A decisão do desembargador gaúcho decidindo pela terceirização de uma carreira pública é absurda, lamentável e demonstra preconceito contra o médico perito do INSS, desconhecimento da dinâmica pericial e da história recente e profundo desprezo pela qualidade do ato médico prestado ao cidadão.
Imaginem os senhores um STF, cujos Ministros são nomeados pelo executivo, soltando normas e súmulas vinculantes determinando a feitura de 24 processos judiciais por dia por Juiz. Imaginem os juízes protestando e reivindicando o seu direito de trabalhar com qualidade e respeito em face da importância única de seu trabalho. Imaginem os chefes dos Juízes retaliando-os com medidas punitivas e imaginem agora esses juízes se reunindo para defender sua profissão e seu trabalho e criando um movimento pela excelência judiciária e depois imaginem o governo retaliando com congelamento salarial e assédio institucional. Agora imaginem os juízes se exonerando dos cargos e diante da fila gigantesca de processos, decide-se terceirizar a atividade judicial e o governo passa a contratar advogados para decidir processos em seus escritórios de advocacia como se juízes fossem, sem nenhum tipo de fiscalização?
Parece absurdo não? Troque a palavra Juiz pela palavra perito médico e é exatamente isso o que está acontecendo neste momento.
O preconceito do desembargador com os médicos ao taxar a categoria de protecionista e corporativista como se de propósito não quiséssemos trabalhar feito escravos para suprir as faltas governamentais não é exclusivo dele e parte dessa culpa é da nossa categoria médica que se omitiu durante décadas e aceitou fazer um trabalho sujo e porco em troca de regalias fúteis do governo.
Agora pagamos o preço do erro dos colegas que nos antecederam e o governo cinicamente aproveitará mais essa chance para esfolar e demolir o movimento médico sabendo que estará criando um novo monstro. Só que dessa vez os peritos não estarão lá para serem assassinados como em 2006 e 2007.
Dessa vez vai explodir de vez. O governo já sabe o que resultou a terceirização da década passada. Talvez o desembargador não saiba, mas em breve irá saber pelo volume cada vez maior de processos que repousará em sua mesa.
Do ponto de vista jurídico e moral, foi acertada a decisão do TRF.
ResponderExcluirApenas os insultos não podemos aceitar. Agora, deixar a população sofrer com a incompetência do INSS, da ANMP e da morosidade do legislativo, é fazer os justos pagarem pelos pecadores! É um absurdo o que fazem com os segurados que esperam dois meses para ter o que comer!
O preconceito contra medicos é Geral, em todo lugar, de todo mundo!
ExcluirA profissão ta muito desprezada!
A decisão deveria ser condenar os Gwstores por improbidade administrativa! Tem quantos anos que sabem dessa situação e nada fazem?
GG deve estar preparando uma manifestação nacional em protesto....
ResponderExcluirBrincadeirinha, deve estar escolhendo a banda e as bebidas pra festinha privada.
Este desembargador nunca foi juiz.
ResponderExcluirÉ procurador de carreira, mestre em direito e professor universitário, sem qualquer experiência em magistratura e na postulação em juízo.
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Iniciou sua carreira como procurador concursado da prefeitura de Porto Alegre, no mandato de Tarso Genro, de quem se tornou muito próximo. A partir daí, largou a procuradoria e passou a exercer consecutivas funções/cargos de confiança no executivo, tornando-se o famoso "advogado de carteirinha".
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Através de indicações políticas no meio petista, alcançou cargos de grande envergadura, como consultor jurídico do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e atuou na Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil e na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.
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Outro cargo digno de nota é o de secretário da Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça. Que raios de cargo é este? como uma secretaria do ministério da justiça (poder executivo) pode reformar o judiciário? e a independência entre os poderes, como fica?
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Pois é ... o desembargador em questão foi procurador concursado por 11 anos. Após isto foi um cargo de confiança após o outro. Tornou-se um daqueles teóricos que faz sua ascensão através de cargos de confiança seguidos, conseguidos pela amizade com políticos.
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Magistratura? mais de 10 anos de advocacia? defesa de clientes no tribunal? nada disto foi necessário para ele chegar a desembargador.
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É um Dias Toffoli 2 ... e não me surpreenderei quando ele chegar ao STF.
Ele não teria sido reprovado em um vestibular para medicina? O viés antimédico é tal que talvez isto possa ter se dado!
ResponderExcluirDeveria se dar por ImPTedido para julgar.
ResponderExcluirMas o PToffoli também não se deu por impedido para julgar os clientes de sua namorada e os seus EX-(cof cof) -Chefes no Mensalão ..... então .....
Que fase ....