quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

SIMERS MOSTRA APOIO AOS MÉDICOS DO SUL

Notícias
17.01.2013
Peritos médicos do INSS começam mobilização por valorização da carreira

Os peritos médicos do Instituto Nacional Seguro Social (INSS), lotados nas gerências Porto Alegre e Canoas, realizaram reunião na noite dessa quarta-feira (16) na sede do Sindicato Médico de RS (SIMERS) para discutir os rumos da carreira, a defasagem salarial, as dificuldades de trabalho e a falta de infraestrutura das agências da Previdência Social, e o descompasso entre o escasso número de médicos e número de segurados. “Decidimos iniciar uma mobilização para reforçar a carreira, recompor o salário, buscar uma jornada adequada e condições de trabalho que sejam dignas para o segurado e para o perito médico", enfatizou a diretora do SIMERS e perita médica do INSS, Clarissa Bassin.

Os servidores do INSS elogiaram a ação civil pública, impetrada pela Defensoria Pública da União e promulgada pela Justiça Federal do RS no dia 11 de dezembro de 2012, que reconhece o direito do segurado de receber o benefício. Por isto, o Judiciário determinou ao INSS o pagamento de auxílios doenças e de aposentadorias por invalidez se não houver perícia inicial em até 45 dias. "Finalmente um poder constitucional, neste caso o Judiciário, reconheceu que o segurado, trabalhador e contribuinte estava desprotegido", afirmou Clarissa. O Judiciário estabeleceu ainda que em caso de descumprimento, o INSS deverá pagar multa diária correspondente a R$ 100,00 (cem reais) por benefício não pago no prazo fixado, no caso de inadimplemento parcial.

Clarissa ressaltou que o número de perícias oferecidas está aquém da demanda, porque a base de contribuição e de trabalhadores inseridos na economia formal brasileira aumentou. "Isto é muito bom para o país, só que o INSS não soube se capacitar para atender a população. E, ao longo do tempo, foi minando a carreira de perito médico", criticou a diretora do SIMERS e servidora do INSS.

O salário dos peritos médicos está congelado desde 2008 e o concurso público não é atrativo. Na última edição realizada no RS, a abstenção foi de 42% e metade dos médicos que assumem trabalham um mês e se exoneram. "Esta é a única carreira pública federal que pede demissão em massa. Cerca de 40% dos peritos médicos se exonerou. Quem tem ficado são aqueles que estão mais perto da aposentadoria ou os que acreditam que esta carreira pode ser modificada", lamentou Clarissa Bassin.

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