
Terrorismo para ver se evita greves futuras...??? Seria isso???
Já disse que isso é uma questao sexual. Sadismo é um transtorno sexual, um impulso ao qual o gestor não consegue segurar.
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