Caros,
Sou carioca e estou em São Paulo pelos destinos da vida. A saudade que sinto do Rio pulsa minhas veias com a mesma força da indignação que me toma conta ao ver mais uma vez o oportunismo barato e explícito sendo maliciosamente espalhado em vossas caixas eletrônicas como o conteúdo difamatório espalhado hoje à tarde por aquele que vocês conhecem bem. Mais um desses apoiadores da chapa 1, a que trouxe as 40h de volta para o INSS.
A título de mero esclarecimento pois neste caso a omissão significaria resignação, este blog jamais foi criado para contrapor a ANMP, pelo contrário. Muita pretensão do colega carioca achar isso.
Este blog nasceu como uma linha de frente de defesa da perícia médica previdenciária e da medicina e como tal cumpre este objetivo com dignidade e eficiência. Da mesma maneira pelo qual nasceu o Sindicato, para ocupar o espaço vazio deixado pela direção pelega da associação com sua política de alinhamento incondicional ao governo.
O que este blog faz e já fez pela perícia médica é muito, muito mais do que a ANMP jamais sonhou em fazer nos últimos anos.
As críticas à ANMP, de que ela é a "falecida", são justamente pelo fato da ANMP estar neste momento, morta como entidade. O que dizer de uma entidade que, em meio ao transtorno do anúncio do fim da jornada estendida, fica anunciando curso de pós-graduação médica no Sul? Alienação tem limite.
A ANMP está parada cardiorrespiratória e precisa de uma reanimação. Quem está apto a fazer isso? Os que levaram a ANMP à morte e agora tentam mudar para tudo permanecer igual, como a chapa apoiada pelo distinto enólogo, ou os que lutaram pela sobrevivência e pela defesa da categoria? Denunciar a morte da entidade é antes de mais nada um grito por sua sobrevivência. E é isso que eu vejo na Chapa 2, a tentativa de colegas que de fato trabalham, em ressucitar a ANMP. Tirar o parasitismo e recolocar o trabalhismo na entidade.
O que mais chama a atenção no discurso do ex-delegado, porém, é a traição. Que ele fale mal de mim ou do blog, entendo, afinal de contas foi denúncia deste blog que o fez perder o cargo nababesco de perito da JRPS do Rio de Janeiro, onde entrou ilegalmente sem estar portariado e ficou por 20 meses, sem bater sisref, logo que deixou a vice-presidência da entidade em 2011. Graças a este blog o colega só conheceu o SISREF há um ou dois meses.
Mas a forma como ele se referiu a seu ex-líder de chapa e ao seu ex-companheiro de diretoria, com quem conviveu por dois anos lado a lado, foto a foto, viagem a viagem, compartilhou discursos e opiniões, isso é coisa de traidor. Falar nessa altura do campeonato que os dois não prestam, não servem mais, como assim? Até ontem eram os melhores e hoje não servem mais? Oportunismo passou perto e mandou lembranças.
Por que não disse isso na cara deles, quando podia? Por que não denunciou, ainda como vice-presidente, tudo isso que agora diz dos colegas? A covardia é irmão siamês da traição.
Esta pessoa, por força da ação deste blog, foi defenestrada de sua zona de conforto e agora tem que atender em APS. Mesmo assim começou com uma agenda menor que a do colega de sala e aceitou isso sem contestações. Belo exemplo.
Quer ser espertão, ficar mais de cinco anos sem fazer perícias, rir às custas dos outros, viajar com passagem paga pelos que labutam nas APS, depois fazer amizade com superintendente pra conseguir cargo na Junta de Recursos sem portaria, ficar lá 20 meses ilegalmente sem bater ponto... tudo bem, cada um sabe o que é melhor para si.
Mas traição, isso é indesculpável. Não há desculpa para traição e nem motivos para acreditar em quem trai seus ex-companheiros de luta. A "entidade" André Luiz dessa vez se superou.
Na prática, os colegas do Rio ganharam o que enquanto seu dito "líder" estava ocupando altos cargos na esfera de poder inssana?
Pensem nisso, pensem nas APS sem higiene, no calor, nas cobranças, pensem nas salas com tampa de bueiro, nos chefetes agressivos e assediadores que tem por ai, na falta de segurança... E pensem nesse colega curtindo um vinho em uma sala refrigerada sem bater sisref, com horário livre e cuspindo no prato em que comeu.
Só isso que eu peço.
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