Ainda hoje vi uma matéria de um colega que foi para um enterro de um sobrinho, passou em outros 10 velórios de conhecidos antes de ir para o trabalho. Qualquer outro cidadão alegaria incapacidade para o serviço. A diretora do hospital estava trabalhando no outro dia em que sua filha foi morta. Foi mandada para casa por seus colegas.
Eu sou médico e trabalho 12 horas por dia há anos. Incluindo sábado e domingo e feriados. Já trabalhei sem comer há mais de 18 horas, sem dormir há mais de 30 horas, 3 anos todos os domingos, com vários tipos de doenças agudas e outras situações das quais não me orgulho. Claro que melhorei mais, mas ainda trabalhei por 3 semanas no INSS com meus 2 filhos recem nascidos num respirador de uma UTI Neonatal.
Não sei a que ponto esta vida de pouco descanso interfere nas decisões periciais, no conceito pessoal do que é a necessidade real de ser afastado das atividades. Mas seria uma boa tese de medicina ou psicologia do trabalho.
É isso. Imagine a triste cena deste pai de plantão enquanto sua filha morta chegava. E pior, não poder parar de trabalhar. E no final ele cuida de todos, mas ninguém cuida ou se preocupa com o médico
Médico é isso.
ResponderExcluirAinda hoje vi uma matéria de um colega que foi para um enterro de um sobrinho, passou em outros 10 velórios de conhecidos antes de ir para o trabalho. Qualquer outro cidadão alegaria incapacidade para o serviço. A diretora do hospital estava trabalhando no outro dia em que sua filha foi morta. Foi mandada para casa por seus colegas.
Eu sou médico e trabalho 12 horas por dia há anos. Incluindo sábado e domingo e feriados. Já trabalhei sem comer há mais de 18 horas, sem dormir há mais de 30 horas, 3 anos todos os domingos, com vários tipos de doenças agudas e outras situações das quais não me orgulho. Claro que melhorei mais, mas ainda trabalhei por 3 semanas no INSS com meus 2 filhos recem nascidos num respirador de uma UTI Neonatal.
Não sei a que ponto esta vida de pouco descanso interfere nas decisões periciais, no conceito pessoal do que é a necessidade real de ser afastado das atividades. Mas seria uma boa tese de medicina ou psicologia do trabalho.
É isso. Imagine a triste cena deste pai de plantão enquanto sua filha morta chegava. E pior, não poder parar de trabalhar. E no final ele cuida de todos, mas ninguém cuida ou se preocupa com o médico
Mas o mais vergonhoso Heltron é a impunidade que grassa: os fiscais- o MP entre eles- nunca teem culpa!
ResponderExcluirQue triste!
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