ROTINA DO ABSURDO - GERENTE EXECUTIVA DA SR-I MANDA ESCONDER AMEAÇA DE AGRESSÃO PARA "GARANTIR A PERÍCIA".

Relato recebido a este BLOG sobre uma Gerência Executiva da SR-I:

"Ja sabidamente a GEX XXXXXX (...) a mais nova agora é o seguinte: Temos os segurados agressores conhecidos e quando estes chegam na APS para serem periciados, nos declaramos sem isenção e não realizamos tais pericias e mandamos a bola para o SST que se encarrega da perícia. O que ocorreu agora é que a lista de agressores que deveria ser repassada não mais nos é encaminhada, vai somente para o gerente de APS, mas na APS de xxxx hoje tinha na agenda de um perito um agressor desses famosos, que quebram tudo, quando a perita foi reclamar que a gerente não havia avisado do agressor, esta " em off", lhe informou que recebeu ordens expressas, inclusive por e mail, da Gerente XXXXXXX (aquela parente do João Paulo Cunha)*, de que não deveria repassar esta informação aos peritos, para que a pericia fosse realizada!!!!!!!!!!! Cada dia uma nova emoção, o que podemos fazer............"

Nota do BLOG: Em primeiro lugar deixar claro que a "lista de agressores" se refere a segurados que ligam para o 135 ou usam outros canais para ameaçar peritos, normalmente ameaças de morte. A lei e as normas internas obrigam a ouvidoria ou quem tenha recebido tais ameaças a fazer o trâmite interno e encaminhar par a APS onde o suposto ameaçador marcou perícia para que seja acionado todo o aparato legal de acordo com o teor da ameaça, inclusive se for o caso reforço policial no dia para eventual prisão em flagrante. Os casos de segurados que já agrediram colegas ou destruíram agências e que são denunciados ao MPF também recebem reforço especial pois a lei não impede o agressor de reagendar perícias. Esse fluxo está definido desde o assassinato da perita Maria Cristina em 2006. Normalmente a perícia era feita em junta por colegas que não presenciaram ou sofreram a agressão, via de regra oriundos do SST, dentro do recinto da APS. Assim se garantia a segurança e o respeito aos peritos agredidos e a isenção para análise do cidadão acusado já que um perito externo iria fazer a sua perícia.

Porém o sucessivo descumprimento das normas de segurança por parte do INSS fez os peritos de APS de São Paulo, a partir de 2011, passarem a se recusar a atender, alegando justa ausência de isenção pericial, os casos de segurados agressores ou ameaçadores, especialmente os notórios que usam a ameaça como instrumento de coação para obter benefícios pecuniários. Isso deu mais trabalho ao INSS pois agora teriam que marcar essas perícias lá dentro do SST e como pimenta no CARACU dos outros é refresco, subitamente os SST passaram a espernear de ter de receber esses casos, os mesmos que quando iam para a APS "não tinham problema".

Inclusive uma perita, alçada a um cargo-fantasma de supervisora pericial dessa região, para tentar resolver um desses casos, foi pessoalmente, sem avisar, fazer a perícia de um desses agressores no lugar da perita agendada (e que se recusou a atender) e após ver um histórico de mais de 20 (vinte) indeferimentos sucessivos em mais de 10 APS diferentes por 19 peritos diferentes em 03 gerências executivas diferentes em um prazo de 2 anos, simplesmente fixou uma DII próxima da DER e aposentou o sujeito, mostrando que no INSS, pelo menos para as gerentes, agredir é sinônimo de recompensa financeira.

Mas o que está denunciado aqui é grave, pois o relato diz que a Gerente Executiva MANDOU OMITIR  de forma PROPOSITAL que um segurado agressor seria agendado apenas para "garantir a perícia". Descumpriu as normas internas e mostrou que não possui nenhum respeito pela vida, pela integridade de seu servidor e pela ética ou decência.

Além dos descumprimentos formais das normas internas listados na denúncia, existe um bem maior, a vida do perito, que foi desrespeitada pela gerente. Cabe aqui denúncia formal na Corregedoria, CGU e Polícia Federal e representação junto ao MPF contra a gerente pela omissão e descumprimento de seu dever.

* João Paulo Cunha = Deputado Federal por Osasco, ex-presidente da Câmara dos Deputados, mensaleiro e condenado na Ação Judicial STF 470 (Mensalão) a 9 anos de prisão por crimes de corrupção.