sábado, 26 de janeiro de 2013

PONTO DE VISTA: PRESIDENTE DILMA QUER ESTUPRAR A MEDICINA PARA PODER PAGAR BARATO - PORQUE NÃO BOTA OS MÉDICOS CUBANOS PARA ATENDER A SUA FAMÍLIA?

Avança no planalto a idéia de permitir a contratação "emergencial e temporária" de médicos estrangeiros, sem revalidação de diploma e sem teste de conhecimentos prévios. Apóiam a idéia 2.000 prefeitos que alegam não conseguir fixar médicos mesmo "com vantagens salariais".

O que me irrita nesse discurso não é a ignorância da proposta, é o cinismo com o qual a Presidência, o Ministério da Saúde e as prefeituras tratam o tema. É fácil propor essa idéia hedionda quando a Presidente e todos os prefeitos e ministros possuem abertas as portas dos melhores hospitais privados de São Paulo para serem atendidos quando necessários. Eles e suas respectivas famílias. 

E pior, quem paga essa conta é o povo, que está sem médico pois estes mesmos gestores não querem gastar o que custa manter profissionais médicos atuando para dar atendimento de qualidade. Eles fazem economia com a saúde dos outros e cinicamente alegam que estão fazendo um "bem" ao ofertar médicos à população desassistida (por eles, não pelos médicos) quando sabem muito bem que a falta de médicos é resultado direto da política pública de sucateamento e desmonte do SUS, salários irrisórios e ausência de estrutura física e de segurança aos médicos.

Basta pagar o que se deve pagar e os médicos aparecerão, senhores. Chamar um salário de 5 mil reais por mês para atender TUDO sem nenhuma estrutura de "vantagem salarial" beira ao escárnio.

Está ocorrendo tudo o que este blog vem denunciando nos últimos anos: Uma tentativa de usurpar dos médicos o direito de medicar, diagnosticar e prescrever. O ato médico, digamos assim, é uma commodity política, social e econômica cara demais para o governo não ter o pleno controle. E estão fazendo isso através das táticas já listadas aqui: Desmoralização, Desqualificação e Estatização.

O "projeto", que tem mira certa (médicos cubanos com sua medicina incerta e brasileiros formados no exterior) faz parte da "estatização" do ato médico, trazendo profissionais vulneráveis com vínculos precários a um país estrangeiro, ou seja, ideais para serem submetidos às "normas, fluxos e doutrinas" do Ministério da Saúde sobre medicina, sem questionamentos.

Se isso vingar, o próximo passo será a extinção ou tomada de posse dos Conselhos de Medicina para burocratas estatais.

Algumas coisas da prática dessa proposta merecem questionamentos específicos:

a) O que acontecerá diante do erro médico cometido por algum desses médicos estrangeiros? Como ele responderá por isso se não estará submetido ao CFM e à Justiça brasileira?

b) O que acontecerá diante do erro médico do ponto de vista do reparo médico do erro? Que profissional vai assumir, por exemplo, uma cirurgia ortopédica malfeita em uma criança?

c) O Estado brasileiro vai assumir a culpa e o reparo financeiro às famílias de vítimas de erro médico oriundas desses profissionais importados? Ou vai mandar a conta para o país de origem?

d) O Estado brasileiro vai dar cursos intensivos de espanhol para a população entender o conteúdo das receitas prescritas? As enfermeiras dos postos vão ser treinadas em francês e espanhol e inglês?

A Folha de São Paulo diz que isso é visto como uma possível "marca" do Governo Dilma na Saúde. Marca? Só se for a marca da desgraça.

Desafio a qualquer um dos apoiadores dessa proposta hedionda a subemeter seu filho a um tratamento prescrito por algum desses médicos. A Presidente levaria seu neto doente para um médico cubano avaliar? Certamente não.Para quem tem o Sírio Libanês à disposição, é fácil, muito fácil oferecer médico estrangeiro à população que lhe ajudou a se eleger. Economizar com a saúde dos outros é fantástico, não?

Isso diz muito sobre o caráter das pessoas que defendem tal proposta.

7 comentários:

  1. Porque não vão se tratar com os Médicos do Camarada Chavez.
    A não tem grife né.....
    Já dei aula para alguns alunos revalidandos que vieram da Bolívia.
    Tinha uma médica que não sabia colocar um RX simples de Tórax no negatoscópio para olhar.... colocava virado....
    Outros me falavam que tinham estudado pela Internet e que as aulas eram dadas das 12:30 as 13:30 no horário de intervado do consultório dos professores, e das 18:30 as 19:30. Isso tudo somado durante 6 anos não dá um semestre de Medicina em uma faculdade de respeito no Brasil.
    Já imaginou se os autores desta "fantPTástica idéia" precisarem de um desses "bolivianos" em uma emergência na inacabada BR 101 ..... Nem sempre se pode escolher cumpanheirada.

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  2. Reportagem realizada pelo CFM e CREMESP verificou-se que de todas as faculdades de medicina da Bolívia, apenas UMA tinha aula prática, é pública e tinha 4 alunos brasileiros. Todas as outras, cerca de 30000 alunos, tem o curso TODO TEÓRICO. Na maior delas, são mais de 10000 alunos de medicina sem NENHUMA aula prática.

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  3. Ei José Costa Filho, nesse Brasilzao, nesse montão de gente pra-se a pratica! Alguns vão morrer mas é o sistema, faz parte da metodologia de Aprender na pratica hehehe
    Sistema PLANEFAZENDO ;-))

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  4. Assim o Brasil resolve os problemas sempre da maneira torta. Em vez de resolver os problemas de péssima gerência no INSS, ataca-se a perícia medica. Em vez de priorizar a qualidade de ensino abrem-se as portas para a mão de obra estrangeira sem qualidade. O INSS já teve experiência com terceirizados e foi catastrófica. Agora vamos terceirizar a medicina a nível nacional e em todas as especialidades para o profissional estrangeiro. Atualmente o mercado já esta aberto ao medico estrangeiro; basta fazer o Revalida. Enfim, depois que virar uma desgraça e virem o tamanho da burrada aí os médicos daqui é que irão tratar a horda da de mutilados e seqüelados. Obrigado Dilma, pela visão hodierna que a presidenta tem dos médicos.

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Diploma não opera e não diagnostica nada. Sendo a ideia da "presidenta" quem sabe ela possa ser responsabilizada por tudo de ruim que possa vir a acontecer? Pois se o médico não cumprir a sua função por não ter conhecimento/preparo mínimo, se ele que teve a obrigação de revalidar seu diploma suspensa pela presidenta, se a presidenta autorizou o médico estrangeiro a clinicar e operar sem preparo, ela é a responsável por todos os eventos negativos, por burlar a moralidade nesse tipo de questão.

    Vamos ver se isso vinga mesmo. Acho que não vinga não. Ela pode querer aparecer mas de burra não tem nada.

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  7. Espero que as entidades médicas tenham já planejadas as respostas em movimento nacional da categoria já tão vilipendiada!

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