CASO-SÍMBOLO DA CARREIRA EM EXTINÇÃO: 15 DIAS COMO PERITA E MAIS UMA COLEGA DÁ ADEUS À INSSANIDADE.

Colega Sebastiana Dias Simões, do Paraná, como muitos colegas prestou concurso sonhando em uma carreira federal. Foi nomeada em 20/12/2012 pelo DOU para a Gerência Londrina. Como são até 30 dias para a posse, provavelmente ela deve ter sido empossada em torno de 20/01/2013, como de praxe. No DOU de 15/02/2013 é publicada  a sua exoneração do cargo ao qual tinha assumido 25 dias antes.

Considerando que existem alguns dias para publicação da exoneração e que tivemos o feriado de Carnaval, provavelmente a assinatura do pedido se deu antes da sexta-feira de Carnaval. Temos portanto que a colega ficou no máximo 15 dias como perita médica de fato.

Não tenho dúvidas que o modo "gentil" como deve ter sido tratada na APS associado ao email dizendo que ela iria ter que trabalhar fora do expediente na quarta-feira de cinzas foram decisivos em sua decisão.

O caso da colega não é isolado. Centenas e centenas estão fazendo isso. Basta ver o exonerômetro.

Enquanto isso, ainda se discute em Brasília a "viabilidade" das 20h. Provavelmente quando chegarem a um consenso já não haverá mais médicos para desfrutar dessas 20h. Sem conseguir fidelizar peritos e sem vontade de mudar a situação, o governo aposta irresponsavelmente em um credenciamento que já se mostrou no passado recente incapaz de resolver o problema.

Claro, se os credenciados acabarem com a fila, acabam com o seu emprego. Mas apesar dessa obviedade, tem gente que quer impor ao INSS o credenciamento. Fica claro, portanto, que a motivação dessas pessoas não é a resolução do problema, muito pelo contrário, e sim outras de naturezas muito, muito sombrias...