quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Vigilante morre após ser liberado para o trabalho pelo INSS
Morreu ontem devido a problemas cardíacos o vigilante José Eustáquio de 63 anos, que há 18 anos trabalhava no condomínio do Edifício Costa Rangel. Eustáquio estava licenciado para tratamento médico há cerca de 4 meses e na última semana havia sido liberado para trabalhar após perícia médica do INSS. Ontem o vigiante passou mal em sua residência e foi levado imediatamente para o CTI do Hospital São João de Deus onde no mesmo dia veio a falecer . José Eustáquio morava com os pais no Distrito de São José dos Salgados em Carmo do Cajuru onde está sendo velado e será sepultado às 17 horas. O trabalhador não era casado e não tinha filhos. O fato ilustra a triste situação dos brasileiros que muitas vezes não tem os seus direitos respeitados quando procuram o INSS que se preocupa apenas em desonerar os custos de sua folha de benefícios devolvendo para suas funções pessoas que ainda se encontram com sua saúde fragilizada.
6 comentários:
Gostaria que algum dos senhores peritos comentassem esta notícia.
Não sou perito, sou médico de PS e ultrassonografista. Tenho formação oficial de legista. Mesmo não sendo perito previdenciário, vou comentar igual.
Segundo a notícia, ele estava licenciado a 4 meses para tratamento médico, e foi considerado apto a exercer sua atividade há uma semana.
A notícia relata que ele trabalhava em condomínio, e pela idade dele, 63 anos, imagino que provavelmente seria porteiro, uma atividade um tanto leve.
Agora o mais importante, ele passou mal em casa e veio a falecer no hospital.
Doenças podem matar, ele esteve licenciado por 4 meses para fazer seu tratamento, e a cadeia de eventos imediata que levou ao seu óbito iniciou em casa.
O que o Sr Hulk quer que seja elucidado???? O tom do reporter com a pérola "O fato ilustra a triste situação dos brasileiros que muitas vezes não tem os seus direitos respeitados quando procuram o INSS"????
Esse é o meu entendimento. Quem sabe os peritos previdenciários possam comentar melhor que eu sobre a notícia
Conforme o habitual, a reportagem induz o leitor a se posicionar contra o perito. Ora, como definir responsabilidades se nem ao menos se sabe a causa da morte? "Problemas cardíacos"?????????? Vai pegar o tratado da Socesp ou, pelo menos, uma olhada nos CID's "I" pra nao falar bobagem...
É preciso se ter em mente que a avaliação médico-pericial deve ser sempre fundada em evidências e convicções. Ainda que o cidadão tivesse, no momento da perícia, uma condição incapacitante ( o que parece ser o caso), é freqüente nao haver convencimento do perito em razão da falta de elementos, ou mesmo sinais clínicos incompatíveis com a alegação do segurado. É pra isso que existem os recursos.
O sistema da perícia é falho porque é uma avaliação muito pontual, feita sob pressão do instituto por produtividade e cobranças ridículas, posso falar pelo meu trabalho e de colegas sérios que conheço.
Nao se trata de falta de responsabilidade ou humanidade. Fossem os peritos uma classe de irresponsáveis, teríamos um país de inválidos.
Apenas um detalhe:
Perito médico do INSS não dá alta médica e nem manda periciado voltar a trabalhar ! Isto é um conceito que poucos entendem.
Perito médico do INSS dá seu parecer sobre a capacidade laboral para fins de desempenho ocupacional com a liberação ou não do BI.
Portanto,é da responsabilidade do periciado e de seu médico o retorno ou não á sua função. O periciado em questão poderia ter agendado PR/recurso/junta sem ter retornado ao trabalho/. Além disto, como já dito acima por outro blogueiro pacientes/periciados falecem no mesmo dia ou em dias subsequentes á avaliação medica em consultórios particulares,consultórios do SUS e até mesmo após perícia do INSS.
Hulk Júnior...
As pessoas fazem comentários tendenciosos.
Como comentar algo que desconhecemos...
O fato da pessoa ser doente, nao quer dizer que esteja incapaz...e se esta incapaz, o está para que. Este homem estava doente de que, morreu de que...ele poderia morrer estando trabalhando ou nao?
Tudo tem quer processado.
Boa noite...
Angelina
Dra. Angelina, eu apenas queria ouvir a opinião dos senhores peritos médicos porque o caso trágico para a família, talvez ilutre bem o que está acontecendo. O Governo pressiona os peritos para que as peritas sejam feitas "a toque de caixa" e desonerem o mínimo possível o caixa do governo. Portanto perdem os segurados pois os peritos não podem ter tempo suficiente para fazer uma perícia mais detalhada, o que poderia evitar casos como esse. De outro modo infelizmente muitos peritos, pela própria experiência vivida na função, já prejulgam os segurados como possíveis desonestos e fraudadores, o que também pode levar a tragédias como esta. Era isso que eu queria debater. Desculpe se a forma que coloquei a perguntou a ofendeu de alguma forma.
Postar um comentário